Não quero saber mais de 2020 !!!!

Não quero saber mais de 2020 !!!!

O que sei  ... é que foi com muito orgulho que aceitei colaborar com o jornal de Fafe, desde Maio até hoje!!!! mais uma grande experiência, pela qual estou muito grato …

Muito obrigado Jornal de Fafe !!!! 

Um grande abraço aos administradores, aos colegas colaboradores e a todos os “nossos” leitores ...

Aos meus convidados (nesta rubrica do Jornal de Fafe | “ás quintas com Paulo Matos”), muito obrigado!!! pela vossa partilha, por toda a vossa colaboração !!! Um grande abraço … e nunca se esqueçam !!! “enquanto houver estrada para andar … a gente vai continuar” ...

Ao invés de desejar que o ano apenas acabe o mais rápido possível, agradeço (e todos nós devemos agradecer sempre!!!!), por cada momento que me (nos) foi proporcionado! Todas as experiências, até mesmo as muito más, ao longo deste ano, sei que me (nos) tornaram mais forte (s) para o ano que se aproxima.

Amigos, façamos com o tempo o que ele faz connosco … aproveitem-se dele! que o próximo ano seja para quebrar todas as barreiras ... lutar sempre pelo que acreditamos ... e concretizar tudo isso! 

OBS: esta minha "rubrica semanal", de colaboração com o jornal de Fafe, fica por aqui !!!! muito obrigado a todos !!!! Prometo voltar muito em breve !!!! 

Vivam cada dia como se fosse o primeiro, Feliz Ano Novo!

vídeo:
Jorge Palma | a gente vai continuar | ao vivo no Coliseu dos Recreios 

Tira a mão do queixo, não penses mais nisso O que lá vai já deu o que tinha a dar Quem ganhou ganhou e usou-se disso Quem perdeu há-de ter mais cartas para dar E enquanto alguns fazem figura Outros sucumbem à batota Chega aonde tu quiseres Mas goza bem a tua rota Enquanto houver estrada para andar A gente vai continuar Enquanto houver estrada para andar Enquanto houver ventos e mar A gente não vai parar Enquanto houver ventos e mar Todos nós pagamos por tudo o que usamos O sistema é antigo e não poupa ninguém, não Somos todos escravos do que precisamos Reduz as necessidades se queres passar bem Que a dependência é uma besta Que dá cabo do desejo E a liberdade é uma maluca Que sabe quanto vale um beijo Enquanto houver estrada para andar A gente vai continuar Enquanto houver estrada para andar Enquanto houver ventos e mar A gente não vai parar Enquanto houver ventos e mar

Paulo Matos 
Jornal de Fafe |31/12/2020

"Na minha freguesia, ninguém pode viver na rua!"

 Estas são as palavras que quero destacar como mais importantes, no seio político, proferidas em Fafe.

Não querendo fugir à verdade exata, julgo ter sido esta a frase do Presidente da Junta de Fafe, mas se não foi bem assim, sei que é a grande mensagem que deixou.

Conheço o Paulo apenas da política, já o Marco há muitos anos, ainda do tempo do ciclo e da mesma turma, o que não me surpreende esta atitude. É o Marco a ser Marco e eu fico orgulhoso em ver os meus amigos com atitudes tão nobres. 

Estes senhores foram uns verdadeiros agentes do bem. Mostraram para que serve ser dirigente de uma Junta de Freguesia. Isto é que é mesmo estar próximo das pessoas. Cumpriram a sua missão com excelência e ainda deram dignidade à pessoa em causa sem a expor ao público, sem se vangloriarem com fotos junto do senhor como se de um troféu se tratasse. É verdade que publicaram uma foto a dar conta do ocorrido, mas não do momento, é a mesma foto que aqui publico. E, para mim, esta publicação destes senhores só pode ter uma leitura: "Na minha freguesia, não pode viver ninguém na rua!", porque estarão ali para ajudar.

Nota: Não sou eleitor em Fafe! Qualquer leitura política fora deste contexto é desperdício de tempo. Não só porque não voto em Fafe, mas também porque o Movimento que os elegeu já foi extinto!

O PODER DE 2021

Se 2020 parece que nos fugiu das mãos, em 2021 teremos muito poder sobre elas! O poder de eleger o novo Presidente da República, o poder de decidir quem queremos aos destinos da nossa autarquia, o poder de escolher quem queremos a gerir a nossa junta de freguesia, o poder de ser vacinado, o poder de voltarmos a ser livres, o poder de escolher continuar a viver, com responsabilidade. Se 2020 parece que nos paralisou, em 2021 voltaremos às decisões!  Decidir como voltar aos beijos improvisados, aos abraços instintivos, aos encontros desejados. Decidir como reescrever a nossa história, como reerguer um país, como aprender de novo a caminhar. Decidir como queremos o nosso presente e como vamos construir futuro…

Sê bom 2021! Cicatriza as feridas abertas. Arruma a desordem. Apaga os medos. Reacende a vida. Traz-nos evolução, liberdade, movimento. Se 2020 nos ensinou a valorizar, a reagir, a pausar… vê lá o que tu nos ensinas. Dá-nos pelo menos a maior das certezas, de que o tempo e os afetos são as melhores das nossas medicinas.

Clara Paredes Castro

Jardim do Calvário completou 128 anos

«Está este Calvário em um monte por cima de Fafe seis centos passos e outros tantos defronte da igreja para Sul. He daqui huã das mais aprazíveis vistas desta freguesia porque se descobrem quasi todas as povoações e por isso, para o licito divertimento, he frequentado este sitio dos Cavalheiros e nobres d’esta terra.»(1)

 

 

O “Calvário” de Fafe, lugar sagrado, cuja origem perde-se no tempo. Guardião do “Vale das Estevas”, miradouro privilegiado para as serranias, o pequeno promontório é o ponto mais elevado da cidade de Fafe.

Durante muitos séculos, transeuntes da “estrada real” nº 32, que ligava a velha “Vimmaranes” à Vila medieval, cabeça do clássico concelho de Monte Longo, contemplaram o “Calvário”, onde já existia um pequeno templo, que no século XVIII era votado ao Senhor do Calvário, demolido na centúria seguinte. Em 1890 o executivo camarário mandou “despejar” os habitantes dos prédios do Calvário para ser construído o “passeio público”. Um jardim exótico de influência brasileira, que foi inaugurado em 26 de Dezembro de 1892. Albino de Oliveira Guimarães um dos maiores altruístas “brasileiros” de Fafe foi o grande impulsionador deste jardim romântico. Um dos mais emblemáticos melhoramentos de uma Vila em pleno desenvolvimento, muito pela acção filantrópica de fafenses “brasileiros” de torna-viagem.

Jardim Público, inicio do século XX

O “passeio público” foi orgulho dos fafenses ao longo de muitas décadas. Foi destino obrigatório, mormente em tardes de domingo; um ponto de encontro para todas as classes sociais.

Em inícios do século XX, o edílico jardim do Calvário era o recreio de ar livre da Vila: o barco, trazido da Póvoa de Varzim, não tinha descanso no acanhado lago; no coreto as bandas de música animavam o ambiente delicioso, onde casais de namorados trocavam olhares indiscretos sob a discreta vigilância paternal. Foi um tempo distinto, em que os fafenses valorizavam e sentiam orgulho nas conquistas públicas, na afirmação de uma das mais prósperas Vilas da região. O bairrismo estava presente, a velha “justiça de Fafe” era motivo de vaidade, um cartão-de-visita apreciado por cá e além-fronteiras.

O centenário Jardim do Calvário foi, por ventura, local de inspiração para outros empreendimentos numa terra em expansão, ávida de progresso, legitimamente orgulhosa dos seus filhos, que tanto trabalharam para o seu engrandecimento.

Com 128 anos o jardim do Calvário foi alvo de algumas intervenções, que, infelizmente, foram "maquilhando" o exotismo e o romantismo do mais belo espaço para lazer do centro cívico da cidade.

Falta-lhe a concorrência de outros tempos, a animação que há muito deveria ter sido incrementada: recriações epocais, concertos de música, bar, tertúlias, cinema de ar livre e outras actividades que dinamizem aquele “oásis” em pleno centro urbano, que deveria ser valorizado e melhor frequentado. Mais importante que as placas comemorativas de “inaugurações” intemporais seria colocar informação histórica do principal jardim da cidade, um legado patrimonial que, decorridos 128 anos, perdeu a genuinidade de outrora.

Urge repensar a preservação e valorização daquele espaço único na região, tão presente na memória dos fafenses...

(1) Manuscrito: “Monografia do concelho de Fafe” pelo pároco de Fafe, João de Sousa Homem, datado de 4 de Julho de 1736. (Arquivo Distrital de Braga).

   

 

A mais antiga imagem, conhecida, do Jardim do Calvário.

Finais da última década do século XIX

(Reprodução do "Almanach de Fafe")

Frontispício do Jardim do Calvário, actual

 Jardim Público em inícios do século XX

Jardim do Calvário, anos 20 do século XX

Jardim do Calvário, actual

"Câmara Municipal (Fafe), 1892"

 

"UM OUTRO OLHAR" - RICARDO OLIVEIRA, UM PILOTO FAFENSE QUE FAZ O SEU MAIS LONGO E DIFÍCIL RALI, NA LUTA COM UM CONTRATEMPO INVERTIDO

Bom dia RICARDO, agradeço – te por teres disponibilidade em participar nesta entrevista. SOMOS AMIGOS HÁ MAIS DE 20 ANOS, E TENHO VINDO A ACOMPANHAR O TEU PERCURSO PROFISSIONAL, COM ORGULHO E AMIZADE. infelizmente, a doença de Parkinson bateu-te a porta há 6 anos atrás, alterando esse PERCURSO para uma vertente mais ASSOCIATIVA, mas sempre com um espírito empreendedor que te caracteriza tão bem!

confesso que o teu perfil de empresário de sucesso e de lutador que sempre te caracterizou, sensibilizaram-me a te convidar para a minha última entrevista do ano.

Chega-se ao fim um ano que jamais esqueceremos, Com desafios ainda mais complexos. AO CENTRO AS PESSOAS, NO HORIZONTE A SUA FELICIDADE! por isso considero-te como o símbolo deste meu pensamento. 

Neste sentido, dando início a nossa entrevista, Gostava que me partilhasses as tuas origens, o teu percurso escolar e formativo. Gostavas de estudar? ou eras mais pensador? Tens alguém na tua família ou amigos como modelo empreendedor?

ESTUDAR NUNCA FOI A MINHA ONDA, COMECEI A TRABALHAR COM 14 ANOS, SE FIZ BEM? TALVEZ NÃO, SE DEVERIA TER ESTUDADO MAIS? SIM... OS MEUS AMIGOS CONTINUARAM A ESTUDAR E TIVERAM EXPERIÊNCIAS FANTÁSTICAS QUE EU NÃO, TIVERAM MOMENTOS ÚNICOS NA UNIVERSIDADE E EU NÃO, SE ESTOU ARREPENDIDO? NIM NEM NÃO NEM SIM.

DESDE SEMPRE FUI UM SONHADOR... E GOSTO DE SONHAR, MAS SEMPRE COM OS PÉS BEM ASSENTES  NA TERRA... MAS SONHAR FAZ BEM À ALMA

SIM DA PARTE DO MEU PAI UMA GRANDE PARTE SÃO EMPREENDEDORES, MAS HOJE EM DIA JÁ VEJO JOVENS FAFENSES BASTANTE EMPREENDEDORES E ISSO É UM BOM SINAL PARA O FUTURO E PARA FAFE. 

Como surgiu a ideia de ser empreendedor?

NUNCA GOSTEI DE MANDAR, MUITO MENOS DE SER MANDADO E COMO sabes, TRABALHAR PARA FAMILIA NÃO É FÁCIL; principalmente, PARA a família mais direta, para UMA COISA ÉS FILHO DO PATRÃO, PARA OUTRAS ÉS UM NOMAL FUNCIONÁRIO, POR ISSO EM 1999 DECIDI VOAR COM AS MINHAS PRÓPRIAS ASAS.

Sempre tivestes esse espírito empreendedor e aventureiro, podes me contar mais sobre a trajetória das TUAS empresas até à data de hoje, nomeadamente a última ligada ao mundo náutico, partilhando-nos as suas atividades, os seus produtos e serviços.

SIM NUNCA TIVE RECEIO DE ARRISCAR, COMO JÁ DISSE EM 1999 DECIDI TRABALHAR POR MINHA CONTA E RISCO, TRABALHEI COM A BERCI, MONTEI UM NEGÓCIO LIGADO AOS AUTOMÓVEIS AURIOL AUTOMÓVEIS. 

EM 2000 DEI INICIO A UM PROJETO FANTÁSTICO DE NOME SOLUÇÃO RALLYES, MAS FALTOU-ME A EXPERIENCIA QUE HOJE TENHO. EM 2002 MONTEI A ZONA DE AGUA, VENDA DE AGUA EM GARRAFÃO, 2005 DEIXEI OS RALIS VERTENTE PILOTO, MAS CONTINUEI LIGADO AOS RALIS NA MADEIRA COM O PILOTO PAULO MENDES E O CAMPEÃO FILIPE FREITAS, DE 2000 A 2020, FAÇO EM 2021 30 ANOS LIGADO AOS RALIS.

EM 2009 TIREI 3 ANOS SÓ PARA MIM, PARA ME ENCONTRAR, FAZER SÓ O QUE ME DESSE PRAZER FAZER, VIVI NO ALGARVE "PORTIMÃO" ONDE EM 2009 COMPREI O VELEIRO CALITOR, BARCO COM O QUAL COMECEI O NEGÓCIO LIGADO À ACTIVIDADE NAUTICA / TURISMO. 

COMO NÃO SOU DE FICAR PARADO, COMECEI NA BRINCADEIRA A FAZER UNS PASSEIOS DE VELEIRO PARA AMIGOS E TURISTAS, COMO O NEGÓCIO ESTAVA A CRESCER A UM RITMO INTERESSANTE, DECIDI PENSAR A SÉRIO NO MESMO, EM 2012 FUI CONVIDADO A MONTAR UMA EMPRESA DE PASSEIOS EXCLUSIVOS DE BARCOS PELO RIO DOURO, E ASSIM NASCEU A SAILING360 COM SEDE NAS NOVAS INSTALAÇÕES DA DOURO MARINA NA AFURADA, ONDE VIVI 8 ANOS A BORDO DE UM DOS MEUS BARCOS. ATÉ QUE UM DIA, INICIO DE 2020 FIZERAM-ME UMA PROPOSTA INTERESSANTE, E ENTÃO VENDI A MARCA SAILING360 E ALUGUEI A GESTÃO DA MESMA E TAMBÉM DOS MEUS 3 BARCOS, POR UM PERÍODO DE 3 ANOS, FICANDO ASSIM COM MAIS TEMPO PARA ORGANIZAR O PROJETO DA MINHA VIDA. PKSCAUSE.

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Ao longo do teu percurso empresarial, Quais são as características pessoais mais importantes para as tuas empresas? Isto é, que importância dás às relações internas e externa nas tuas empresas? E para ti como empresário, quais são os contactos mais importantes? Fornecedores, clientes, pessoas influentes?

SEM DUVIDA ALGUMA ÀS PESSOAS, QUEM ME CONHECE E QUEM COMIGO TRABALHA OU TRABALHOU, SABE QUE EU VISTO A CAMISOLA, NÃO SOU DE MANDAR, VOU LÁ E FAÇO, RESPEITO MUITO AS PESSOAS EM GERAL, MAS RESPEITO AINDA MAIS QUEM COMIGO TRABALHA.

mAS como é lógico tudo numa empresa é importante, é como um motor sem umA peça, até pode trabalhar, mas mais dia menos dia vai DAR PROBLEMAS.

Quais são as dificulDADES que encontravas na gestão do dia a dia dos teuS negócios?

SEM DÚVIDA ALGUMA A CARGA DE IMPOSTOS QUE NOS É IMPOSTA, TRABALHAMOS MAIS DE 6 MESES SÓ PARA PAGAR IMPOSTOS. INACREDITÁVEL. 

OS INVEJOSOS, QUE NADA FAZEM E SÓ SABEM CRITICAR QUEM FAZ... A FALTA DE PROFISSIONAIS DE CONFIANÇA NA NAUTICA, COMO TAMBÉM NOUTRAS AREAS... PAGAMOS PARA ELES APRENDER... 

No teu percurso de empresário, queres partilhar um momento único positivo ou negativo ou até anedótico que te marcou? 

ASSSIM DE REPENTE LEMBRO-ME DE UMA COLABORADORA QUE TIVE. UM DIA VEIO COM UM GRUPO DE AMIGAS NAVEGAR NUM DOS MEUS BARCOS E APERCEBI-ME QUE A MESMA ESTAVA DESEMPREGADA, MAS COMO TINHA UMA BOA CONVERSA, EU CONVIDEI-A A VIR TRABALHAR PARA A NAUTICA, QUANDO ELA ME DIZ QUE NÃO SABIA NADAR E QUE TINHA PAVOR À ÁGUA ENTÃO EU REPONDI, MAS ISSO RESOLVE-SE COM UMAS AULAS.

HOJE É UMA EXCELENTE MARINHEIRA E AGORA NÃO VIVE SEM BARCOS E MAR, TAL COMO OUTROS POR MIM FORMADOS, AQUI EM PORTUGAL CONTINENTAL E MADEIRA.

 

Se tivesses um conselho a dar a um jovem empreendedor perante o estado atual da Economia, qual seria?

NESTE MOMENTO? QUE SE DEIXE ESTAR QUIETO, COMO ALGUÉM DISSE E BEM, COM A CARGA DE IMPOSTOS QUE AS EMPRESAS TÊM APOS O INICIO DE ACTIVIDADE, “SÓ UM MALUCO” ABRE UMA EMPRESA, MAS SE A PESSOA TIVER UM BOM FUNDO DE MANEIO E ACREDITAR, SIGA PARA A FRENTE, MAS É NOS MOMENTOS DE CRISE QUE UMA BOA PARTE DOS EMPRESÁRIOS GANHAM FORTUNAS. 

PARA SERES MELHOR QUE A CONCORRENCIA, TENS QUE TRABALHAR 18 HORAS POR DIA, SE NÃO O FIZERES, ÉS APENAS MAIS UM...

Quais são as maiores satisfações e desilusões que tiveste, até agora, desde que criastes a aCIPP em Outubro de 2020?

A BUROCRACIA QUE ESTE PAÍS EXIGE A QUEM QUER TRABALHAR. SÃO 1001 ASSINATURAS, 1001 PAPEL, ETC ETC..

Como te vês como pessoa? Como lidas com o fracasso e o sucesso?

EXACTAMENTE DA MESMA MANEIRA, QUEM QUER SUCESSO, TEM QUE ESTAR PREPARADO PARA O FRACASSO, É TIPO O FUTEBOL, HOJE GANHA UM, AMANHÃ GANHA O OUTRO, NÃO HÁ SUCESSO SEM ERROS, SEM FALHAS...

Consegues conciliar, no teu dia-a-dia, estes novos desafios e tua vida pessoal?N

ESTE MOMENTO NÃO... ESTOU 100% FOCADO NO PROJETO PKS PARKINSON NEM PARA OS QUE MAIS AMO CONSIGO TER O TEMPO NECESSÁRIO.

 

concluíndo a nossa entrevista, transitando a nossa entrevista para uma parte mais pessoal, sei que és um aficionado pelos rallys, foste piloto no rally de portugal, para ti fafe é capital ou catedral do rallys?

FAFE É A CATEDRAL DOS RALIS, NÃO HÁ DÚVIDAS SOBRE ISSO, EM TODO O MUNDO É RECONHECIDO, FALADO POR CAUSA DOS MESMOS, SIM EU FUI O PRIMEIRO FAFENSE A TERMINAR O RALI DE PORTUGAL 1994, NA VERSÃO MAIS DIFÍCIL DO MESMO, ESTORIL, PÓVOA, FAFE, ARGANIL E REGRESSO A ESTORIL.

FAFE É MINHA CIDADE NATAL, QUEM ME CONHECE SABE O QUANTO EU A DEFENDO, COM FAFE NINGUÉM FANFE, DIZ O DITADO, QUERO MUITO LEVAR O NOME FAFE PELO MUNDO, A PARTIDA E CHEGADA DA VOLTA SERÁ EM FAFE, A PREPARAÇÃO DA CARRINHA SERÁ FEITA EM FAFE E POR FAFENSES, TENHO MUITOS AMIGOS CÁ E UMA GRANDE PARTE DA MINHA FAMILIA.

SOU FAFENSE COM MUITO ORGULHO

 

tenho as seguintes perguntas e peço-te uma palavra ou frase pequena para cada uma delas:

Hobbies? 

BARCOS        

Local de Férias preferido? 

MADEIRA            

 

Adoras? 

PESSOAS HUMILDES

 

Detestas? 

PESSOAS FALSAS

 

Descreva o teu dia perfeito quando não estás a trabalhar

APROVEITAR CADA MINUTO JUNTO DOS QUE AMO, OU ENTÃO UM SÁBADO OU DOMINGO NO SOFÁ A VER FORMULA 1, RALIS OU MOTOGP, VELEJAR, ETC

QUAl É TUA MÚSICA PREFERIDA?

CANÇÃO DO MAR, DULCE PONTES.

 

qual foi o filme que te marcou?

AMIGOS IMPROVAVEIS

 

Prato preferido? 

FRANGO DE CHURRASCO

 

Restaurante preferido? 

PERGUNTA DIFICIL, TENHO MUITOS AMIGOS COM RESTAURANTES E ESCOLHER UM NÃO SERÁ BOA IDEIA, MAS EM FAFE EXISTE DEZENAS DELES MUITO BONS, CADA UM COM O SEU TIPO DE COMIDAS... MAS NÃO VAMOS FALAR DE COMIDA ESTOU A TENTAR FAZER DIETA... 😉

 

CITE 3 coisas que estão na tua lista de desejos?

1 - UMA SOLUÇÃO PARA A DOENÇA DE PARKINSON:
2 - QUE A ACIPP A NOSSA ASSOCIAÇÃO CRESÇA E ASSIM AJUDE PESSOAS COM PARKINSON;
3 - QUE O MAIOR NUMERO DE PESSOAS NOS AJUDE NESTA CAUSA.

 

Desporto preferido? 

MOTORIZADO

Qual é o teu clube? 

RESPEITO QUEM GOSTA, MAS EU NÃO GOSTO DE FUTEBOL E NÃO ENTENDO O PORQUÊ DE SER CHAMADO O DESPORTO REI, HOJE EM DIA PRINCIPALMENTE EM PORTUGAL O FUTEBOL É TÃO MAU QUE UM JOGADOR PASSA UMA GRANDE PARTE DO JOGO NO CHÃO, LEVAM UM TOQUE NA PERNA ESQUERDA E QUEIXAM-SE DA PERNA DIREITA, ENQUANTO UM PILOTO DE MOTAS POR EXEMPLO, CAI A 200KM HORA E LEVANTA-SE PARA REGRESSAR À CORRIDA, MAS ESTA É A APENAS A MINHA OPINIÃO. 

Se não tivesses sido empresário, eras?

SEM DUVIDA ALGUMA ESTARIA LIGADO AOS BARCOS/MAR, COMO SKIPPER.

 

Se tivesses a oportunidade de mudar algo no teu percurso profissional, seria o quê? 

NÃO DAR IMPORTÂNCIA AS PESSOAS QUE NÃO NOS DEIXAM CAMINHAR PARA A FRENTE, ACREDITAR EM NÓS PRÓPRIOS, NATURALMENTE NÓS... SEM MASCARAS. 

O que representa Fafe para ti? 

O MEU PORTO DE ABRIGO, CIDADE DO CORAÇÃO. 

Se amanhã, fosses um eleito político local, que medidas no setor económico ou noutro implementarias? 

DE CERTEZA ABSOLUTA QUE ISSO NÃO VAI ACONTECER, MAS SE... ACABARIA COM CERTOS IMPOSTOS, COMPLETAMENTE FORA DA REALIDADE. TIPO O IMI. 

Qual é a tua regra de Ouro? 

ATITUDE, LEALDADE, RESPEITO... 

Há algo mais que gostarias de dizer, que não foi abordado?

FALTOU SIM, AGRADECER A TODAS AS PESSOAS QUE EM TROCA DE AMIZADE, NOS TÊM AJUDADO NESTA PREPARAÇÃO DA VOLTA AO MUNDO. MAS TODAS AS PESSOAS E AJUDAS SÃO SEMPRE BEM-VINDAS. 

dando fim nesta entrevista a esta fase mais empresarial cheios de desafios superados, tens agora um pequeno grande contratempo, como referes sempre, que é a doença de Parkinson. a poucos meses decidistes criar uma associação, e lançar-te no maior desafio da tua vida por uma causa: “150 mil quilómetros, 70 países e cinco continentes em 48 meses”.

podes partilhar-nos um pouco mais sobre estes dois novos desafios.

Este pequeno grande contratempo mudou toda a minha vida e principalmente a forma como olho para ela, pois esta doença é daquelas que nos rouba a dignidade e acima de tudo qualidade de vida, dia após dia.

Sou um homem de sonhos e lutas, mas depois do choque inicial, decidi que teria que transformar a doença em algo positivo, pois teremos que conviver com ela até ao fim.

Sou um entre milhões com a mesma condição eu sei, mas eu sinto que tenho a missão e dever de fazer um pouco mais, ainda há pouca informação, apoio e acompanhamento sobre e para Parkinson e foi aí que encontrei o meu propósito!

Depois de algumas conversas e de algumas pesquisas decidi que seria através de uma Volta ao Mundo de Veleiro, mas como a exigência física e mental é muito exigente, decidimos eu o meu médico e MINHA familia, que seria de Autocaravana, sendo assim mais fácil levar a sensibilização do tema ainda mais além.

O diagnóstico precoce, apoio a famílias carenciadas que não têm acesso a tratamentos inovadores (e caros), despertar consciências, criar uma Associação e alertar para todas as questões inerentes que possam ser desenvolvidas. Nesta altura o amanhã tornou-se hoje e meti pés ao caminho antes que a dignidade se vá, bem como a capacidade de o fazer...

Como imaginas, para que tal seja exequível preciso de muitos apoios, pois um projeto destes abarca muitos custos, mas também é uma oportunidade de levar as marcas e apoios que estão connosco mais além.

2020, foi o ano de planeamento e apresentação da viagem.

11 Abril de 2021 partida para a volta ao mundo, 2022 - 2023 - 2024 - Abril de 2025 chegada, durante os quais esperamos despertar atenção suficiente, reunir com as comunidades entre elas as Portuguesas, espalhadas por esse mundo fora, falar sobre o diagnóstico precoce ao mundo e reunir fundos para que no regresso possamos continuar a trabalhar através da nossa ACIPP - Associação Contratempo Invertido Parkinson Portugal, esta irá levar sonhos a tantos outros (a ACIPP foi o 1º sonho e ficou concretizado agora em outubro de 2020).

Sinto que neste projecto vamos precisar realmente da ajuda de todos, qualquer tipo de ajuda é bem-vinda, semanalmente vamos produzir um vídeo com tudo o que vimos, filmamos, fotografamos, etc etc, para que dia após dia os nossos seguidores sejam cada vez mais.

Para assim conseguirmos chegar onde pretendemos, que é o crescimento desta associação, direccionada ao bem-estar dos portadores Parkinson, familiares e cuidadores, se possível, até com outras doenças também do foro neurológico.

Seria muito interessante durante esses (48 meses, + de 150 mil km, + de 70 Países, 5 continentes), estarmos juntos e assim divulgar, as marcas que se associaram, pelo mundo.

Esperamos que se junte a nós e ajude a levar esperança aos quatro cantos do mundo.

OBRIGADO FILIPE POR ESTA OPORTUNIDADE DE DAR A CONHECER ESTA CAUSA!

RICARDO OLIVEIRA NA "CASA FELIZ" NA SIC

(Para ver clique na imagem)

PARKINSON - AROUND THE WORLD CAUSE - 2021 - 2025

AJUDE o ricardo A DAR A CONHECER ESTE PROJETO, ESTA CAUSA.

ACIPP - Associação.

SITE: www.acipp.pt

EMAIL: hello@acipp.pt

FACEBOOK: facebook.com/contratempoinvertido

INSTA: instagram.com/pks_worldcausE

PKS The Van Tour World Cause

SITE: www.pkscause.pt

EMAIL: hello@pkscause.pt

FACEBOOK: facebook.com/PKScause

INSTA: instagram.com/pks_worldcause

 

Património natural: os pinheiros de Travassós e de Paços.

Nas freguesias de Travassós e de Paços há duas árvores que são património natural das freguesias e ganham importância nos locais onde estão plantadas.

Travassós-Fafe

Em Travassós, frontalmente disposto à capela da Senhora das Graças, está o imponente e centenário “pinheiro brasileiro”, mais especificamente uma araucária (araucaria angustifolia). 

Travassós-Fafe

Foi plantada nos finais do séc. XIX, segundo reza a história, pela esposa do travassolense António Montenegro, emigrante no Brasil, que deixou obra em Fafe e cuja rua, na cidade, tem seu nome. O asilo dos pobres (antigo centro de saúde) e a escola do Vilar, em Travassós, foram edificadas graças à boa vontade deste emigrante de torna-viagem!

Paços-Fafe

Em Paços, encontramos o pinheiro manso (Pinus Pinea), também imponente no centro da freguesia, em frente à sede da Junta e bem perto da Igreja. Aliás, deu nome a este lugar de Paços. 

Paços-Fafe

Cuidadosamente bem englobado no arranjo exterior, a junta de freguesia também o guarneceu de iluminação artificial e destaca-se perante quem chega a Paços.

São dois exemplos de árvores que merecem ser classificadas como Património Natural! E vale a pena vê-los!!

Feliz Natal

 

É chegada a época em que nos sentimos mais juntos de nós próprios e dos outros.

O Natal representa, ou deveria representar, um conjunto de valores que faria de nós uma sociedade da qual nos devemos orgulhar.

Infelizmente não é isso que se passa há já muito tempo e esta época é mais um momento de vaidades, exibicionismo e soberba.

Também eu já sofri desse “vírus” mas julgo-me curado. O meu Natal é de saudade, é de concórdia, é fraterno,é de paz, é de amor.

É de bacalhau, é de polvo, é de perú, é de rabanadas, é de vinho.

É de lareira, é de sorrisos, é de memórias.

Falta um lugar à mesa mas no coração continua ocupado.

Feliz Natal!

Ricardo Gonçalves

Rafa Leite - Rir é terapêutico !!!

        "Por favor não trabalhem ao negro”!!!!!       

Mestre em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria pela Escola Superior de Enfermagem do Porto. Practitioner certificado em PNL com Foco Terapêutico e Emocional, pela International Coaching and NLP Training Academy. Rafa Leite começou desde muito cedo a praticar o humor (bem mais precoce que o amor, daí a abismal diferença de eficácia entre ambos). Registos médicos revelaram que após o parto, Rafa Leite não chorara, muito pelo contrário, fizera rir toda a equipa de Neonatologia do Hospital. Estava assinalado o primeiro momento de humor da sua vida, à custa da sua patética figura… Desde então nunca mais parou. Primeiro, foram as rábulas humorísticas durante as festividades natalícias na escola, seguindo-se apresentação de festivais de tunas e encontros durante o tempo de universidade. É precisamente durante este período, algures em 2004, que realizou e coprotagonizou com colegas de curso a sua primeira longa-metragem: “Mãe, Não Me Deixam Ser uma Popstar”. A uma dada altura, durante a faculdade, o pai de Rafa perguntara-lhe: “Mas ó filho, eu estou-te a manter para fazeres palhaçadas ou para tirares um curso?” Ao que respondera: “Pai, vais ver que isto tudo ainda me vai ser útil! Não me obrigues é a pagar-te o que te ficarei a dever! Até porque haverá sempre um retorno na hora das partilhas.” Ao longo destes últimos anos realizou, escreveu e produziu mais de 100 sketches de humor, em parceria com o seu amigo de longa data e realizador – Sérgio Castro – e protagonizou a longa-metragem “A Lua”, trabalho final do Curso de Cinema da Escola Superior Artística do Porto, este num registo mais dramático e sério (a custo).Em 2014 ganha o seu primeiro prémio como Artista, na categoria ‘Revelação’ do Notícias de Fafe e em 2017 torna a vencer, desta vez na categoria ‘Cultura’, por ter escrito e produzido a sua primeira peça de teatro “O Mais Longo Verão”, baseada da vida do seu avô - Gervásio Von Doellinger. As premiações desta produção culminariam com chave de ouro, quando vence o prémio ‘Melhor Produção Eleita pelo Público’, no Concurso Nacional de Teatro 2017.

Até à presente data, continua a levar alegria por esses palcos fora, sob a forma de espetáculos stand-up, vídeos satíricos no seu canal do Facebook e em vimeo.com/rafaleite, e produções com o seu grupo de teatro - Vitrine e, claro, transporta sempre essa forma de ser para o seu local de trabalho – o Centro de Saúde de Fafe. Sim, Rafa Leite também é enfermeiro especialista de saúde mental, até porque tem uma filha e sabe que uma vida exclusiva de espetáculos não lhe daria possibilidade de a sustentar só com roupinhas do mais fino algodão produzido com base nos princípios da agricultura orgânica… Posto tudo isto, e sabendo que tem uma promessa para cumprir com o seu pai, Rafa Leite está a preparar o seu próximo espetáculo a solo que pretende aliar o melhor do Stand-Up Comedy com estratégias de Auto-Ajuda em saúde mental! Com ele, espera mudar relações, vidas e sexos! Para melhor ou pior, só o tempo o dirá…

Rafa, em primeiro lugar, quero agradecer a tua disponibilidade e amabilidade acedendo participar nesta entrevista/conversa. Quem é o Rafa Leite?

Gosto de dizer que sou um “concretizador de sonhos”. Porque ao longo da minha vida, sempre que sonhei com algo, tentei sempre partir na sua busca (tirando os sonhos alagados de adolescente). Grande parte consegui realizar, uma pequena parte não. Lembro-me que estava nos meus planos ser jogador da bola, mas uma doença crónica chamada “aselhice” desfez-me o sonho.

Começaste desde muito cedo a “lidar” / “praticar” o teatro, a comédia, o drama … tens ideia de como tudo começou?

Perfeitamente. Há duas ocasiões fulcrais que o ditaram na adolescência: a aula de “Escrita Criativa” na disciplina de Português com a professora Manuela Dantas no 8º ano e a participação “forçada” na peça de teatro no 9º ano “Ai o Safado”. Digo forçada porque não queria participar mas o professor Bernardino não me deu outra chance. E ainda bem! Depois tinha as festas em família onde dava sempre o ar da minha graça. Os meus pais dizem que quando tinha 3 anos, no meio de uma celebração matrimonial na Igreja S. José, a minha voz se elevou no silêncio para proferir o grito político “Soares, amigo, o povo está contigo”.

Quais as tuas principais referências no humor?

Na juventude, as minhas referências na comédia foram Jim Carrey e Leslie Nielsen com o seu estilo de humor nonsence. Atualmente, gosto de apreciar e aprender com vários artistas. Em Portugal identifico-me com o Nuno Markl pela sua habilidade a contar histórias e pelo fascínio geek que nutre pela cultura Pop.

Qual a tua opinião do teatro que se faz na actualidade em Portugal?

Há diversos estilos e gosto de saboreá-los a todos. De quando em vez deixo a área confortável da comédia e bebo inspiração em géneros mais arrojados de teatro experimental. É bom sair ao fim de um espetáculo e debater com os amigos a mensagem transmitida. Isso dá-nos várias perspetivas. É uma complexidade enriquecedora que nos ensina a ver o mundo sob outro prisma.

Ao longo destes últimos anos realizaste, escreveste e produziste mais de 100 sketches de humor, tens tudo registado? Em que formato?
Sim. A compilação está toda no meu canal do vimeo: https://vimeo.com/rafaleite.
“Mãe, Não Me Deixam Ser uma Popstar”?
Primeira grande metragem de comédia. 2004, ano de muitas loucuras.
Drama ou comédia?
Gosto de dominar ambos os géneros. Passei grandes temporadas a fazer rir. A uma dada altura deixei de o fazer para poder evoluir enquanto ator. Foi difícil, mas fez-me bem. A pausa serve para repensarmos o percurso até à data e como queremos projetar o futuro.
O Mais Longo Verão?
A maior homenagem alguma vez feita por mim.

Venceste o prémio ‘Melhor Produção Eleita pelo Público’, no Concurso Nacional de Teatro 2017. escreveste e produziste a tua primeira peça de teatro “O Mais Longo Verão”, baseada da vida do teu avô - Gervásio Von Doellinger … ou seja foste premiado, com a tua primeira peça, escrita e baseada no teu avô … O que representa tudo isso para ti?
Permite-me corrigir: foi o grupo de Teatro Vitrine, do qual faço parte mais os meus colegas e o encenador Orlando Alves, quem venceu o prémio. Comecei por pegar nas aventuras que o meu avô me contava desde criança e quis escrever um livro. Depois de uma reunião com o meu grupo de teatro, o Sr. Orlando Alves desafiou-me a escrever uma peça de teatro. O resto é história... 5 nomeações para o Concurso Nacional de Teatro e o grande prémio do público. Pelo meio, dezenas de atuações de norte a sul do país. Orgulho imenso.
Vários espetáculos stand-up, vídeos satíricos e várias produções com o teu grupo de teatro – Vitrine, conta-nos um pouco de como te enquadras em todas estas formas de representar?

Gosto de ser eclético. Experimentar várias formas de arte. Isso dá-me experiência, abre-me horizontes e define melhor a minha área de atuação. Há pouco experimentei pintura no anexo de minha casa. A coisa até correu bem! Algumas paredes fazem lembrar Jackson Pollock, mas nada que uma segunda demão não resolva.

Corona virus é ?

Coronavírus é aprender que os afetos são realmente importantes à nossa vida, perceber que realmente é importante lavar as mãos antes de comer e que não convém cozinhar pangolim com batata a murro...

Como tens passado estes meses em confinamento?

Passei a fazer exclusivamente uma só coisa: ajudar a libertar a ansiedade. Fiz 2 vídeos humorísticos para satirizar toda esta situação. Nunca descurando o extremo perigo que representa, mas é uma forma de lidar com a situação. Rir é mesmo o melhor remédio. Está comprovado cientificamente.

A possibilidade de seres infectado assusta-te? até que ponto?

Não me assusta, até porque uma das estratégias de redução de stress que utilizo é não sofrer por antecipação. Ter todo o cuidado, mas sem pensar quando ele me bater à porta. Quando acontecer, aí sim, terei todo o gosto em me enfiar na cama, com uma caixa de ben-u-ron e o Romance “Os Maias”, que já ando a tentar acabar desde a secundária.

Mestre em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria pela Escola Superior de Enfermagem do Porto. Practitioner certificado em PNL com Foco Terapêutico e Emocional, pela International Coaching and NLP Training Academy. especialista de saúde mental, Rafa preocupa-te os proximos tempos, no que toca á saude mental?

Preocupa-me neste preciso momento! O futuro é já hoje. A depressão é, desde 2020, a doença mais incapacitante do mundo. E temos de começar já a intervir em todas as faixas etárias. Tenho o arrojo de afirmar que a depressão e a ansiedade são uma pandemia pior que a Covid-19, afetando mais de 20% da nossa população.

Dentro dessa tua área que conselhos podes dar aos nossos leitores?

Concretizem os vossos objetivos. Partam em busca, experimentem, mudem de vida se for o caso. Só isso nos motiva e nos ocupa a mente para assim não ruminar nos pensamentos mais destrutivos.

O palco traz felicidade? O que pode estragar a felicidade em palco?

A falta de público, que infelizmente é tão “usual” nos tempos que correm. Mas será passageiro. Nesse sentido, nós artistas, teremos uma tarefa hercúlea de voltar a conquistar o nosso público.

O primeiro espetáculo?

Ai o Safado.

O último espetáculo?

A Minha Vida Dava um Filme.

Uma história de bastidores, que te recordas assim à primeira … e que nos queiras contar?

Na peça ‘O Morgado de Fafe Amoroso’ tínhamos 2 cabritinhas com figurantes. Certo dia, antes de um espetáculo, esquecemo-nos de lhes dar de comer e elas não se fizeram de rogadas. Quando chegamos do jantar, não tínhamos onde urinar, porque elas amarfanharam a retrete dos camarins.

Adoras?

Sonhar acordado.

Detestas ?

Desorganização! Ou a organização dos outros quando não está do meu agrado. Se calhar é mesmo detestar quando as coisas não estão à minha maneira, certo?

Apaixonado vais até onde?

Em tempos cometi uma loucura. Saía pouco de Fafe e após tirar a carta, saltei os confins limítrofes quando ouvi uma voz chamar: “Vai aonde te leva o coração”. Meti-me no carro, liguei a ignição, fiz ponto de embraiagem e voei até Pardelhas...

Gostas de futebol? Qual o teu clube?

Tinha tudo pra não gostar de fosse de outro clube! O problema foi nascer em 84 e ver certo clube ganhar 21 campeonatos, 2 Champions, 2 Europas, 2 Intercontinentais... Não tenho culpa... Agora se fosse de outro clube, talvez preferisse as novelas da TVI e os programas da manhã pra me divertir.

Acreditas em Deus?

Depende da personagem.

Rafa, segundo o teu press release, existem registos médicos  reveladores, que o Rafa Leite não chora? Isso é realidade ou tens momentos que também choras?

Então não choro! Aliás, como costumo dizer nas minhas formações, o choro tem a função de reparação do nosso desequilíbrio emocional. O único senão de chorar é a sua pegada ecológica. Toda a gente sabe que um lenço ranhoso não pode ir para o contentor azul.

Estás a preparar o teu próximo espetáculo que pretende aliar o melhor do Stand-Up Comedy com estratégias de Auto-Ajuda em saúde mental! Queres contar um pouco do que aí vem?

Quero fazer algo diferente e refrescante. Tenho assistido a inúmeros espetáculos Stand-Up ao vivo e on-line. Tenho aprendido bastante com múltiplos géneros e estilos. Uma vez que enquanto Enfermeiro Especialista de Saúde Mental faço inúmeras formações na área, decidi que o próximo espetáculo deveria ser uma simbiose entre ambos. O melhor de ambos os mundos. Rir é terapêutico. Não quero dizer com isto que alguém com uma cirrose hepática assiste ao meu show e sai de lá com um fígado rejuvenescido, mas que possa aprender a enfrentar as adversidades de outra forma. Parece-me uma boa premissa e algo diferente.

Como arranjas tempo para todas estas tuas actividades?

Clonagem. Resultou com a ovelha Dolly, decidi fazer o mesmo a mim próprio... Uma organização exímia no dia-a-dia é crucial. Isso aliado a doses moderadas de cafeína com um cheirinho de dopamina.

Uma viagem?

Nova Zelândia.

Fafe é?

É quando desabafas, depois de conhecer meio mundo: “Isto é tudo muito giro, mas não há nada como a minha terrinha”.

Se fosses um “actor” político em Fafe, o que farias em primeiro lugar? E em segundo lugar ?

Aquilo que ditará o teu bem-estar é estares bem contigo mesmo e com a tua vida profissional. És um adolescente que tens aptidões e certas habilidades, então deveria existir algo que te orientasse melhor para o teu futuro. Formação juvenil em autoconhecimento. Este seria o que faria em primeiro lugar. Em segundo, pegava na lista de contactos secretos que nos é dada quando se chega ao poder e agendava uma futebolada com líderes europeus e mundiais.

Aos teus amigos dizes, visita Fafe porque?

Porque já fiz com que um Chileno, que conhecera no Vietnam, fizesse um desvio e viesse cá passar um fim-de-semana. Por isso, deve valer mesmo a pena.

Muito obrigado pelo tempo e carinho dedicado aos nossos leitores, uma mensagem para eles?

Que depois de tudo isto passar, não percam o gosto de se deslocarem ao teatro ou cinema mais próximo e degustar a tão abalada cultura. Ah! Há também uma coisa que gostaria de apelar: por favor não trabalhem ao “negro”. Façam os descontos direitinhos. Os que já não descontam por causa do Covid ajudaram a aliviar o sufoco da Segurança Social mas não chega...

Rafa Leite :

Ator no Teatro Vitrine desde 2006
2 longas metragens: Mãe não me deixam ser uma Popstar; A Lua
14 Peças de teatro: Ai, o Safado; Morgado de Fafe Amoroso; A Cantora Careca; Portugalhadas; Bolingbrook; A Vinda do Rei D. Carlos; Saudade do Futuro; A Roda dos Expostos; O Crime dos Arcos; O Mundo Mágico de Camilo Castelo Branco; O Mais Longo Verão; A Filha do Moleiro; A Fundação do OFC Antime; Era uma Vez no Futuro.
2 Espetáculos Stand-Up: Sketches de Humor; A Minha Vida dava um Filme
Apresentador em diversas Galas de Prémios, Espetáculos de Variedades.
Mestre em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria pela Escola Superior de Enfermagem do Porto.
Practitioner certificado em PNL com Foco Terapêutico e Emocional, pela International Coaching and NLP Training Academy.

VIDEO:

Rafa Leite | O Último Mon Chéri

VIDEO:

Rafa Leite | O Rapto Do Pai Natal

VIDEO:

Rafa Leite | BVF 

VIDEO:

Rafa Leite |  Curando (ft. CS Fafe)

Vídeos humorísticos no canal: 

https://vimeo.com/rafaleite  https://www.youtube.com/c/RafaLeite/videos

Paulo Matos 
Jornal de Fafe |24/12/2020

Fotos de: 

Rafa Leite | teatro vitrine 

Jornal de Fafe 24/12/2020