terça-feira, 20 de julho de 2021

Brunão, um abraço!

 

Isto não se faz, pá! Não é meu costume ficar sem palavras, mas não consegui dizer nada desde que soube o que aconteceu. Primeiro um telefonema, depois a internet a confirmar que as coisas não estavam nada bem. Não sabia dizer nada! Só me lembrava de ti e dos teus amigos, dos teus pais, dos teus avós e da tua tia. Conhecemo-nos há muitos anos, ainda eras um miúdo pequenito e lá íamos todos para as reuniões da jota. Eras um dos jotinhas… Tu e a tua prima.

Regadas está a chorar em todo o lado. Não há lugar que não esteja a sentir esta angústia. Confesso que só agora é que ganhei coragem para te dizer alguma coisa. Estive até ao último momento até que se confirmasse o que não queria ouvir. 

Antes deste abraço, queria-te pedir que protejas os teus familiares e aqueles teus amigos que iam contigo. Uns e outros vão precisar muito de ti. É mais que óbvio que vamos estar cá para os apoiar a todos e também às suas famílias. Mas vai ser duro… Precisamos mesmo de ti.

Bruno, sabes que estou longe e não vou aí dizer-te adeus, mas amanhã vou olhar para o Mar e Rezar contigo.

Agora vai Amigão, leva o maior dos abraços e já sabes, quando passar a tua casa vamo-nos cumprimentar como sempre o fizemos, o braço bem no alto!

Um abraço, Brunão!

domingo, 11 de julho de 2021

“UM OUTRO OLHAR” – JULIANA, UMA DESIGNER DE MODA FAFENSE QUE CRIOU UMA MARCA DE ROUPA A PENSAR NA MULHER ATIVA E EXIGENTE

 


Boa tarde cara juliana, agradeço-te por teres disponibilidade em participar nesta entrevista.

TENHO VINDO A ACOMPANHAR O TEU PERCURSO PROFISSIONAL e confesso que o teu perfil de empresária de MODA com loja online em crescente evolução, com sede em LISBOA, mas com produção em fafe, sensibilizou-me a seres a próxima empresária, a convidar para as minhas entrevistas.

Neste sentido, a minha primeira pergunta é da praxe e é mais pessoaL.
Gostava que me partilhasses as tuas origens e o teu percurso escolar e formativo. Gostavas de estudar ou eras mais virada para o trabalho prático? Tens alguém na tua família ou amigos como modelo empreendedor?

Olá Filipe, muito obrigada por este convite que tanto me honra! E deixo-te, desde já, os meus parabéns pela tua dedicação a este projeto tão altruísta!

Vivi e estudei em Fafe até aos 18 anos. A minha mãe era professora primária e o meu pai era comercial na indústria têxtil. Até essa idade, já tinha pensado em mil profissões que gostava de aprender. Foram várias as áreas que me foram despertando a curiosidade, mas quando me imaginava na situação de executar, na prática, cada uma delas, abandonava a ideia e saltava para a seguinte. 

Em paralelo, em casa, no meu mundo, o que eu gostava mesmo era de desenhar, fazer a roupa das minhas bonecas, passar tardes com a minha tia, que era costureira, a idealizar os meus vestidos e a vê-la a fazê-los. Ao domingo, as primas juntavam-se em casa dos avós e bordávamos, fazíamos tapetes, tricot… 

Em Fafe não havia a opção de escolhermos design no 10.º ano, então segui científico-natural para não me separar das minhas amigas. Mas quando cheguei ao 12.º, percebi que não me identificava com as perspetivas de futuro, então mudei-me para o Porto e acabei por entrar na universidade, no curso de psicologia. Mais uma vez, a minha curiosidade induziu-me em erro e, ao fim de dois anos, percebi que embora a área me fascinasse, não queria fazer disso a minha vida. Não sinto que tenha sido em vão e ainda hoje leio livros sobre comportamento humano. Aceito que fez parte do meu percurso e que me enriqueceu. 

Mas finalmente senti-me em casa quando comecei o meu curso de Estilismo, na Escola de Moda do Porto. Ao fim de 2 anos de curso, ao contrário dos meus colegas que escolheram ateliers para estagiar, eu escolhi fazer um estágio na indústria pois interessava-me perceber esse lado mais prático da área e que senti que o curso não me tinha dado. Estagiei na fábrica da nossa conterrânea Fernanda Marinho, que trabalhava para o grupo Inditex.
No fim do estágio, um cancro na tiroide obrigou-me a parar durante um ano. Costumo dizer que foi a melhor coisa que me aconteceu, pois fez-me repensar tudo e tomar a decisão de lutar com todas as minhas forças para conseguir fazer o que gosto da minha vida. 

Então voltei a estudar, frequentei outro curso de Design de Moda, mas desta vez na melhor e mais exigente escola do país, o Citex (hoje Modatex). Aqui sim, senti que me estavam a dar todas as bases que eu procurava. Fiz um estágio em Lisboa, com uma designer que admirava e regressei ao Porto, com o projeto de abrir a minha loja/atelier, a Miau Frou Frou. Na ocasião, a minha família achava isto uma loucura, por não ser um caminho certo e seguro. Mas foi precisamente na família que fui buscar todo o apoio para concretizar este sonho.
 
 
Como surgiu a ideia inicial de seres empreendedora?

Eu nunca tive a ideia consciente de ser empreendedora. Isso era apenas um meio para eu conseguir fazer o que me dava prazer: criar livremente. Tive a Miau Frou Frou durante 8 anos, onde testei vários formatos: tive loja própria, vendi para outras lojas de criadores nacionais, por todo o país, e tentei a exportação, apresentando coleções em alguns mercados, em Paris e Londres. 

Depois, conheci o meu marido, o Hélder, e tomei a decisão de vir morar para Lisboa. Aqui senti imensas dificuldades em formar uma equipa, a nível de produção, e encerrei a empresa. Dediquei-me a dar aulas por 3 anos, mas não me sentia realizada sem criar. Desafiei a minha cunhada Cati e, durante mais de meio ano, delineamos toda a estrutura do que viria a ser a OYEZ. Passado meio ano, a Cati recebeu uma proposta profissional da sua área (arquitetura), muito exigente, e passou a ser humanamente impossível conciliar com a OYEZ. E eu tomei a decisão de agarrar o “monstro” em que a OYEZ se estava a transformar e seguir em frente.
 
 
neste sentido a tua Loja de vestuário para mulher on-line @oyezstore que diriges atualmente foi criada em 2019. 
conta-nos mais sobre a trajetória da tua loja de vestuário até à data de hoje, partilhando as suas atividades, os seus produtos, os seus serviços e sua dimensão em termos de mercado geográfico com esta aposta do on-line

Lançar uma marca dirigida para o mercado de vendas online, depois de toda a minha experiência, parecia-me uma ideia bastante simples. Então toda a minha energia foi direcionada para tudo o que está por detrás disso, o invisível. Arranjar os fornecedores que me agradassem, a confeção certa, a gráfica que melhor executasse o meu design de packaging, a transportadora que se adequasse às minhas necessidades de entrega no dia a seguir…etc

Até que chega o dia do lançamento do nosso website e das nossas páginas de redes sociais e vejo o quanto me tinha enganado. Todos os inícios se dão com zero seguidores. E agora? Foi nesse momento que percebi que a venda online seria o maior desafio da minha vida e que não bastava ser boa designer e desenrascada como até então.

Desde que lancei a OYEZ que me dedico imenso a estudar marketing digital, a definir e redefinir estratégias, tudo sozinha. Hoje, sim, considero-me uma designer/empresária.

Tudo é pensado em Lisboa, onde tenho o meu atelier. Desenho as coleções e até há pouco fazia os moldes, os protótipos, o corte e enviava para Fafe para a confeção. Daí regressava tudo para Lisboa, para eu embalar e enviar para as clientes.

Hoje, com o crescimento da empresa, vem tudo a Lisboa primeiro, onde eu faço o design, conto com ajuda nos moldes, o corte é feito numa empresa em Alenquer, segue para a confeção em Fafe e é entregue para embalar e enviar para as clientes. É um pouco louco este modelo, mas acho que me habituei a tudo estar à distância de um email, mensagem ou telefonema. Tanto que acabo de contratar mais uma pessoa para me ajudar na parte burocrática, apoio ao cliente e registo de envios, que mora a 10 minutos da OYEZ e, no entanto, tratamos de tudo online.

A OYEZ chega a todos os pontos do país (acho tão curioso ir ver onde são determinadas terras) e conta já com algumas clientes fiéis em vários outros países, como a Holanda, Suiça, Luxemburgo, Angola, entre outros.
 
 


Quais são as dificuldades que encontras na gestão do dia a dia da tua empresa?

Talvez o facto de ter de estar sempre em muitas frentes, ao mesmo tempo. Tenho uma lista alucinante de coisas diárias para fazer. Passo de uns temas para outros, a toda a hora. Agora design, agora controlo de qualidade, depois atendimento ao cliente, gestão das redes socias, contabilidade, envios…e ainda dou aulas!
 
 
Quais são as maiores satisfações e desilusões que tiveste, até agora, com a tua empresa?

A minha maior satisfação é quando as minhas clientes identificam a OYEZ nas redes sociais ou me enviam as suas fotos com as minhas peças. Aí tudo fica real e vejo que tudo vale a pena.

Desilusão é uma palavra muito forte. Nem sempre tudo corre como foi planeado, mas isso faz parte do processo de crescimento. Creio que não há nada neste caminho que tenho percorrido com a OYEZ que possa dizer que me desiludiu.

 
Quais são os próximos desafios para a tua empresa?

Conseguir delegar mais. Costumo dizer que quanto mais delego mais ganho tempo para trabalhar!!
que no fundo é ganhar tempo para crescer!
 
 
Quais são as características pessoais mais importantes para a tua empresa? Isto é, que importância dás às relações externas na tua empresa? E para ti como empresária, quais são os contactos mais importantes? Fornecedores, clientes, pessoas influentes?

A OYEZ é uma empresa de proximidade. Conhece a história de muitas das suas clientes e de todas as pessoas com que trabalha. Fornecedores, colaboradores, influenciadoras, todos são importantes para aquilo que é a OYEZ, mas sem dúvida que o nosso foco são as clientes. É para elas que crio.


Como te vês como pessoa? Como lidas com o fracasso e o sucesso? 

Vejo-me como um work in progress! Sempre em busca de ser melhor, mais fiel à minha essência, independentemente das expetativas que possam ter sobre mim. Gosto de me testar e de sair da zona de conforto, é nesses momentos que vejo do que sou feita e me sinto mais próxima de mim.

Este trabalho que faço comigo também se aplica à melhoria da minha capacidade de lidar com o fracasso. Nunca soube lidar muito bem com coisas que não me correm tão bem, por isso sou tão esforçada e perfecionista. Isto traz-me benefícios profissionais, mas é muito exigente e desgastante. Estou numa fase de transformação, em que quero começar a aceitar com ligeireza que nem tudo é perfeito.
 
 
Consegues conciliar, no teu dia-a-dia, a vida profissional e pessoal?

Vou dar a resposta honesta e não a bonita e esperada. É muito difícil e no último ano isso basicamente não aconteceu. Tenho trabalhado horas sem fim, fins de semana, feriados e até nas férias. Felizmente, o Hélder ajuda-me imenso, tenho uns pais inacreditáveis e umas amigas que valem ouro.

Mas tenho a esperança de em breve conseguir ter uma vida muito mais equilibrada e conseguir desligar do mundo de vez em quando!
 
 
No teu percurso de empresária, queres partilhar um momento único positivo ou negativo ou até anedótico que te marcou?

Posso destacar como um momento positivo que marcou um ponto de viragem para a marca que foi no início da pandemia, no ano passado. Tinha acabado de mudar de casa e fazer a nova coleção de verão, quando ficamos confinados. Não sabia até quando ia durar aquela situação e tinha uma coleção para fotografar e lançar e não podia chamar uma equipa de modelos, fotógrafo, etc. Então saí à rua no meu novo bairro, que não conhecia assim tão bem, vesti eu própria a minha coleção e o meu marido fotografou-me com o telemóvel. Foi um boom! Dupliquei tudo, desde número de seguidores, engagement e vendas. O público identificou-se muito mais com uma pessoa real e numa idade mais parecida às suas.
 
 
Se tivesses um conselho a dar a uma jovem empreendedora, na tua área, perante o estado atual da Economia, qual seria?

Desde que acabei o curso que oiço que a economia não está boa para investir. Se me deixasse assustar por isso, nunca me tinha lançado para nenhum dos meus projetos. Claro que temos de ser conscientes e às vezes saber dar baby steps, mas o meu conselho seria qualquer coisa do tipo não arrisques tanto que possas perder tudo, nem tão pouco que te impeça de saber que vais conseguir.
 
 
Finalmente, transitando a nossa entrevista para uma parte mais pessoal, pretendia saber qual é tua visão SOBRE A IMPORTÂNCIA DO MUNDO DIGITAL PARA AS LOJAS DE MODA?

A pandemia veio revelar a importância do mundo digital para as lojas de moda. Há um mundo da moda antes da pandemia e depois da pandemia. Se antes era possível ser-se altamente rentável só com a venda em loja, acredito que hoje isso será muito mais difícil, porque as pessoas habituaram-se a comprar a partir de casa, o que obrigou os empresários a explorarem também as vendas online. Mas atenção, que é outro modelo de negócio completamente diferente. Não basta ter o produto e publicar umas fotos. Mas, no plano teórico, consegue-se alcançar um público mais vasto.

O que esta pandemia trouxe de bom para o modelo de negócio online é que fez com que muitas pessoas que nunca antes tinham comprado online, o começassem a fazer. Confiaram, correu bem e ficaram fãs.
 



tenho as seguintes perguntas e peço-te uma palavra ou frase de resposta para cada uma delas:


Hobbies?

Ioga, caminhadas e passear.
 
Local de Férias preferido?

Filipinas.
 
Adoras?

Viajar, conhecer sítios e culturas diferentes.
 
Detestas?

Perder tempo em deslocações.
 
Descreva o teu dia perfeito quando não estás a trabalhar

Um dia de praia com mergulhos no mar.
 
Qual é tua música preferida?

Tenho várias, mas vou destacar uma que já o é há muitos anos: a Cafe de Flore, de Doctor Rockit.
 
qual foi o filme que te marcou?

O fabuloso destino de Amelie Poulin.
 
um livro?

O poder do agora, de Eckhart Tolle
 
Prato preferido?

Nasi goreng.
 
Restaurante preferido?

JNcQUOI Asia, em Lisboa.
 
PODES ME PARTILHAR 3 coisas que estão na tua lista de desejos?

Comprar um bilhete só de ida e o primeiro hotel e passar um mês a viajar pela Ásia.

Fazer uma viagem de autocaravana.

Fazer um retiro espiritual.
 
 
Desporto preferido?

Ioga
 
Qual é o teu clube?

Digo que sou do Benfica, mas na verdade não gosto de futebol.
 
Se não fosses empresária, eras?

Talvez uma hippie que vivia em comunidade...
 
Se tivesses a oportunidade de mudar algo no teu percurso profissional, seria o quê?

Não mudava nada, pois tudo o sou é consequência do que fiz até hoje, mesmo as escolhas erradas, que também as fiz.
 
O que representa Fafe para ti?

Significa ir à terra. Só quem mora longe sabe o poder desta frase. Não trocava o Natal em Fafe por nenhum outro.
 
Se amanhã, fosses uma eleita político local em Fafe, que medidas no setor económico ou noutro implementarias?
 
Estou muito distante dessa realidade para poder dar a minha opinião. Já não moro em Fafe há 22 anos. Só sei que me dá tristeza ver a cidade vazia aos sábados e domingos à tarde. Onde se metem as pessoas? 
Talvez apostasse na promoção de mais atividades/eventos e movimentos culturais para atrair as pessoas à cidade.
 
Qual é a tua regra de Ouro?

Tenho poucas regras, mas há uma bem antiga e popular que para mim é super-valiosa e se aplica, tanto a nível profissional, como pessoal – “não deixes para amanhã o que podes fazer hoje”.
 
Há algo mais que gostarias de dizer, que não foi abordado?

Acho que já falei demais. O meu respeito por quem ler isto até ao fim!

Um beijinho para todos! 



A MARCA OYEZ ON-LINE:







terça-feira, 29 de junho de 2021

Programa de Candidatura "Eugénio Marinho - União para Associação" apresentado.

 


A candidatura Eugénio Marinho - União para Associação" disponibilizou na sua página Facebook o seu programa comunicando o seguinte texto:

"Caras e caros sócios da 𝐀𝐬𝐬𝐨𝐜𝐢𝐚çã𝐨 𝐃𝐞𝐬𝐩𝐨𝐫𝐭𝐢𝐯𝐚 𝐝𝐞 𝐅𝐚𝐟𝐞, como já havia anunciado, esta candidatura elaborou um programa que pretende implementar, caso saia vencedora das eleições que se vão realizar no próximo dia 10 de julho.
Esperamos que o programa vá de encontro aos anseios de todos vós. Queremos o melhor para a nossa associação. Somos ambiciosos e estamos muito motivados para concretizar os objetivos a que nos propomos.

Em conjunto com todos, porque o clube é de todos os sócios, vamos trabalhar afincadamente para tornar a 𝐀𝐬𝐬𝐨𝐜𝐢𝐚çã𝐨 𝐃𝐞𝐬𝐩𝐨𝐫𝐭𝐢𝐯𝐚 𝐝𝐞 𝐅𝐚𝐟𝐞, na “MÁGICA” do desporto no nosso concelho, na nossa região e no nosso país.

Queremos um clube cada dia maior e cada dia mais motivador para todos nós.

Viva a AD FAFE 💛🖤 "


Programa completo disponível no link abaixo:




segunda-feira, 28 de junho de 2021

José Pereira é o candidato à Junta de Freguesia de Freitas e Vila Cova pelo PSD

 


A Comissão Política do PSD-Fafe validou o nome de José Pereira para liderar a candidatura à Junta de Freguesia de Freitas e Vila Cova. O líder social-democrata e candidato à Câmara Municipal, Rui Novais da Silva, refere que “o José Pereira está com o foco centrado no apoio à população e na criação de atividades e políticas que reaproximem os cidadãos à autarquia. Por acreditar firmemente que é necessário fazer mais, mas sobretudo é preciso fazer política de forma diferente, com maior atenção aos problemas das pessoas que, José Pereira, é o candidato certo para Freitas e Vila Cova, e reuniu uma equipa jovem, com novas ideias, mas sobretudo com uma enorme vontade de quebrar a inércia instalada nas duas freguesias. 


 O candidato à Junta de Freguesia, refere que o ponto de honra desta candidatura é resolver os problemas das pessoas que “terão a primeira resposta neste processo de mudança para Freitas e Vila Cova”. José Pereira reuniu uma equipa competente, capaz em diversos setores, com vontade de trabalhar pela freguesia, e com vontade de estar em primeiro lugar ao serviço dos habitantes de Freitas e Vila Cova. 

Para José Pereira, acredita que é necessário ir mais além no apoio à população, “queremos aumentar a proximidade entre a Junta e os cidadãos”, através do desenvolvimento de atividades dirigidas aos seniores e a implementação de medidas que possam contribuir para a fixação de jovens na freguesia. “A interpelação aos jovens deverá ser feita em articulação com os movimentos associativos, que deverão merecer a colaboração total da Junta. É necessário criar momentos e espaços de lazer para que os jovens passem mais tempo na freguesia. Envolver toda a população no processo de mudança que Freitas e Vila Cova reclama é, por isso, a força motriz deste grande projeto para quatro anos.”

André Dias é o candidato à Junta de Freguesia de Armil pelo PSD.

 




A Comissão Política do PSD-Fafe validou o nome de André Dias para liderar a candidatura à Junta de Freguesia de Armil. O líder social-democrata e candidato à Câmara Municipal, Rui Novais da Silva, refere que “André Dias é um homem com provas dadas, aceitado o repto de ser candidato, pelo amor à sua terra e pela paixão de ajudar os outros. Estamos muito confiantes de que esta candidatura, pela natureza do seu protagonista e pela qualidade do projeto que irá colocar no terreno, tem tudo para conquistar a confiança da população de Armil".


"Aceitei este desafio de corpo e alma, com o compromisso de fazer mais e melhor pela terra onde nasci e que me viu crescer. Armil é uma freguesia muito especial e conto com todos aqueles que, tal como eu, acreditam que podemos transformar este lugar num sítio onde todos possam ter a devida qualidade de vida", sublinha André Dias, acrescentando, "Tenho plena noção da enorme missão que tenho pela frente, e a consciência que, caso os meus conterrâneos de Armil decidam que deve ser o seu presidente de junta, terei 4 anos de muito trabalho e de esforço para colocar esta freguesia em rota com o futuro".


O estado em que se encontra a freguesia e os serviços que não são prestados, fazem parte das medidas estruturais que o candidato apresenta como ponto de partida para realizar um “caminho” que devolva a Armil o que lhe tem vindo a ser retirado pelos anos de má governação.


André Dias refere ainda que pretende trazer uma “nova atitude” à freguesia. “Juntos reabilitaremos a nossa freguesia, estaremos atento às necessidades sociais dos cidadãos, designadamente os mais idosos, das nossas empresas, implementar estratégias para desenvolver o comércio, bem como, pautar pela defesa as nossas associações e, sobretudo, a nossa identidade”, afirmou.

Fernando Oliveira é o candidato à Junta de Freguesia de Agrela e Serafão pelo PSD.

 


A Comissão Política do PSD-Fafe validou o nome de Fernando Oliveira para liderar a candidatura à Junta de Freguesia de Serafão. O líder social-democrata e candidato à Câmara Municipal, Rui Novais da Silva, salienta que “a coragem do Fernando Oliveira em encabeçar este projecto, que pretende trazer mais organização, dinâmica e ambição para o funcionamento da união de freguesia de Agrela e Serafão, tendo como pressupostos uma gestão autárquica mais equilibrada, transparente e próxima das pessoas”. 


Em declarações, o candidato à junta, Fernando Oliveira

afirma que se apresenta como candidato a junta de freguesia “com um enorme orgulho, humildade e sentido de responsabilidade”. Diz que se candidata “por convicção e por dever” mas “não um dever ao qual me sinto obrigado, mas um dever de solidariedade para com todos, e acima de tudo, para lutar pelo crescimento e desenvolvimento da união de freguesias”.


“Acredito genuinamente que é possível valorizar mais a nossa freguesia, procurando a cada momento agarrar as oportunidades a medida que se as circunstâncias apresentam. Para tal, a expectativa da população tem de subir perante os seus autarcas. Há espaço, meios e forças vivas capazes de fazer mais, pelo que não podemos acomodar com tão pouco. A tradição que nos orgulha dever ser potencializada com a inovação.” afirma Fernando Oliveira

Escola Secundária de Fafe vence concurso de educação financeira



 A turma 11º L da Escola Secundária de Fafe foi a vencedora do Ensino Secundário no Concurso Final do projeto “No Poupar Está o Ganho”.

 

28 de junho de 2021 – Foi através de um vídeo de animação que a turma 11º L da Escola Secundária de Fafe explicou alguns conceitos fundamentais de educação financeira, como o rendimento, a despesa ou a poupança. O trabalho “Um pouco de Economia” valeu-lhes o 1º lugar do Ensino Secundário no Concurso Final da iniciativa “No Poupar Está o Ganho”.

 

Há 11 anos que o “No Poupar Está o Ganho” tem como objetivo promover a literacia financeira em temas como a poupança, a gestão e importância do dinheiro e o consumo responsável. O projeto, que já chegou a 40 mil crianças de 40 municípios, decorre ao longo de cada ano letivo e culmina num Concurso Final anual que este ano contou com a participação de turmas de vários municípios da região norte.

 

Todos os projetos. foram avaliados por um júri, que selecionou 14 turmas vencedoras por nível de ensino, premiando assim o trabalho de cerca de 300 alunos dos distritos de Braga (6 escolas), Porto (6), Viana do Castelo (1) e Vila Real (1).

 

“Tivemos a concurso 68 trabalhos muito diversificados e criativos que nos mostraram que, a par da educação financeira, que é obrigatória nos currículos escolares, este projeto desenvolve um grande sentido de comunidade entre alunos, professores e ainda autarquias e outros parceiros que se envolvem nesta missão de formar cidadãos ativos, informados e conscientes dos seus comportamentos financeiros. Estamos certos de que o impacto do projeto na formação destas crianças e jovens leva também a mudanças positivas junto das suas famílias”, adianta Maria Amélia Cupertino de Miranda, Presidente da Fundação Dr. António Cupertino de Miranda.

 

A partir de setembro, o “No Poupar Está o Ganho”, desenvolvido pela Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, abre novamente inscrições, disponíveis para todos os professores que queiram promover a literacia financeira dos seus estudantes. São fornecidos todos os recursos necessários para que o projeto seja implementado nas escolas, desde a formação dos docentes e planos de aula, aos exercícios, jogos e desafios para os alunos, que podem ainda fazer uma visita online ao Museu do Papel Moeda.

 

Os professores que pretendam manifestar interesse em inscrever as suas turmas no projeto “No Poupar Está o Ganho”, podem desde já preencher o seguinte formuláriohttps://forms.gle/7xCwSiX5cFKSrFwg6

Para ver ou rever a cerimónia de entrega de prémios 2020/2021, aceder a: https://youtu.be/n_JBi7odAv4

Para mais informações sobre o projeto: https://nopouparestaoganho.pt/

domingo, 27 de junho de 2021

“UM OUTRO OLHAR” – NUNO, UM FAFENSE QUE DECIDIU TRANSFORMAR CONHECIMENTO EM VALOR

 


Bom dia nuno, desde já, agradeço-te por teres disponibilidade PARA REALIZAR esta entrevista.

tenho vindo a acompanhar o teu percurso profissional, COM ORGULHO E AMIZADE QUE NOS UNE HÁ mais DE 25 ANOS. PARA TAL, ALÉM DO teu PERCURSO ascendente, O teu PERFIL DE EMPREendedor DE SUCESSO que criou uma start up, em 2005, EM braga, DEDICADA À CONSULTADORIA EMPRESARIAL E AO APOIO À GESTÃO, JUNTAMENTE COM três OUTROS EMPREENDEDORES ORIUNDOS, TAL COMO tu, da eSCOLA DE ECONOMIA E GESTÃO DA UNIVERSIDADE DO MINHO, SENSIBILIZARAM-ME a seres o próximo a convidar para a nossa entrevista.

Podes-me partilhar as tuas origens, o teu percurso escolar e formativo. Gostavas de estudar? o teu pai É um comerciante de sucesso num ramo diferente da tua empresa: foi ELE o teu modelo como empreendedor? Como surgiu a ideia inicial de ser empreendedor?

Agradeço o teu convite e aproveito desde já para enaltecer esta iniciativa a que te tens dedicado. 

Reconheço a importância de dar a conhecer projetos empreendedores, uma vez que o nosso sistema de ensino não está vocacionado para dar este tipo de resposta às novas gerações. Neste momento, estás a dar destaque a casos que consideras de sucesso. 

Porém, é igualmente importante analisar exemplos pior sucedidos, pois é nas dificuldades que aprendemos verdadeiramente e é onde acabamos por nos reinventar e ficar melhor preparados para encarar o futuro.

Eu vivi no centro da cidade de Fafe até entrar na Universidade. O meu percurso formativo começou no infantário da Santa Casa da Misericórdia. Apesar de me considerar um “bom aluno”, aprendi muito fora dos bancos da escola. Enquanto vivi em Fafe, destaco as funções de dirigente do GEN - Grupo Ecológico Natureza (projeto do professor Rui Adérito, uma das referências que tive), a criação do Movimento “Todos pelo Cine-Teatro” (que me permitiu privar com outro mestre, o professor Miguel Monteiro) e a participação na coletânea “Festa da Poesia” (um desafio da professora Rosinda Costa Leite que me estimulou a publicar títulos individuais). Paralelamente, estive dedicado desde muito cedo ao jornalismo, assumindo uma colaboração muito intensa com a rádio e com os jornais de Fafe à época.

O ambiente familiar foi certamente importante. A minha mãe era professora primária e incutiu-me a dedicação ao estudo e o cumprimento rigoroso dos afazeres escolares. O meu pai, acabou por me permitir um contacto com a iniciativa privada (Ourivesaria Costa Leite), com a vertente do negócio, a importância dos princípios e dos valores em tudo na nossa vida e mostrou-me os sacrifícios a que um empresário está sujeito. 
O meu empreendedorismo esteve sempre muito associado à capacidade de iniciativa e, ainda hoje, acredito muito nisso: empreender não é criar negócios, empreender é atitude, capacidade de iniciativa e vontade de mudança.
 

o grupo EDIT VALUE, que diriges atualmente com o cristiano, o MANUEL e o ANDRÉ, nasceu em 2005, no concelho de braga. hoje é uma organização reconhecida no mercado e vencedora de várias distinções.

conta-me mais sobre a trajetória fantástica da vossa empresa até à data de hoje, que tem crescido de forma sustentável, partilhando as suas atividades, os seus serviços e a sua dimensão em termos de mercado.

Quando fui estudar para Braga, tinha conseguido a transferência da licenciatura de Gestão na UTAD para a licenciatura em Administração Pública na Universidade do Minho, na qual tive oportunidade de conhecer os meus colegas de curso e futuros sócios. O Manuel, sendo também de Fafe, só o conheci na Universidade e chegámos inclusive a partilhar casa. O Cristiano vinha de Santo Tirso e apenas o André era mesmo de Braga.

No ensino superior, envolvi-me em várias atividades extracurriculares. Já era vice-presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) quando decidi candidatar-me a Presidente do Centro de Estudos de Administração Pública (CEAP) com a presença dos meus futuros sócios. A partir daí, estivemos os 4 envolvidos por alguns anos no associativismo estudantil (tanto na AAUM como no CEAP), e fizemos um trabalho notável que ainda hoje é lembrado no contexto universitário.

Esta experiência permitiu que nos conhecêssemos melhor num contexto de trabalho, mais profissional, onde éramos desafiados a gerir entidades, projetos/iniciativas e pessoas. Foi muito exigente, implicou uma entrega total, mas acabou por ser deveras enriquecedor e gratificante. Só experiências como estas nos poderiam permitir abrir um negócio sem termos experiência profissional. Por isso, acabámos o curso, dedicámos muitas horas a planear o nosso projeto e ao fim de um ano estávamos a abrir a primeira empresa. 
O nosso Plano de Negócios foi encarado com muita seriedade e empenho. Demorámos 6 meses a fazê-lo. A empresa foi constituída em 28 de outubro de 2005 e só em março de 2006 é que nos anunciámos ao mercado. Queríamos ter tudo preparado previamente para estarmos devidamente capacitados para começar a receber clientes.

A Edit Value é hoje uma referência no mercado. Presta serviços de Apoio à Gestão, atuando em três áreas fundamentais: Gestão Financeira; Gestão Estratégica; e, Gestão do Capital Humano. 

Especializou-se no segmento das start ups, micro e pequenas empresas, valorizando a informação crítica para o processo de tomada de decisão. Disponibiliza aos seus clientes tecnologia online que permite à gestão de topo acompanhar toda a evolução do negócio. Somos uma equipa composta por mais de 30 pessoas, em que todas elas possuem, no mínimo, uma licenciatura. Trabalhamos com centenas de clientes, maioritariamente privados e localizados na região Norte litoral, mas temos clientes em Lisboa e noutros pontos do país. Lidamos com empresários de várias nacionalidades. Neste momento, temos escritórios em Braga e também no Porto, onde abrimos escritórios em 2019.

A Universidade do Minho reconheceu desde o início o caráter inovador do nosso projeto empresarial e atribuiu-nos o estatuto de spin-off académico. Somos a primeira e única empresa até hoje com esse estatuto na Escola de Economia e Gestão (EEG), o que nos permite uma relação de proximidade com os nossos mentores científicos que são professores / investigadores da EEG e um acesso privilegiado aos recursos da própria universidade. Em 2020 comemorámos o nosso 15.º aniversário. Ao longo destes anos, recebemos várias vezes o estatuto de PME Líder e de PME Excelência atribuído pelo IAPMEI e, nos últimos 3 anos consecutivos, fomos considerados uma das 100 Melhores Empresas para Trabalhar em Portugal pela Revista Exame.

Neste momento, a Edit Value é uma holding, empresa-mãe que criámos em 2018 e que mantém os 4 sócios fundadores. Estava na hora de reestruturarmos o grupo e as suas áreas de negócio. Por isso, o grupo Edit Value é hoje composto por mais 5 empresas: Edit Value Braga (onde a Paula Ferreira passou a ser nossa sócia); Edit Value Porto (onde a Andreia Leite também entrou para a sociedade); Estratégica Edit Value; Capital Humano Edit Value (onde a Sandra Araújo é a sócia principal); e, PLACEME - Mediação Imobiliária (onde o Júlio Lima é o sócio responsável por esta área de negócio). A PLACEME é uma imobiliária localizada dentro do Campus de Gualtar da Universidade do Minho que assegura o alojamento universitário e que, cada vez mais, é uma opção para clientes investidores da Edit Value que procuram diversificar o risco dos seus investimentos.
 



Quais são as dificuldades que encontras na gestão do dia-a-dia da vossa empresa?

A nossa maior dificuldade é termos, há vários anos, uma elevada procura pelos nossos serviços. Nunca quisemos crescer desmesuradamente nem pretendemos expandir por via da criação de um franchising, apesar de termos todas as condições para o fazer. Optámos por um crescimento mais lento, mas orgânico, inspirado no modelo de rede afiliada.

Para além disso, a gestão de pessoas e a inovação são os nossos maiores desafios. Preocupamo-nos em assegurar as melhores condições para quem trabalha no grupo Edit Value, conscientes de que é um investimento necessário à retenção de talento. As pessoas são o ativo mais precioso que temos e, por isso, é fundamental garantir que a empresa corresponde e supera as suas expectativas.

Por outro lado, a inovação é a palavra-chave. Estamos sempre a questionar o que fazemos, a fazer vigilância tecnológica e de mercado e a melhorar os nossos processos e serviços. Somos adeptos da melhoria contínua e estamos sempre focados no valor acrescentado do serviço, na eficiência dos processos e na eliminação do desperdício (seja ele qual for).
 

Quais são as maiores satisfações e desilusões que tiveram, até agora, com a vossa empresa?

As maiores satisfações estão na equipa que temos, que se identifica com a nossa visão e valores e que “veste a camisola” todos os dias. Sabemos que os resultados alcançados derivam do trabalho coletivo que fazemos. A nossa notoriedade como marca é cada vez maior e os stakeholders com quem nos relacionamos também assumem um papel importante no reconhecimento que temos no território onde atuamos.

As desilusões também fazem parte da história das empresas. Como em tudo na vida, nada é perfeito e é necessária uma resiliência grande para superá-las. Felizmente, as desilusões não têm tido grande expressão no nosso percurso e, quando surgem, esforçamo-nos para aprender com elas e centramo-nos naquilo que podemos melhorar no futuro. Sabemos bem quem somos, o que fazemos e como o fazemos…
 

Quais são os próximos desafios para a vossa empresa?

Os próximos desafios já estão em curso e traduzem-se na continuidade do processo de expansão da Edit Value para outros pontos do país e numa competente gestão das pessoas.

Em relação à expansão, temos aprendido por experiência própria e a abertura da Edit Value no Porto é uma aposta ganha. Pretendemos alargar para outros pontos do país mas, apesar de já o podermos fazer hoje, decidimos adiar para 2022 a abertura de uma nova unidade (o trabalho que a pandemia nos exigiu desgastou-nos imenso).

Quanto à gestão de pessoas, lançámos agora um novo modelo de “onboarding” para melhorar ainda mais o processo de integração de novos elementos na equipa. Reavaliámos o processo de flexibilidade trabalho-família que já temos a vigorar há vários anos e, entre outras melhorias, implementámos o programa “Home Office” em que nos disponibilizamos a instalar um escritório na casa dos nossos colaboradores, proporcionando-lhes a opção de trabalhar a partir de casa nalguns dias da semana. 

Envolvemos alguns elementos na estrutura societária das empresas a que estão mais intimamente ligados, como mais uma forma de premiar o mérito e reter o talento. Estamos a iniciar os trabalhos em matéria de sucessão empresarial, por forma a irmos alicerçando um plano que salvaguarde este nosso projeto, mesmo perante uma presença menos ativa dos sócios fundadores.
 



Quais são as características pessoais mais importantes para a vossa empresa? Isto é, que importância dão às relações externas na vossa empresa? E para vocês como empresários, quais são os contactos mais importantes? Fornecedores, clientes, pessoas influentes?

No que toca à equipa da Edit Value, e até às novas contratações, aquilo que mais valorizamos são as soft skills, ou seja, as competências comportamentais. Para nós, o mais importante é a compatibilidade dos valores pessoais com os valores da empresa, pois é isso que nos dá identidade enquanto grupo e alimenta a cultura organizacional que nos caracteriza. Em termos técnicos, basta que o colaborador tenha um curso superior, pois a parte técnica nós conseguimos ensinar no contexto de trabalho. O contrário é que é bem mais difícil de se conseguir!

Quanto às relações externas, é facto que temos uma rede muito alargada de contactos com incubadoras, centros tecnológicos, universidades, etc. e que isso é uma grande mais-valia. Todavia, foi algo que surgiu naturalmente. O mesmo aconteceu com os clientes pois felizmente nunca tivemos necessidade de fazer trabalho comercial e procurar novos clientes. Se fizermos bem o nosso trabalho, as pessoas acabam por vir ter connosco e assim se constrói uma carteira de clientes consolidada ou uma boa rede de contactos.
 

Como te vês como pessoa? Como lidas com o fracasso e o sucesso?

Tendo a ser um otimista e, às vezes, faço-o de forma desmesurada. Acredito sempre que é possível, e isso nem sempre depende só de nós próprios. Quando as coisas não acontecem como desejado fico introspetivo por uns tempos a praticar a aceitação até que algo novo me desperte para outras direções.
 

Consegues conciliar no teu dia-a-dia, a vida profissional e pessoal?

Não é fácil mas é algo que se pratica e que se pode sempre melhorar. Procuro sempre esse equilíbrio… porque não é bom sinal quando a balança desequilibra para um dos lados. O facto de ser uma preocupação da empresa e de existirem mecanismos instituídos para facilitar essa gestão, é algo muito positivo. Sei que com o nascimento do meu primeiro filho neste Verão, as exigências serão outras, mas acredito que tudo se há-de ajustar e resolver.

 
tens um conselho a dar a um jovem empreendedor perante o estado atual da Economia?

O mais importante é termos a consciência de que empreendedorismo é a nossa forma de estar e de ser. Podemos ser empreendedores por conta própria mas também podemos ser excelentes empreendedores por conta de outrem. O perigo está em olharmos para a criação de um negócio como forma de resolver um problema de emprego. O estado atual da economia não me diz muito. A Edit Value nasceu numa altura de crise, tem atravessado várias crises ao longo dos anos e não é isso que tem interferido no nosso caminho. 

 
A crise atual associada à Pandemia COVID-19, afetou a vossa empresa na vossa forma de trabalhar? na competitividade da empresa, nas relações com os clientes? De forma negativa ou positiva?

A pandemia afetou e muito o nosso trabalho. Antecipámo-nos sempre na resposta a dar e nas mudanças a operar. Não ficámos à espera das indicações estatais para o fazermos e avançámos de pronto com um Plano de Contingência que foi revisto várias vezes de acordo com o curso dos acontecimentos.

Tivemos de recorrer ao teletrabalho e passámos a utilizar a videoconferência como nunca o tínhamos feito. Até a documentação que nos é entregue pelos clientes tinha de ficar em quarentena e seguia um protocolo específico. O volume de alterações legislativas e de apoios e incentivos, para as empresas responderem às dificuldades, foi de tal forma que nos obrigou a um trabalho hercúleo. Estivemos sempre a apoiar os nossos clientes, a anteciparmo-nos às situações e a esclarecer as “zonas cinzentas da lei” pois as medidas saíam e ninguém sabia muito bem como iam ser operacionalizadas.

Como em tudo, tivemos clientes cujo negócio beneficiou muito com a pandemia e outros em que aconteceu precisamente o contrário. Às vezes, sentíamos que éramos um hospital, só que em vez de tratarmos pessoas, ajudávamos a tratar das empresas e dos negócios.
 


Finalmente, tenho as seguintes perguntas e peço-te uma palavra ou frase de resposta para cada uma delas:

 
Hobbies?

Colecionar moedas e relógios de bolso/pulso antigos. Ler. Praticar desporto. Ouvir música. Viajar.
 

Local de Férias preferido?

Gosto muito de viajar e não tenho tendência a repetir destinos. Quando o faço, até é mais em Portugal e aí o Alentejo e o Douro são os meus destinos preferidos.

 
Adoras?

Natureza.
 

Detestas?

Mau ambiente, energias negativas.
 

DescrevE o teu dia perfeito quando não estás a trabalhar

Natureza, família e amigos.
 

Qual é A tua música preferida?

Gosto de vários estilos, desde que tenham qualidade. Mas a minha música preferida é aquela a que chamo de música da “velha guarda”.

 
qual foi o filme que te marcou?

São muitos os que tenho na “prateleira de cima”. Filmes como “Dead Poets Society” ou “ Cinema Paradiso” são presenças obrigatórias.
 

Prato preferido?

Qualquer prato da cozinha tradicional portuguesa, mas uma petinguinha com arroz de feijão é qualquer coisa…
 

sobremesa preferida?

Não sou apaixonado por doces. Prefiro muito mais os salgados.
 

PODES-ME PARTILHAR 3 coisas que estão na tua lista de desejos?

Reduzir drasticamente a minha atividade profissional aos 50 anos. Dedicar-me à minha família, podendo passar cada vez mais tempo com o meu núcleo familiar. Voltar à escrita. Viajar ainda mais… Ter mais tempo para desfrutar da Natureza.
 

Desporto preferido?

Futebol.
 

Qual é o teu clube?

Como sabes, não temos os mesmos gostos. Curiosamente, este foi o primeiro ano em que me esqueci que tinha um clube… Até deixei de ver os jogos de futebol.
 

Se tivesses a oportunidade de mudar algo no teu percurso profissional, seria o quê?

Olhando hoje para trás, percebo que tudo fez parte do trajeto e que tudo foi necessário para ser quem sou hoje, para ter chegado até aqui.
 

O que representa Fafe para ti?

Fafe representa sempre muito porque faz parte das minhas origens, apesar de ter entrado na universidade aos 17 anos e de viver há mais tempo em Braga do que em Fafe.
 

Se amanhã, fosses eleito COMO político local em fafe, que medidas no setor económico ou noutro implementarias?

Prefiro não lançar medidas avulsas (até porque a primeira coisa a fazer-se seria a elaboração de um bom Plano Estratégico para o concelho), mas reconheço que há muito a fazer em Fafe. Sinto que Fafe é uma cidade estagnada há muitos anos que deveria ter outras aspirações e proporcionar um ambiente mais favorável ao desenvolvimento e, também, à retenção dos jovens.

Atrevo-me a dizer que o último investimento verdadeiramente estrutural foi a aquisição, restauro e revitalização cultural do Teatro Cinema de Fafe… a cuja reabertura assistimos em 2009.
 

Qual é a tua regra de Ouro?

“Sê tu próprio” [Nietzsche]


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