O Arquivo Municipal de Fafe abre as portas à Exposição de Pintura intitulada “E se” na próxima terça feira, dia 14 de Agosto, pelas 18h00. Esta Exposição é realizada em parceria entre o CLUB ALFA e o Município de Fafe.
Professor, Investigador e Artista Plástico. Raúl C. Sampaio Lopes nasceu em Fafe, viveu uns trinta anos em França (Reims e Paris) e atualmente está a viver na Coreia do Sul (Seul). Professor de Artes Plásticas no Liceu Internacional Xavier de Seul, de Francês na Universidade Nacional de Seul e de História da Arte quando requisitado pelas Universidades (colaborou em tempos com a Universidade de Kookmin e, recentemente, com a Universidade de Koryo).
Licenciado em Matemática pela Universidade do Minho em 2000 e Doutorado em História da Arte pela Universidade de Paris 1 Panthéon Sorbonne em 2014, foi vencedor do prémio de pintura do 15ème Mai des Créateurs do Centre Culturel Communal d’Orly em 2004.
Nas palavras do Pintor encontram-se as respostas à pergunta: “E se a pintura não fosse só plana?” A exposição poderia intitula-se “E se?” porque as pinturas têm a ver com o lançar de uma hipótese e a tentativa de esgotamento dessa hipótese: “E se a pintura não fosse só plana?”, pergunta que para lá do aspeto formal ou até meramente lúdico (o faz de conta das crianças) mexe com coisas mais profundas. A pergunta veio da perplexidade que tinha sobre a velha definição de Maurice Denis (1870-1943): “A pintura é essencialmente uma superfície plana coberta de cores postas numa certa ordem.” (Maurice Denis, Art et Critique, 1890)
Pedro Sousa, autor do editorial do catálogo e Mestre em Estudos Artísticos, deixa as linhas orientadoras para uma melhor leitura da obra: «“E Se” os fios de tinta saltassem das telas? “E se” a pintura ganhasse vida e o expetador se deixasse envolver nesta ilusão fantasiosa de um mundo encantado? As Pinturas de Raúl C. Sampaio Lopes estão em constante movimento. Andam aos ‘saltos’. Não param. Não são estáticas. Estas pinturas ganham vida e dialogam com o espetador.
Cada obra de Raúl C. Sampaio Lopes conta uma história. É desenvolvida através de uma narrativa que não conhece o fim e permite ao observador/espetador/leitor ‘pintar’ com o lápis da imaginação os traços que completarão essa mesma narrativa ou, simplesmente, darão mais um contributo para a sua construção.»