domingo, 31 de janeiro de 2021

FAFE UP – A ECONOMIA CIRCULAR NA AGENDA DAS EMPRESAS E DOS CIDADÃOS



Não há dúvidas que haverá um mundo antes e depois do COVID-19. No meio de tantas incertezas, é bastante difícil prever o que seria o mundo atual sem esta pandemia, mas podemos afirmar que nos próximos anos, vamos ver um mundo diferente.

De facto, nos últimos anos, temos vindo a assistir a uma renovação completa na economia, na política e na sociedade, e chegou a pandemia do CONVID-19, que catalisou num “passo acelerado” esta renovação. Estamos a assistir a um mundo diferente, com novos valores e consecutivamente, mercados deixarão de existir e outros surgirão.

Assim, essa reinicialização do mundo, segundo os dirigentes do Fórum Econômico Mundial de Davos, reunidos virtualmente, de 25 a 29 de janeiro, deverá se focar em três prioridades:

- Tornar o mundo mais resiliente para eventuais novas surpresas, como o vírus Covid-19;

- Tornar o mundo mais inclusivo, mais justo e equilibrado, atingimos níveis insustentáveis de pessoas em situação de vulnerabilidade;

- Tornar o mundo muito mais verde, colocando todas as energias na descarbonização e preservação de recursos para evitar uma catástrofe ainda maior.

Dessa maneira podemos esperar para os próximos anos uma agenda centralizada na engenharia social e na economia circular.


O que é a Economia Circular e como funciona?

A economia circular é um modelo económico de produção e de consumo assente na redução, reutilização, recuperação e reciclagem de produtos, materiais e recursos, que ganham um valor e utilização acrescidos. Inspirada nos mecanismos dos ecossistemas naturais, contraria o modelo de consumo linear integração social, baseado no princípio “produz-utiliza-deita fora”.

Neste novo modelo, o modelo de produção e consumo são baseados em dois ciclos complementares semelhantes aos ciclos biológicos, nomeadamente:

- o ciclo dos matérias biológicos, que se decompõem através de organismos vivos;

- o ciclo dos materiais técnicos: que não se decompõem através organismos vivos.

Na prática, a economia circular implica a redução do desperdício de recursos e resíduos. Por exemplo, quando um produto chega o fim do ciclo de vida, os seus materiais são mantidos dentro da economia de forma a serem reutilizados o maior número de vezes possíveis, gerando um maior valor. O que é considerado lixo numa economia linear transforma-se em recurso valioso numa economia circular.


Como funciona?

Apresentando-se como um elemento chave para promover a dissociação entre o crescimento económico e o aumento no consumo de recursos, o grande objetivo da economia circular é a redução significativa da geração resíduos e desperdícios.

Desta forma, o fim do ciclo de vida de um produto não implica necessariamente o seu fim, mas sim o reaproveitamento dos materiais e recursos dentro da economia, de valor a gerar maior valor.

Este novo modelo começa no início do ciclo de vida de um produto: um design e processos de produção inteligentes ajudam a poupar recursos, evitam uma má gestão dos resíduos e criam oportunidades de negócios.

Quais as vantagens?

Este novo modelo económico oferece uma oportunidade de reinventar a nossa economia, tornando-a mais sustentável e competitiva, deixando para trás a procura crescente por matérias-primas, cada vez mais escassas e finitas, para dar resposta a um modelo linear desatualizado.

Convido a ver, abaixo, um vídeo de 3 mn. da Sociedade Ponto Verde acerca da Economia Circular, clicando na imagem abaixo:




A importância da Economia circular nas empresas:


Quais são as vantagens da economia circular para as empresas?:

- maior inovação e eficiência na produção de produtos;

- maior segurança e proteção das empresas contra a escassez de matérias-primas e volatilidade de preços;

- otimização da gestão de resíduos, o que potencia a reciclagem e reduz aterros;

- maior poupança energética;

- aumento da competitividade e promoção da inovação.


Com o objetivo de apoiar as empresas na transição para a Economia Circular, o IAPMEI, além de participar no Plano de Ação para a Economia Circular, dispõe de uma Agenda exclusivamente dedicada ao tema.

Assim, preparou a Agenda da Economia Circular do IAPMEI, tendo em vista a promoção de um conjunto de conteúdos temáticos, que visam a sensibilização do tecido empresarial para a substituição de modelos lineares por novas abordagens circulares no desenvolvimento de produtos, processos e modelos de negócio, contribuindo assim para a sua sustentabilidade.

Neste sentido, lançaram o vídeo "substituir a linha pelo círculo | A transição para a Economia Circular, que através de 10 ideias alerta para a necessidade de integração de estratégias que reforcem a sua transição para uma Economia Circular das empresas.


Convido a ver o vídeo "substituir a linha pelo círculo | A transição para a Economia Circular da Economia Circular" do IAPMEI, clicando na imagem abaixo:



A ADITEC - Associação Para o Desenvolvimento e Inovação Tecnológica, lançou o Manual ‘Como implementar a economia circular na minha empresa?’ para apoiar a formação dos mais diversos atores sociais, contribuindo para um futuro mais solidário, inclusivo e sustentável:

Pode descarregar o Manual clicando na imagem abaixo:




A importância da Economia circular no nosso dia a dia:


Quais são os benefícios da economia circular para as pessoas?:

- produtos mais duradouros e inovadores;

- novas oportunidades no mercado de trabalho e maior integração social (estima-se a criação de 580 000 postos de trabalho da União Europeia);

- redução da pressão sobre o meio ambiente através da manutenção do clima e da biodiversidade e para a redução da poluição do ar, solo e água.


Convido a conhecer uma das embaixadoras nacionais do Up-Cycling em Portugal, a minha amiga Alexandra Arnóbio que aceitou partilhar comigo a sua visão da Economia Circular:

"A economia circular é o futuro. Sendo um processo complexo e inovador precisa de ser trabalhado diariamente tentando passar uma mensagem simples e clara aos cidadãos.


No futuro não existirá provavelmente nenhuma empresa que não tenha um consultor em economia circular, pois uma coisa é certa, podemos reduzir a nossa pegada ecológica, agora terminar com o lixo. 

O lixo tem de ser visto como um precioso recurso a utilizar nas próximas gerações. 

E é neste momento que temos de agir, com pequenos passos para efetivar a mudança, por exemplo: 

- Posso usar os resíduos orgânicos para fazer compostagem;
- Posso tentar concertar algum eletrodoméstico que avariou;

Aqui em casa a prática mais corrente é transformar velhos objetos em novos produtos. A esse processo chama-se upcycling. 

Penso que só com atos pequenos podemos caminhar para uma economia circular, pensando sempre de uma forma global mas agindo localmente. Assim tenho a certeza que a mudança acontece".


Finalmente convido a ver o vídeo de apresentação da Alexandra Arnóbio, clicando na imagem abaixo. É o resultado de um prémio atribuído pelo projeto LACES, promovido pelo Município de Santo Tirso:




Página Facebook da Alexandra Arnóbio Upcycling Projects




Fonte. IAPMEI, ENDESA, ADITEC, Sociedade Ponto Verde.


sábado, 30 de janeiro de 2021

Rio Vizela: poluição continua e visível aos olhos de todos!

 

Rio Vizela: poluição continua e visível aos olhos de todos!

data: 25 de Novembro 2020

As águas do rio Vizela correm fortes! Mas nem isso apaga os resíduos de poluição que são notados por todos que percorrem as margens, inclusive na albufeira! Sim, quem caminha pelo passadiço é frequente ver o rasto de porcaria que se nota!

 Tive a curiosidade de perceber de onde vem a poluição e constatei que é  muito acima (montante) da Aldeia do Pontido! Que se passa? Haverá descargas, durante a madrugada,  derivado ao despejo de cisternas de esvaziamento de fossas? Haverá, a jusante da barragem, descargas de fossas de particulares?

data: 25 de Novembro 2020


Lamentavelmente tenho de dizer que o rio está poluído e já não são as minhas fotos que “estragam a imagem turística da Barragem”, como alguns políticos afirmaram, são o conhecimento de causa de muitos visitantes ou turistas que se incomodam com a imagem deplorável e o cheiro nauseabundo que sentem no local!

Não há fiscalização! Não há respeito pela natureza e por todos nós!  Não há amor por FAFE! 

Certamente, será um tema da próxima campanha… mas  terá de ser um problema a resolver definitivamente porque,  quando mandares alguém “à merda”, poderás querer dizer para "ir ao rio/albufeira!"!

data: 25 de Novembro 2020

A LUTA CONTINUA! Estou à espera de alguns políticos, em Travassós, para os olhar nos olhos! Para saberem que os meus olhos são sérios! Não estão prostituídos com a politiquice! Porque luto pela minha terra! Luto por todos nós, pelo interesse comum! E, não por interesses pessoais! Porque, esses mesmos, me criticaram em vez de apoiarem e também lutarem pela fauna e flora fafense! Afinal, não estava a lutar pelo bem de Fafe? 

Fiz duas queixas no SEPNA|GNR. Enviei mensagens e mails ao Município! Tudo continua igual! Infelizmente, muitos dos que me "maltrataram", enquanto cidadão, agora estão num dilema!

data: 23 de Janeiro 2021

Como se apresentarão ao povo das freguesias das margens do rio Vizela em tempo de eleições? Como olharão os habitantes e lhe explicarão que a desculpa foram as folhas em decomposição, ou fenómenos naturais? Que o cheiro é das folhas... Como lhes dirão que deixaram borrar aquilo tudo e que, de futuro, se comprometem a resolver o problema?  Eu também estarei por aqui e no dia certo, estaremos à espera!


data: 23 de Janeiro 2021

A LUTA CONTINUA! 


sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Estamos a perder!


Andamos há quase um ano a travar uma guerra que, desde que viramos o ano nos está a dar uma tareia descomunal.

Estamos a deixar morrer os nossos mais velhos e estamos a comprometer o futuro colectivo. Porque, não tenhamos dúvidas, o pior está para chegar. A factura do nosso desleixo ser-nos-á apresentada e não vai ser pequena. 

Temos que cerrar fileiras e enfrentar a "besta" e para isso não precisamos de ser valentes. Basta não sermos parvos! Basta não sermos egoístas! Basta estarmos, o mais possível, quietos! Muitos têm que trabalhar, outros têm que ficar em casa. Não parece justo mas é essa a estratégia para ultrapassar este inimigo. Mas os que ficam em casa têm que...ficar em casa!!! 

Os nossos filhos estão, de novo, em casa. Vão enfrentar mais um desafio de ensino à distância com tudo o que isso tem de negativo. Na componente lectiva e nas competências sociais. Vejo isso com a preocupação natural de um pai que quer o melhor para os seus filhos mas isso só deve servir como estímulo para fazermos melhor e darmos o nosso contributo para que essa realidade seja o mais curta possível.

Aos nossos líderes temos que pedir trabalho, dedicação, competência, sorte e...verdade!!!!

Vamos lá!

Ricardo Gonçalves


quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Milhões de mortes por causa de um grupo de otários seguir as ideias de um idiota!

 


Formar um partido! Iludir os militantes!

O sucesso de grupos ou partidos radicais está nas formas mais básicas da comunicação e recrutamento de recursos humanos. Um partido populista só sobrevive se os seus seguidores não pensarem. Uma espécie de acefalismo crónico.

Regra 1 – PROSPEÇÃO - Escolher meia dúzia de problemas que possam ser facilmente contestados pela população em geral;

Regra 2 – TAREFA - Reunir um grupo que pense a estrutura e dar-lhes a missão de recrutar seguidores (DAR-LHES UTILIDADE);

Regra 3 – SUPREMACIA – O líder é uma espécie de divindade, que sabe tudo, e tudo o que diz é verdade (mesmo não sendo);

Regra 4 – DIVIDIR PARA REINAR – Cada membro terá a missão de defender a causa com ‘unhas e dentes’, atacando, intervindo, em grupos ou comentários que falem da organização. Mesmo que seja contra familiares e amigos;

Regra 5 – MANIPULAR – Apresentar-se sempre com uma palavra de conforto/confronto.

Regra 6 – OBEDIÊNCIA CEGA – O membro faz tudo segundo as ordens do seu líder.

 

No dia de hoje, escolhi aquele que considero o filme que mais me marcou. “A Vida é Bela”. Retrata uma família. Mais uma. Como tantas outras que foram separadas por um motivo tão terrível como a supremacia racial. Como se isto fosse possível. Homens que mataram outros Homens, Mulheres e Crianças.

Mas quem deixou que isto acontecesse?

Precisamente outros homens como nós. Que viram num indivíduo a capacidade de mudar o rumo das coisas. Deram-lhe poder. O poder foi dividido entre os seus seguidores e levaram à perseguição de quem não pensasse, agisse ou tivesse a sua raça.

Quem votou queria uma vida melhor. Certamente porque os exemplos que tinham não eram bons. Mas escolheram porque o seu grau de instrução também não abundava.

O que podemos fazer para que isto não volte a acontecer?

Educar. Instruir as pessoas para que tenham sentido crítico e possam questionar o que lhes querem oferecer!

A base da sociedade ESTÁ na EDUCAÇÃO!

Clara Marques Mendes apela ao Governo para que não deixe nenhum idoso para trás.

 


Clara Marques Mendes apelou ao Governo para que não deixe nenhum idoso para trás durante o processo da vacinação. No debate sobre política geral, com a presença do Primeiro-Ministro, a deputada que substituiu na intervenção o Presidente do Partido, Rui Rio, recordou que há centenas e centenas de idosos em lares em situação ilegal e irregular, cerca de 3500 de acordo com a associação do setor, que não podem ser esquecidos e devem ser vacinados. Clara Marques Mendes lembra que estes idosos “não têm culpa por estar em instituições ilegais” e que “merecem toda a proteção”.


A Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PSD recordou ainda que governo anunciou, no início da pandemia, que ia fazer um levantamento e mapeamento destas situações, mas passados 10 meses nada foi feito e o Governo continua sem ter esse mapeamento das instituições ilegais.”

Deputados do PSD denunciam “justiça adiada” no TAF de Braga

 Os deputados do PSD, eleitos pelo distrito de Braga, querem que o Governo confirme se o Quadro de Juízes é proporcional às necessidades do serviço no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga, tal como anunciado pela Senhora Secretária de Estado Adjunta da Justiça em fevereiro de 2018. Da mesma forma, os deputados pretendem que o Governo garanta que não se têm agravado, de forma considerável, os atrasos na tramitação dos processos novos depois dessa data e que negue que há atrasos de décadas na tramitação e decisão dos processos intentados naquele tribunal.

As questões foram endossadas à Ministra da Justiça num documento em que os deputados realçam que “é de conhecimento público que os Tribunais Administrativos e Fiscais em geral (e o TAF de Braga em particular), padecem de um seriíssimo problema de pendências e moras processuais”

“Esta situação tem gerado atrasos de décadas (sim, de décadas) na tramitação e decisão dos processos intentados. Não só os processos ficam parados quando entram nos tribunais em apreço, como aqueles, poucos, que avançam ficam a aguardar por uma sentença que tarda em chegar", acusam os deputados.

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

ESCREVER FUTURO

Estamos em confinamento é certo, mas porque não aproveitar para fazer mais pelo nosso território e pelas suas gentes? Tal como perceber o que poderia ser melhor para si, o que sugerir no seu bairro, na vossa aldeia, no nosso concelho, em todo o país! Conhecer melhor o nosso património, as suas estruturas, o que gostariam de ter na vossa terra. Vejam. Leiam. Observem. Conheçam a nossa história e analisem o presente.... pensem bem no que querem para o futuro. Vamos fazer uma corrente de ideias, de novidade, de soluções! Ver exemplos de outros locais, de outras cidades, do mundo! Quero isto. É disto que precisamos! Publiquem as vossas sugestões com a referência QUERO ISTO PARA FAFE (#queroistoparafafe), criem grupos com amigos, com vizinhos, partilhem as vossas experiências profissionais e pessoais que sejam aceleradores da mudança, do impulso, da novidade. Vejam os livros que podem emprestar, as músicas que devem sugerir, o que temos em casa que podemos dar, o que precisamos muito de receber. Ouçam pessoas. Escutem-se a vós mesmos... 

É desta ação social que precisamos. A que sai de cada um de nós, identificada, personalizada e direcionada. A que faz acontecer.... O que nós podemos fazer individualmente pelo bem comum, vai muito além do que a sociedade tem como resposta e estar sentado à espera que tudo se resolva em gabinetes ou reuniões já não nos serve. Querem diferente? Sejam diferentes! Fujam da mesmice, do costumeiro, da crítica ligeira e do banal. Está na hora de baixarmos o dedo apontado e segurar numa caneta para escrever o futuro. O vosso e o de todos nós.  


Clara Paredes Castro



Foto: creativeart www.freepik.com 





segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

ESCOLA DA FEIRA VELHA FOI DEMOLIDA EM 2008


A Escola da Feira Velha era uma das cinco Escolas Primárias construídas pelo Estado Novo no Concelho de Fafe.

O modelo “Minhoto em pedra” com dois andares e três salas de aula conferia-lhe alguma exclusividade na região, correspondendo a um exemplar único no concelho de Fafe.

Inaugurada em 1940, a Escola da Feira Velha cumpriu a sua função, no âmbito do ensino básico durante sessenta e oito anos.

 

Em 1936 o Ministério das Obras Públicas, através da Direcção Geral dos Monumentos Nacionais, atribuiu uma verba de vinte mil escudos (20.000$00) para a construção de um edifício escolar “Tipo Alto Minho” com três salas. A Câmara Municipal da época, liderada pelo médico fafense António Martins de Freitas, deliberou edificar a nova escola na então Praça da República, actual Praça Mártires do Fascismo (Feira Velha).

A tutela exigia um mínimo de 1250 m2, incluindo o logradouro nas traseiras. Relativamente à vedação do edifício não houve qualquer comparticipação do Estado. Ela foi concretizada, anos depois, a expensas da Câmara Municipal.

Escolhido o local, “amplo e arborizado”, a obra foi entregue à Empresa Industrial de Fafe, que tinha também secções de marcenaria, carpintaria e serralharia.




Inauguração da Escola da Feira Velha em 15 de Julho de 1940
Reprodução do "Almanaque Ilustrado de Fafe, 1941


A inauguração da Escola da Feira Velha, assim como de outros equipamentos subsidiados pelo Estado Novo, aconteceu em 1940, em plenas comemorações dos centenários, integradas no programa das “Festas da Vila de Fafe da Senhora de Antime”.

Foi no dia 15 de Julho daquele ano que uma multidão assistiu à inauguração do melhoramento. O jornal “O Desforço” descreve assim o “grande acontecimento”:

« …Depois o edifício escolar da Praça da Republica, onde as crianças, num como que Orfeão, entoam com vozes sãs e muito bem, sob a regência de José Maciel, os hinos da Mocidade, da Restauração, e Nacional. O Snr. Sub-Secretário apreciou e teve a oferta de um lindo ramo de cravos, que uma criança lhe entregou, agradecendo-lhe e felicitando no final o snr.  José Maciel pela boa regência. Os miúdos, que tão bem se houviram, teem aplausos.

Organiza-se novamente o cortejo em que tomam parte milhares de crianças que empunham bandeiras da Fundação e da Restauração, o que lhe dá uma graça especial…»

A Escola da Feira Velha, uma das mais emblemáticas da Vila promovida a cidade, que durante sessenta e oito anos assistiu à passagem de milhares de crianças em início de aprendizagem, sucumbiu em Agosto de 2008. Foi mandado demolir, pela Câmara Municipal, um belo edifício Histórico que deveria ter sido conservado e valorizado.

Independentemente do seu valor arquitetónico que consideramos relevante, o finado estabelecimento de ensino foi uma das primeiras Escolas públicas da antiga Vila de Fafe. Por lá passaram milhares de fafenses que ali iniciaram a sua aprendizagem. Mais do que um Monumento Histórico da Idade Moderna, a Escola da Feira Velha representou um raro nicho de afectos, originando amizades e consolidando relações humanas que ainda hoje se mantêm.

Aquela simpática Escola assistiu à formação cívica de inúmeros fafenses que, de forma passiva viram sucumbir os seus alicerces culturais sob o impiedoso camartelo… em pleno mês de Agosto, quando a maioria das pessoas gozavam as suas férias; incluindo os periódicos locais da altura.



Capela da Senhora dos Milagres, S. Gens

 

CANTARIA FOI REAPROVEITADA NA CONSTRUÇÃO DE UMA CAPELA

A pedra resultante da demolição da Escola da Feira Velha, foi alegadamente negociada pela empresa que procedeu à demolição que a disponibilizou para venda.

Por 2012, um particular adquiriu uma parte da cantaria, incluindo o robusto pórtico da antiga Escola, reaproveitando-a na construção de uma capela particular.

O pequeno templo, localizado na Quinta das Flores, Rua da Pica de Além, da freguesia de S. Gens, foi consagrado à Senhora dos Milagres e “encontra-se aberto ao culto, constituindo um ponto de romagem das gentes da terra”.

Fica a memória de uma velha Escola, de um monumento raro na região, que foi desmantelado e, talvez por “milagre”, conservou as suas pedras numa capela dentro de território fafense... dizem, "com interior do estilo barroco".  

Jesus Martinho



Trecho da Feira Velha em 1996


 MEMÓRIA FOTOGRÁFICA DA DEMOLIÇÃO














 

domingo, 24 de janeiro de 2021

"UM OUTRO OLHAR" - TONINHO E PEDRO, DOIS BARBEIROS VENCEDORES COM ESPÍRITO DESPORTIVO

 


Bom dia toninho e pedro, desde já, agradeço–vos por terem disponibilidade em participar nesta entrevista.

tenho vindo a acompanhar o vosso percurso profissional, como amigo e cliente. confesso que o vosso perfil, associado a um passado desportivo, de comerciantes de sucesso no setor dos cabeleireiros, através da vossa empresa gerida por ambos, sensibilizaram-me a serem os próximos a convidar para a nossa entrevista.

Neste sentido, a minha primeira pergunta é da praxe e é mais pessoal.

Gostava que cada um me partilhasse as suas origens, o seu percurso escolar e formativo. Gostavam de estudar? Tem alguém na vossa família ou amigos como modelo empreendedor?

Toninho: Bom dia amigo sou natural de São Gens fiz o primeiro e segundo ciclo na freguesia de São Gens.
Depois decidi iniciar a profissão de barbeiro onde mais tarde tirei a carteira profissional no Porto

Pedro:  Bom dia amigo, sou natural de Moullins, França, vim para Portugal com 5 anos fiz o primeiro ciclo na escola de Moreira do Rei, o segundo ciclo fiz na Escola Carlos Teixeira, iniciei o terceiro ciclo na Escola Secundária de Fafe onde fiz apenas o oitavo ano e como não gostava nada de estudar então decidi ir trabalhar mesmo não tendo ninguém como modelo empreendedor a área que me fascinava era cabeleireiro, aí surgiu a oportunidade e comecei como empregado do Toninho e do Paris, onde passei a ter como colega de trabalho o Abel Costa e como podes imaginar, aprendi com os melhores.
 
 
Como surgiu a ideia de ser empreendedor?

Toninho: passei por 4 salões de cabeleireiros onde no último que trabalhei eu e o meu amigo (Paris) em 1993 decidimos abrir o próprio negócio e que permanece aberto até hoje.
 
Pedro: Como referi antes, o Paris era um dos meus patrões, entretanto colocou a sua quota à venda a qual foi adquirida pelo Abel,  mais tarde o Abel decidiu emigrar e foi me proposto comprar a sua parte da sociedade assim me tornei empreendedor.
 
A empresa que dirigem os dois atualmente, foi criada em 1993, contem-me mais sobre a trajetória da vossa empresa até à data de hoje, partilhando as suas atividades, os seus produtos e serviços.

Os nossos serviços são apenas cortes de cabelo e barbas, tratar da imagem do cliente, fazer com que o cliente se sinta bem, como se fosse uma segunda casa.
 


 
Quais são as dificuldades que encontram na gestão do dia a dia da vossa empresa?

Nos dias de hoje não está fácil de trabalhar derivado há situação que vivemos por causa da pandemia covid 19 mas não somos pessoas  de desistir.
 
Quais são as maiores satisfações e desilusões que tiveram, até agora, com a vossa empresa?

Satisfação, é sentir que o cliente sai feliz com o serviço prestado e acima de tudo as amizades que lá fazemos.
Desilusão? Felizmente não  estamos a ver nenhuma.
 
Quais são os próximos desafios para a vossa empresa?

Sempre a inovar.
 
Como se vê cada um como pessoa? Como lidam com o fracasso e o sucesso?

Toninho: trabalhador, humilde e que está a realizar o sonho da minha vida e um amigo que podem sempre contar.
O sucesso faz parte do quotidiano pois é por isso que trabalhamos e é o meu foco.
O fracasso az parte da nossa vida nem sempre corre tudo bem. Fui formado para ter sucesso e nunca estarei preparado para o fracasso.

Pedro: humilde, honesto e trabalhador, sempre disponível para aprender.
Fracasso: nem sempre as coisas correm bem, por vezes aparecem pedras no caminho, mas o meu foco é sempre o mesmo, seguir em frente e vencê-las.



 
Conseguem conciliar cada um, no vosso dia-a-dia, a vida profissional e pessoal?

Toninho: a minha profissão ocupa  muito tempo por isso se torna difícil de dedicar algum tempo há família e amigos
 
Pedro: a minha profissão ocupa-me de fato bastante tempo do dia, inclusive os sábados, mas há sempre tempo para dedicar principalmente à família e para passear.
 
Se tivessem um conselho a dar a um jovem empreendedor perante o estado atual da Economia, qual seria?

Toninho: não é fácil mas vai em frente.
 
Pedro: como não sou Homem de desistir dos meus sonhos, o meu conselho seria, se é o teu sonho segue em frente, nunca desistas.
 
Finalmente, transitando a nossa entrevista para uma parte mais pessoal, pretendia saber qual é vossa opinião, sobre a prática desportiva amadora em fafe, as suas fragilidades e suas POTENCIALIdades?

Pedro: Iniciei a minha atividade desportiva com 15 anos, como atleta no G.D.C. Fornelos como juvenil, passando à atleta aos 17 anos no G.C.D. Paços onde estive um ano, surgiu a oportunidade de ir representar um grande clube de Fafe, A.C.D. PICA, onde me tornei campeão distrital de Braga, por motivos profissionais não podia conciliar as duas coisas e mais tarde dei início à carreira de futsal onde representei vários anos o G.C.D. Paços, na atualidade sou atleta no futsal G.C.D.Vinhós na qualidade veterano.

Pena é que neste momento devido a esta situação pandémica que estamos a viver não é possível praticar mas temos que fazer alguma coisa não podemos parar.    Temos no entanto, outras atividades que têm levado o nome de Fafe bem alto, a patinagem, os nosso atletas da Cercifaf, esses sim são os verdadeiros campeões  o importante é não parar o desporto, até porque faz bem à saúde.
Pelo conhecimento que tenho, acho que Fafe está bem, desde o mais pequenino ao mais velho.
 
Toninho: pratiquei à uns anos atrás karaté, cheguei ao cinturão verde, mas entretanto parti uma perna num acidente de mota, e tive de abandonar, acontece aos melhores. (risos).
 Acho que o karaté é uma das modalidades mais medalhadas do concelho com grandes resultados acho que deveria ser mais divulgado é um desporto top em vários sentidos nomeadamente defesa e tranquilidade pessoal.


 
Finalmente, tenho as seguintes perguntas e peço, a ambos, uma palavra ou frase de resposta para cada uma delas:

Hobbies?

Toninho: ler, ver futebol na TV.

Pedro: jogar futebol, dar umas corridinhas ao ar livre e assistir a um bom filme.

Local de Férias preferido?

Toninho: Algarve.

Pedro: Não tenho um local preferido,  gosto de conhecer o que há de bom no nosso país.

Adoras?

Toninho:  boa conversa entre amigos.

Pedro: estar em família.

Detestas?

Toninho: ingratidão e desonestidade.

Pedro: injustiças e pessoas falsas.
 
Descreva o teu dia perfeito quando não estás a trabalhar

Toninho: Passear com a família.

Pedro: Adoro estar em casa na companhia da minha família.

Qual é tua música preferida?

Toninho: Homem do Leme, dos Xutos & pontapés.

Pedro:  Juntos somos mais fortes, dos Amor Electro.
 
qual foi o filme que te marcou?

Toninho: Quanto é difícil ser homem de Mark Harmon

Pedro: Comando, com Arnold Schwarzenegger)


Prato preferido?

Toninho: Polvo à lagareiro.

Pedro: Sou um bom garfo mas adoro bacalhau cozinhado de qualquer forma.

Restaurante preferido?

Toninho: Caneiro, Arco de Baúlhe.

Pedro:  Temos bons restaurantes em Fafe, mas costumo dizer que o melhor restaurante é na casa da minha mãe.
 
 
PODES ME PARTILHAR 3 coisas que estão na tua lista de desejos?

Toninho: ver o futuro dos meus 2 filhos concretizados, saúde para mim e para os meus familiares e amigos e que o mundo melhor.

Pedro: muita saúde para todos e que sejam felizes, vivam a vida!!
 
Desporto preferido?

Toninho: futebol

Pedro: Futebol

Qual é o teu clube?

Toninho:S.L.Benfica

Pedro: S.L.Benfica

Se não fosses empresário, eras?

Toninho:provavelmente estaria ligado ao mesmo ramo

Pedro: tinha que estar ligado a esta área, é a minha paixão.

Se tivesses a oportunidade de mudar algo no teu percurso profissional, seria o quê?

Toninho: acho que não mudava nada. Tudo o que me aconteceu até hoje está correto

Pedro: não mudaria nada, tem sido um percurso lindo e maravilhoso.

O que representa Fafe para ti?

Toninho: Fafe é minha cidade Natal o meu ponto de abrigo

Pedro: Fafe é uma cidade linda, muito acolhedora perfeita para mim.

Se amanhã, fosses um eleito político local, que medidas no setor económico ou noutro implementarias?

Toninho: não me vejo como político

Pedro: político, eu? Não! Deixo isso para quem sabe.

Qual é a tua regra de Ouro?

Toninho: não deixes para amanhã o que podes fazer hoje

Pedro: Olhar em frente, pensamento sempre positivo, ser humilde e seriedade acima de tudo.
 
Há algo mais que gostariam de dizer, que não foi abordado?
 
Toninho: Agradecer-te a ti Filipe a oportunidade. Esperamos que mais profissionais dêem o seu testemunho nesta área.

Pedro: Tenho que agradecer-te pela oportunidade de poder dar a conhecer um pouco mais de mim a todos os meus amigos e falar um pouco desta arte que é está profissão.
Muita saúde e felicidade e paz no mundo.

Muito obrigado!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

As minhas eleições

 


Considero que o ponto alto da vida democrática é o momento em que recebemos o boletim de voto, o preenchemos e o depositamos na urna!

Já votei dezenas de vezes mas continuo a sentir uma palpitação nesses momentos. Tendo consciência que o meu voto conta, que ajuda a decidir, que exprime a minha opinião, que me faz pertencer, que me faz parte de um todo que queremos melhor a cada dia.

Sim. 

Tenho muito orgulho na minha participação cívica e esforço-me por fazer bom uso da minha cabeça, da educação que recebi, da minha escala de valores, na minha capacidade de julgamento. Nunca fiz a contabilidade de quantas eleições estive do lado mais votado e de quantas fiz parte dos "derrotados". Para mim, ganhei sempre.

Tenho que reconhecer o trabalho e ser grato às pessoas que dão do seu tempo para que a organização dos actos eleitorais decorram com a normalidade a que estamos habituados. Sei que recebem uma retribuição mas, ainda assim, aplaudo a sua cidadania.

Quanto à eleição de domingo, decidi há uns dias o meu voto. Como o faço (quase) sempre. Normalmente, a campanha eleitoral não define o meu voto. Tenho a decisão tomada antes desse "carnaval" que não aprecio. 

Uma última palavra para o contexto em que ocorre esta eleição. Sendo, como dá para perceber pelo resto do texto, um entusiasta destas consultas populares manifesto uma grande desilusão por não ter havido a decência de as adiar. Pelo perigo em si que estes ajuntamentos representam para a saúde pública mas, também, pelo exemplo. Mais uma vez fica no ar a sensação de que os políticos são uma casta à parte. 

Ainda assim, lá estarei no domingo. Obrigado a todos aqueles que contribuíram para que o possa fazer.

Nunca esqueçam!

Ricardo Gonçalves

PS: #fiquememcasaantesedepoisdevotar




quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

António Costa de bestial a besta em 3 Atos

 

?!?!

Ato I - Março 2020

Primeiro confinamento. Atitude correta, embora com o atraso de uma semana.E as coisas foram conduzidas com esforço, mas no sentido mais acertado.

Ato II - Dezembro 2020
Abriu a possibilidade das famílias se juntarem. Sabiam que os casos iam aumentar. Só tinha de fechar as Escolas duas semanas após as férias de Natal.

Ato III - Janeiro 2021
Hospitais entupidos. Ambulâncias à espera de vez à porta das urgências. Pessoas a morrer nas filas de espera.
Escolas escondem casos até da própria cumunidade escolar. 


Mas, mesmo com tantas mortes...

O mais importante é cumprir a democracia. Não estragar as eleições. 
E não mostrar que falharam porque esconderam os números reais e não cumpriram com o plano tecnológico nas Escolas.

Ora vão para o raio que vos parta!

Nota: Eu não queria Escolas fechadas, por causa do ensino em geral, mas principalmente por causa dos alunos  com Necessidades Especiais e dos que só conseguem ter uma refeição decente na Escola (o que deve e tem de ser assegurado).
E, para quem não tem conhecimento da realidade, é bem mais trabalhoso em casa do que na Escola e muito mais impessoal. Mas também não quero ver gente a morrer por causa da falta de medidas que podem beneficiar.
Se o ano letivo não acabar em junho que acabe em julho!