quarta-feira, 30 de setembro de 2020

A Associação Montelongo Serras de Fafe vai pegar no turismo... Mas que boa notícia!

Uma boa notícia para o Turismo em Fafe. Se até aqui havíamos abordado a necessidade de uma verdadeira aposta no turismo em Fafe, sobretudo no agarrar do que é genuíno, agora pensamos que estão criadas as condições para uma intervenção profunda.

Não conheço as linhas orientadoras. Não conheço o plano ou estratégia que esta associação tem para dinamizar o turismo, mas agarrar no assunto que a todos os envolvidos diz respeito e lançar o desafio à sociedade, só pode ser meritório de aplauso, pois pode ser o princípio da verdadeira transformação.

Fafe não precisa que inventem nada. Fafe precisa apenas de alguém que consiga fazer valer o que a natureza já oferece, juntar com umas hospedagens de glamour e servir uns pratos de sabores tradicionais. Os locais de lazer e diversão serão aliados de excelência e já existem. Depois o comércio tradicional vai acolher bem e os doces tradicionais vão ser disponibilizados pelas pastelarias ou em local próprio. As recordações com o símbolo da Justiça de Fafe, os chapéus de palha, a camisola e o cachecol do Fafe, e as t-shirts com a Casa do Penedo...

Fafe tem potencial, só precisa de gente que aposte e uma boa aposta na comunicação.

terça-feira, 29 de setembro de 2020

JUSTOS, ACELERADOS E AMANTES DE TANTA COISA

Por estes dias ouvi chamar a Fafe muita coisa: a terra justa, amante do desporto de duas rodas, capital do rally… estamos cheios de epítetos que nos elevam e valorizam tudo o que já sabemos...somos abnegados, apaixonados, solidários, acelerados e festeiros.

Mas sabem o que verdadeiramente dá vida a um território? São as pessoas! Eu, tu, nós, vós, os habitantes desta terra que tanto amamos e que, aos poucos, se esvazia de gente. Estamos a perder população a um ritmo que começa a ser preocupante. Em 2011 eramos 50.633, em 2018 já estávamos nos 48.271. Numa semana em que vemos os jovens de Fafe a entrar na faculdade esta questão volta a inquietar: será que voltam? Como se ajudam os jovens a ficar por cá? O que os cativa? Como está o mercado de habitação, emprego, onde estão as incubadoras de empresas, o incentivo à natalidade? 

Sejamos a terra justa das boas causas, mas que faz justiça aos seus jovens; a capital dos eventos de motor, que acelera o empreendedorismo; a sala de visitas para os que vêm de fora, mas o lar de sempre para quem ainda cá mora. Acima de tudo, sejamos um povo que continua a amar à distância se assim tiver se ser, que tenha a paixão pelo regresso se assim o conseguir, mas que permita aos que ficam, a coragem de exigir mais, sugerir mais e discutir mais sobre este território de 4 letras apenas, onde a assinatura pode ser simplesmente, a terra onde nasci e escolhi viver. 

Clara Paredes Castro 


    Imagem ilustrativa retirada do site www.a12.com


segunda-feira, 28 de setembro de 2020

CAPELA DE SÃO JOÃO DE LATRÃO EM ABOIM Uma Ruína monumental


 

Localizada no sítio da Ramalheira, em local ermo e recôndito, por onde passava o velho caminho que ligava Santa Maria de Aboim ao lugar de Lagoa, a capela de São João de Latrão surge, ao caminhante, de forma admirável. Ninguém que por ali passa fica indiferente à ruína daquela antiga orada que resistiu à passagem do tempo e aos caprichos do homem, pela robustez da sua estrutura em silhares graníticos, bem esquadrados e travados.

A partir de uma planta simples, denunciadora de um arcaísmo enquadrável no românico tardio dos séculos XIV ou XV, o pequeno templo apresenta um nártex (pórtico do átrio) com bancos de pedra laterais, que antecipa a entrada para uma nave rectangular por um amplo portal de volta perfeita e uma modesta abside (altar-mor) quadrangular, ligeiramente descentrada da cabeceira da nave, demarcada por um arco cruzeiro de volta completa. Na parede norte, um pequeno nicho que já não conserva a imagem do padroeiro e, na parede oposta, uma pequena fresta, fonte única de luz natural, garante do recolhimento religioso de outros tempos.  

Junto à entrada, do lado direito, uma tosca pia batismal separada da sua base.

Nas paredes interiores ainda são visíveis restos de um alvo reboco, frenesi de “modernidade”.




 NOTA HISTÓRICA

Sobre a capela de São João de Latrão ou da Ramalheira, encontrámos, até ao momento, uma referência em 1692, pela pena do Padre Torquato Peixoto d’Azevedo, na sua obra, “Memórias Ressuscitadas da Antiga Guimarães:

 «Sahindo da Lagoa para nascente meia legoa, em uma brenha está a Ermida de S. João de Latrão, que tem um Ermitão, e ali nasce o cauteloso rio de Barca Cova, que pouco distante se passa em ponte».

Prova irrefutável da existência da capela (ermida) no século XVII.

Trinta e quatro anos depois, em 1726, Francisco Craesbbeck afirma que a capela já se encontrava “destruída” e as casas de um antigo lugar, que ainda não identificamos, demolidas.

O mesmo autor aponta o nome de um importante fidalgo da antiga linhagem dos senhores do Morgado da Taipa, em Cabeceiras de Basto, que terá vivido naquele local. Uma questão para a qual ainda não temos resposta.  

 «A sobredita capella de São João de Latrão, se acha hoje destruída e as casas demolidas, depois do falecimento de Manoel Luis de Saldeanha, Senhor do Morgado da Taipa, que ahiviveo alguns anos, retirado, sendo aquellecitio (ainda que retirado) aplasivel à vista e vida contemplativa, o que ainda mostrão os vestígios das murtas do jardim, que então havia e as muitas agoas daquele citio.»


Em 23 de Maio de 1758, o vigário de Aboim, Joseph de Meireles Pacheco, respondendo a um inquérito à sua paróquia, fez menção à Capela de São João:

«Tem esta freguesia a capella de Sam Joam chamada da Ramalheira por estar situada entre arvoredos. É soliária, accomodada e remitiva. Hé tradiçam vulgar fora fundada por hum fidalgo dos da Taipa de Basto que hoje hé Dom Gastam Coutinho que [ ] aquelle sitio fora penitenciado por sua santidade por alguns delitos. E que das suas rendas tinha fábrica, que se perdeo desde tempos que nam lembra. E no dia do Santo, vinte e quatro de Junho, concorrem à ditta cappella de romagem, muitas pessoas das freguesias circunvezinhas, e quatro clamores com o desta freguesia […]

O depoimento do pároco da freguesia de Aboim, conhecedor do território, levanta algumas dúvidas. Ficamos sem ter a certeza se, no início da segunda metade do século XVIII, o templo em foco estaria funcional para o culto religioso.

Não teria sido acatada a “penitência papal” por eventuais delitos, e a capela foi entretanto reconstruída, já que o clérigo inquirido afirma a manutenção da romagem de São João em 24 de Junho?

As informações conhecidas de setecentos são parcialmente contraditórias e ficamos sem conhecer o real estado de conservação da orada da Ramalheira, que, parece-nos, teria fundação particular, provavelmente por algum nobre, eventualmente ligado ao Morgado da Taipa…

Chegados ao último quartel do século XIX, encontramos o templo de São João em mau estado de conservação, mas ainda com o seu “altar”. A informação chega-nos do ano de 1887 pela mão do pároco da freguesia de Aboim, Augusto César de Carvalho, que também exercia a função de presidente da junta da paróquia local.

Em livro de actas da junta da paróquia de Aboim, em 20 de Fevereiro de 1887 o presbítero escreveu:

“…reparar as tapaduras das portas da capela de São João da Ramalheira para assim obstar a que as fazendas ali pastassem.”

“…há um altar na capela de São João Batista no lugar da Ramalheira, em estado sofrível, um cabido e um cruzeiro em frente, com um bocado de mato ou bravios que produzem casca e lenha”.»

 

Sem outras informações, alcançamos o tempo da implantação da Republica, que, bem cedo, aprovou a Lei da Separação da Igreja do Estado em 20 de Abril de 1911.

Na época o governo mandou fazer o arrolamento de todos os bens da Igreja e a paróquia de Aboim não foi excepção.

No livro de arrolamento da referida freguesia, datado de 24 de Julho de 1911 transcrevemos a informação seguinte, referente à capela de São João de Latrão:  

 «Uma capella sita no lugar da Ramalheira contendo um altar com meia banqueta e uma imagem de Sam João Baptista. (a)

Tres bocados de terrenos de matto de lenhas e um cruzeiro de pedra.

E não havendo mais nada que inventariar se lavrou […] este arrolamento que fica manifesto em duas folhas ficando a primeira rubricada pelos membros da Comissão e esta devidamente assignada, depois de lido por mim Miguel Alves Passos, secretário, que o escrevi. (b)

(seguem-se as assinaturas)

Gervasio Domingues d’Andrade

José Francisco Cerdeira

Miguel Alves Passos

 

Notas:

(a)    Foram furtados os castiçais e imagens – Veja ofício nº 92, de 29-7-1927, da Comissão Concelhia – Na gerência de 1926-1927 foram vendidos em hasta pública alguns materiais deslocados da capela.

(b)     Entregues ao benefício por auto de 23/8/44, processo nº 18:144/87»





Se existem dúvidas relativas à conservação e utilização para o culto religioso deste templo a partir de finais do século XVII, ficamos a conhecer o momento que, em definitivo, sentenciou a capela de São João: o inicio da segunda década do século passado, precisamente com o “golpe” provocado pela controversa Lei da Separação da Igreja do Estado, que privou a Igreja secular dos seus bens materiais.

A velha capela de São João de Latrão ficou entregue à sua sorte, votada ao abandono, sem antes passar pela “humilhação” de ver a sua porta vendida em hasta pública!

 «No dia 8 de Junho, pelas 13 horas, na administração do concelho e por ordem superior, há-de proceder-se á arrematação em hasta publica, do seguinte:

(…) uma porta de castanho, a madeira e outros materiaes deslocados da capela de S. João da Ramalheira, da freguesia de Aboim, sendo a base de licitação 100$00 (…) »


 

Recorte do jornal "O Desforço", 2 de Junho 1927


A FECHAR

A capela de São João de Latrão corresponde ao mais antigo testemunho, com feição original, da arquitectura religiosa do concelho de Fafe, ostenta características construtivas que sugerem uma antiguidade atribuível ao final da Idade Média, compatível com a arquitectura românica do norte de Portugal.

Estamos perante uma ermida rural, provavelmente fundada por algum nobre, associada a um pequeno aglomerado populacional, cujos vestígios materiais foram apagados pela voracidade do tempo.

Tradicionalmente, este templo é apontado, por alguns, como antiga igreja paroquial de Aboim. Parece-nos, no actual estado do nosso conhecimento, que esta ideia não se confirmará. Contudo, é aconselhável não excluir, à partida, uma tradição com profunda raiz popular

As escassas informações que, até ao momento, conseguimos recolher não nos permitem ir mais além no estudo desta pérola do património religioso fafense.

Há muitas décadas votada ao abandono, a capela da Ramalheira foi redescoberta em 2006, por iniciativa da Junta de Freguesia de Aboim, que, em parceria com o Grupo “Restauradores da Granja”, promoveu um percurso pedestre, recuperando o antigo caminho, libertando o templo da nefasta cobertura vegetal.

O sítio da Ramalheira, com a sua capela e cruzeiro (apenas conserva a sua base) fronteiro foi, outrora, palco de romarias em honra de São João Batista.

Abandonada, espoliada e esquecida, a pequena ermida não perdeu a sua feição original e mostra-se como uma ruína monumental que, na nossa opinião, deve ser consolidada e preservada tal como chegou aos nossos dias.

Restaurá-la seria aniquilar o seu encanto e furtar-lhe a sua genuinidade!

Jesus Martinho










 

 

 

 

 

 

 

 

domingo, 27 de setembro de 2020

“UM OUTRO OLHAR” – MANUEL MARINHO, UM EMPRESÁRIO INOVADOR E DESPORTISTA



BOM DIA MANUEL, AGRADEÇO – TE POR TERES DISPONIBILIDADE EM PARTICIPAR NESTA ENTREVISTA. EU JÁ TE CONHEÇO A MAIS DE 20 ANOS, E TENHO VINDO A ACOMPANHAR O TEU PERCURSO PROFISSIONAL, COM ORGULHO E AMIZADE, NO ENTANTO, A MINHA PRIMEIRA PERGUNTA É DA PRAXE E É MAIS PESSOAL, E GOSTAVA QUE ME PARTILHASSES AS TUAS ORIGENS, O TEU PERCURSO ESCOLAR E FORMATIVO. ERAS BOM ALUNO? GOSTAVAS DE ESTUDAR? TENS ALGUÉM NA TUA FAMÍLIA OU AMIGOS COMO MODELO EMPREENDEDOR?

Bom dia Filipe, começo por te agradecer o convite. Nasci em França e 6 anos depois os meus pais emigrados em França regressam a Portugal e lá vim com eles. A minha infância prossegue em Quinchães, onde frequentei a escolaridade e depois prossegui os estudos em Fafe.

Como na altura era “vadio” ou seja, gostava pouco de escola, recebi um ultimato do meu pai, a informar que os “créditos” estavam acabar, então aos 14 anos decido abandonar a escola e ingressar no mercado do trabalho iniciei o meu percurso profissional. A partir daí, foi sempre a trabalhar em diversos sectores, até que em 1991 com 19 anos, criei a minha primeira empresa no ramo do mobiliário de escritório chamada MMP – Equipamentos de Escritório, contudo faço uma pausa à minha veia empreendedora, após ser convidado para Gestor de Clientes na Minolta Portugal, na Filial de Braga, e em 1993 criei a Cadeinor e cá continuamos hoje.

Entretanto durante o meu percurso profissional frequentei várias formações na área de gestão empresarial, recursos humanos, gestão financeira entre outros, e em 2017 frequentei um MBA de gestão na Universidade Fernando Pessoa, no Porto.

Uma parte do meu empreendedorismo herdei do meu Pai, porque foi um exemplo de determinação, resiliência e superação, sem dúvida estou-lhe muito grato pelos ensinamentos que me passou, acima de tudo pelos valores morais, algo que infelizmente muita gente tem perdido.


Como surgiu a ideia de ser empreendedor?

Recordo-me de ler um texto na escola primária, julgo que na 3ª classe, que retratava a história de 3 amigos que construíram uma fábrica, e recorda-me na altura pensar para mim: um dia também vou ter uma fábrica, só não sabia de quê. Portanto aí foi a primeira “vacina” empreendera que apanhei. Claro que com o passar dos anos essa vontade for crescendo, e o facto de pensar sempre fora da caixa, de não me dar bem com a zona de conforto e ambicionar liderar algo, foram os ingredientes para me tornar um empreendedor.


A empresa que diriges atualmente com um dos teus irmãos, foi criada em 1996, conta-nos mais sobre a trajetória da vossa empresa até à data de hoje, partilhando-nos as suas atividades, os seus produtos e serviços e sua dimensão em termos de mercado e humano.

Exato, foi criada em 1996. A ideia surge a partir de uma visita a uma feira do sector em Madrid, e durante a mesma, encontro um possível parceiro que demonstrou interesse em criar uma filial em Portugal e pensei: Cá esta a oportunidade de criar a fabrica. Na altura avanço com os meus familiares e sem a participação da empresa espanhola, portanto arrancamos sós. Iniciamos num espaço de 50 m2, na garagem de uma casa que os meus pais possuíam onde funcionava a produção e os quartos eram o escritório e showroom. Em 1998 construímos nova fábrica na zona industrial e cá continuamos.

A partir dai fomos evoluindo e construindo o nosso trajeto. Iniciamos pelo Norte e fomos abrindo distribuidores ao longo do país. Em 2016 iniciamos a nossa internacionalização na nossa vizinha Espanha. No entanto queria mais, percebi que para estarmos lá fora, não nos basta fazer bem, era fundamental perceber como as empresas se organizavam nos seus espaços de trabalho e quais as tendências. Percebemos então que os espaços de trabalho pediam ambientes corporativos e que o escritório deixou de ser meramente uma secretária e uma cadeira, e é nessa altura criamos o nosso departamento de design a “Inovations  develpment Centre”; conscientes do risco em inovar comportava, mas com a determinação de criarmos produtos adequados às novas tendências. A partir dai fomos crescendo pela Europa, e neste momento estamos em pais como a Irlanda, França, Alemanha, Espanha, Marrocos, Espanha e nos Países Lusófonos.

Estamos certificados segundo a NP EN ISO9001-2015 (Gestão da Qualidade) desde 2006 e a NP EN 14001-2015 (Gestão Ambiental) desde de 2016. Também somos PME líder desde 2008 até a data PME Excelência há 3 anos consecutivos.


Quais são as dificuldades que encontras na gestão do dia a dia do vosso negócio?

No dia a dia, as dificuldades são mais do foro estatal. Sem dúvida que o nosso país está a léguas de distância no que concerne a esta questão, comparando com outros países da Europa. Excesso de legislação e a todo o momento são alteradas. Não há uma visão estratégica clara do se pretende a vamos remendando e ajustado as coisas, sempre que há uma alteração de governo. 


Quais são as maiores satisfações e desilusões que tivestes, até agora, com vossa empresa?

A desilusão e os fracassos, olho-os sempre pelo lado positivo, uma vez que nos ajuda a melhorar e a enriquecer o nosso know-how. Satisfações, sem dúvida as conquistas no mercado externo. Sabes Filipe, estamos numa área de negócio que não temos qualquer cultura no nosso pais, pelo que, cada conquista no mercado externo é uma batalha. É por isso, que cada pequena conquista é vivida com uma enorme satisfação, funcionando também como combustível para continuarmos o trajeto delineado. 


Na véspera dos 25 anos da empresa, quais são os próximos desafios que prevês para a vossa empresa?

Transformar os espaços é também transformar a dinâmica das relações dentro do ambiente de trabalho, a globalização alterou o mundo corporativo, nesse sentido é necessário projetar de acordo com as exigências de um contexto empresarial cada vez mais fluido. Para tal, a Cadeinor investe numa constante inovação para poder acompanhar as tendências de uma forma sensata. Apostamos em relações baseadas numa ética informal, antecipando sempre as necessidades dos clientes. Mantemo-nos construtivamente insatisfeitos, adotando uma estrutura horizontal como principal fonte de energia, o que nos garante uma constante inovação. Ambicionamos romper com a rotina diária do ser humano.

Manter a esta trajetória, ou seja, continuar a nossa afirmação de referência no sector e entrar em novos mercados. Neste momento a exportação representa 27% da faturação, sendo o objetivo a 3 anos crescer até aos 50%. Já são mais de duas décadas e existência, mas queremos continuar a crescer de forma sustentada, investindo numa inovação constante, para que possamos acompanhar as tendências no sector. Continuar a apostar em relações baseadas numa ética informal, antecipando sempre as necessidades dos clientes O foco constante na materialização de produtos atuais, juntamente com a aposta no desenvolvimento próprio, manter-se-ão os elementos-chave na definição da nossa identidade e crescimento.



Quais são as características pessoais mais importantes para a CADEINOR? Isto é, que importância dás às relações internas e externa na empresa?  E para ti como empresário, quais são os contactos mais importantes? Fornecedores, clientes, pessoas de influência?

O sucesso está na interpretação correta da palavra pareceria, e neste sentido todos os agentes desde clientes, fornecedores e os recursos humanos são importantes para a organização.

Como te vês como pessoa? Como lidas com o fracasso e o sucesso?

Sou uma pessoa determinada e que não relaxa. Tenho que ter sempre algo para me motivar. Com o sucesso naturalmente que me faz bem, muitas das vezes serve como alimento para continuar. Com o fracasso, como disse anteriormente, olho sempre para o lado positivo, encaro como aprendizagem.

Consegues conciliar, no teu dia a dia, a vida profissional e pessoal?

Tem dias.

No teu percurso de empresário, queres partilhar um momento único positivo ou negativo ou até anedótico que te marcou? 

Talvez aquela viagem a Madrid, que me fez avançar para aquilo que sou hoje enquanto empreendedor.

Se tivesses um conselho a dar a um jovem empreendedor perante o estado atual da Economia, qual seria?

Se acreditam, força. Determinação e resiliências, dos fatores chave para o sucesso. No entanto, como disse um amigo, é preciso saber e sobretudo ter a humildade de aprender.

A crise atual associada à Pandemia COVID-19, afetou-vos na vossa forma de trabalhar? na competitividade da empresa, nas relações com os clientes? De forma negativa ou positiva?

Como é obvio afetou tal como a muitos outros. Como trabalhamos na área de office ainda mais devido a esta nova realidade do teletrabalho, acaba por afetar-nos, no entanto, infelizmente há outros sectores que prejudicou muito mais. Resumindo, não nos podemos queixar.




Vamos passar para uma parte mais pessoal da entrevista, tenho as seguintes perguntas e peço-te uma palavra ou frase de resposta para cada uma delas:

Hobbies?

Rallyes e Futebol

Local de Férias preferido?

O meu País

Adoras?

Viver

Detestas?

Hipocrisia

Prato preferido?

Sou um bom garfo.

Restaurante preferido?

Nenhum em concreto.

Desporto preferido?

Todo que envolva motores e futebol

Qual é o teu clube?

FC. Porto

Se não fosses empresário, eras?

Pois não sei, mas talvez ligado a algo na formação de crianças.

Se tivesses a oportunidade de mudar algo no teu percurso profissional, seria o quê?

 Não mudava nada.

O que representa Fafe para ti?

A cidade onde cresci, onde invisto e claro onde gosto de viver. e claro um orgulho enorme. Participo em muitas ações muito em prol desta terra, ajudo muitas instituições porque quero uma cidade com dinâmica e forte.

Se amanhã, fosses um eleito político local, que medidas no setor económico ou outro, implementavas?

Talvez uma maior atenção para os agentes económicos do concelho, e sobretudo um olhar diferente para os jovens empreendedores e perceber as dificuldades destes. Sem dúvida que a burocracia deste país é por vezes redutora. Criaria também uma incubadora de empresas.

Qual é a tua regra de Ouro?

Honestidade

Há algo mais que gostarias de dizer, que não foi abordado?

Nada mais acrescentar, somente renovar-te o agradecimento do convite e terminar com duas citações que me motivam:

“Tudo parece impossível até que seja feito”

Nelson Mandela

“O destino é o destino. O resto é comigo”

Miguel Torga

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

 

Freguesia de Ribeiros | Fafe

Recuperação de um Espaço de Memória: Engenho de Recovelas.


A Junta de Freguesia de Ribeiros, presidida por José Novais, encetou uma recuperação de um edifício, o “Engenho de Recovelas”, de modo a reabilitar um espaço de memória.



"As decisões do passado são os arquitetos do presente." Dan Brown




Como referiu o presidente, o edifício servirá para “recordar os lagareiros, os boémios que lá conviviam, no período noturno, e as crianças da escola que, na hora do recreio, se aqueciam no lagar, junto à fornalha, no inverno. Foram muitas gerações que por lá passaram...



O executivo merece rasgados elogios por perceber a importância do património arquitetónico, de modo a enriquecer a história da freguesia, pelas suas edificações, e recuperando o sentido de lugar.


As obras de reabilitação ou recuperação nem sempre são fáceis de executar e acarretam custos avultados, mas aos poucos o edifício vai ganhando forma e, com elementos que foram encontrados e repostos, o vernacular vai ganhando forma! 

Ribeiros está a recuperar a sua história

Gil Soares


quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Garagem de Luxo


 

Inaugurado em 1997 numa parceria entre o Município de Fafe e o Clube Português de Automóveis Antigos (CPAA), o Museu Regional do Automóvel é mais um daqueles exemplos do que NÃO se deve fazer.

Aquilo mais não é do que uma garagem de luxo que todos nós pagamos aos proprietários dos veículos lá expostos. Se o protocolo não tiver sido revisto, além de pagarmos a "garagem", ainda somos os responsáveis pelo pagamento ao mecânico que, periodicamente, vem inspecionar os automóveis. Para além disso também nos cabe a despesa de deslocar os exemplares expostos onde os proprietários indicarem sempre que os queiram utilizar (deve haver algumas condicionantes nestes "movimentos" , como é óbvio).

O Museu só pode ser visitado com marcação prévia (regras que não estão relacionadas com a actual  pandemia, uma vez que já assim é há muitos anos) e o número de visitas é ridículo. Nesse aspecto, não há qualquer retorno económico. Também não há grande reconhecimento até porque mesmo no site oficial do CPAA, não se consegue encontrar nenhum espaço dedicado ao nosso museu e a única referência é ao concurso internacional de ideias para o futuro... Museu do Automóvel e do Rally de Portugal!!!! 

Não tenho notícias recentes deste projecto que o Município pretende desenvolver no antigo Mercado Municipal mas admito que as coisas estejam a rolar dentro dos gabinetes. Na minha opinião, esta já é uma ideia que faz sentido e espero que se encontre quem leve esta tarefa a bom porto. 

Mas é preciso bem mais do que isso. 

É preciso tornar Fafe numa terra que respira Rally. 

É preciso que o enorme investimento que a Câmara tem feito nesta modalidade comece a trazer frutos para o concelho. 

É preciso que os fafenses sejam correspondidos no amor que têm pelos rallies.

Ricardo Gonçalves



VERA OLIVEIRA, A ADMINISTRATIVA DA CONCERTINA … QUE GOSTA DE JOGAR FUTSAL !!!


Vera Oliveira, faz parte da Orquestra Aronis Show, do grupo Os Tinas, onde acumula as funções de management, é professora de concertina  na Musicbox em Arões e administrativa de uma empresa do ramo da construção civil. “Aos 11 anos apareceu o gosto pela Concertina, e por iniciativa do meu pai, fui para uma escola onde aprendi este instrumento até aos 15 anos. Após essa idade comecei a ensinar outras pessoas até ao dia de hoje. Já ensinei bastantes alunos de varias idades e também de várias localidades.” 
A Vera, tem um canal no YOUTUBE (Vera Oliveira Concertina), onde regularmente coloca vídeos a interpretar vários géneros musicais na Concertina e a ensinar várias músicas para quem quiser aprender a tocar concertina, canal esse que já recolhe bastantes comentários muito positivos a nível nacional e internacional. Tem 29 anos, gosta de jogar futsal e vive em Arões S. Romão - Fafe.


VERA EM PRIMEIRO LUGAR, QUERO AGRADECER A TUA DISPONIBILIDADE E AMABILIDADE ACEDENDO PARTICIPAR NESTA ENTREVISTA. ÉS DE ARÕES, PORTANTO UMA FAFENSE , ARTISTA, ADMINISTRATIVA, MANAGER, JOGADORA FUTSAL. ESTAMOS CORRECTOS?
Sim, é isso mesmo.

QUAIS AS TUAS PRINCIPAIS REFERÊNCIAS MUSICAIS? QUAIS OS MÚSICOS QUE MAIS TE INFLUENCIARAM?

No que diz respeito á concertina, tive como base influenciadora o Professor de Concertina Manuel da Soalheira, que foi um grande tocador e professor nesta área, e também aprecio bastante as músicas populares mais antigas da Amália, Maria do Sameiro, entre outros ... Gosto também de passodobles, valsas, musicas brasileiras, entre outras ... Extra concertina, gosto de ouvir e apreciar um pouco de vários géneros musicais.

QUAL A TUA OPINIÃO DA MUSICA QUE SE FAZ NA ACTUALIDADE?

Na actualidade sinto que alguns artistas, já não têm tanta "liberdade" na criação das suas músicas, também devido ao mercado musical que o mundo vai exigindo e pedindo, e têm de se adaptar ao mesmo, perdendo uma pouco a essência inicial dos seus projetos. Mas em geral, acho que há muitos bons artistas tanto a nível nacional como Internacional.

FAZES O MANAGEMENT E ÉS A DIRECTORA MUSICAL DO GRUPO OS TINAS, VERDADE? QUEM SÃO OS TINAS?

Sim é verdade. Os Tinas é um Grupo de Concertinas que decidi criar há cerca de 4 anos, onde participam ex-alunos e amigos no "ramo" da concertina. O objetivo é animar festas e romarias, principalmente na zona do Minho, e divertirmo-nos também fazendo o que mais gostamos, que é tocar concertina e cantar músicas populares e tradicionais Portuguesas.



CORONA VIRUS É ?
Corona Vírus é um entrave na vida de todos nós. Referindo-me ao mundo da música, é realmente triste que tenhamos de parar de trabalhar, apesar de para mim ser mais um "Trabalho/Hobby extra", para alguns é o Trabalho principal do qual sustentam a família, e de momento não o podem fazer. Nunca poderíamos esperar que isto viesse a acontecer no mundo. Mas agora temos de lutar e ter esperança que em breve tudo possa voltar ao normal.

COMO TENS PASSADO ESTES MESES EM CONFINAMENTO?

Eu estive sempre a trabalhar na empresa onde estou, pois felizmente tivemos sempre bastante trabalho. Quanto á música, claro que tudo parou: Ensaios, festas, convívios ... Já sinto falta disto.

A POSSIBILIDADE DE SERES INFECTADO ASSUSTA-TE? ATÉ QUE PONTO? 
Claro que assusta um pouco. Principalmente sabendo que podemos estar infetados e nem saber-mos e podermos ainda passar este Vírus á nossa família e amigos. É um pouco assustador. Mas obviamente tenho todos os cuidados necessários e recomendados.

ESTAS NO GRUPO ARONIS SHOW DESDE 2004, O QUE REPRESENTA PARA TI O GRUPO?

Para mim o Aronis Show representa o meu crescimento a nível musical, social e pessoal também. É onde conheci vários colegas músicos, onde fiz amigos e até onde conheci o meu Noivo, o Lucas, que é um grande guitarrista e um dos responsáveis técnicos. Conheci vários locais por este nosso Norte de Portugal, nas festas e romarias que fizemos. E é sempre muito satisfatório quando estamos no palco a dar o nosso melhor, e ver que o público está-se a divertir connosco, a dançar e a cantar.

O CIRCUITO DOS VOSSOS CONCERTOS, É UM “MUNDO” FACIL? 

Acho que não se pode dizer que é fácil, porque cada vez mais se criam novas bandas e grupos musicais, fazendo com que a oferta neste mercado seja maior, o que pode reduzir o número de festas para cada banda, e isso claro que pode influenciar também no investimento que as bandas fazem, e depois poderem não obter o retorno desses investimentos devido á possível redução do número de festas. Contudo, nos grupos de que faço parte esforçamo-nos para fazer a diferença e ser o mais profissionais possível, e ir sempre de encontro com que o nosso público mais gosta.

ALÉM DA CONCERTINA,  AINDA AJUDAS NA MONTAGEM E DESMONTAGEM DO SISTEMA DE SOM E ILUMINAÇÃO, DA VOSSA PRODUÇÃO. DEPOIS DE HORAS DE MONTAGEM, TESTES DE SOM, CERCA DE 4 HORAS DE ACTUAÇÃO EM PALCO ... A  DESMONTAGEM DE TODO MATERIAL … COMO ARRANJAS ENERGIAS PARA ISSO TUDO?

Não o faço sempre. Só de vez em quando, porque realmente torna-se esgotante principalmente depois de vários dias seguidos de espectáculos.  Mas gosto de o fazer porque além de estar a ajudar a família, também aprendo sempre alguma coisa.



O PALCO TRAZ FELICIDADE ? O QUE PODE ESTRAGAR A FELICIDADE EM PALCO?

Sim, o palco trás felicidade. É muito bom ver a reação do público á nossa performance, ao nosso trabalho de muitos meses a preparar o espectaculo, e á nossa dedicação á banda. O que pode estragar isso? Em geral nunca tive essa sensação, contudo, podem surgir problemas técnicos durante o espectáculo, o que nos pode deixar um pouco preocupados, mas temos de saber gerir esses problemas em palco e tentar não transparecer isso para o público.

DETESTAS ?

Pessoas interesseiras e mal intencionadas.

APAIXONADA VAIS ATÉ ONDE?
Até onde for preciso, mas sempre com consciência.

GOSTAS DE FUTEBOL ?
Gosto de futebol e futsal.

QUAL O TEU CLUBE ?

Sporting

SEI QUE TENS UM PERCURSO TAMBEM LIGADO AO FUTSAL, JOGASTE NO GD REGADAS, GRUPO NUN ALVARES, ADCR SANTA CRISTINA E  EM 2007 FOSTE TREINADORA DO JUVENIS FEMININOS DO AROES SC, COMO FOI O TEU PERCURSO NESTA MODALIDADE O QUE REPRESENTA O FUTSAL PARA TI?

Desde pequenina que gosto de jogar futebol. O meu percurso começou na escola primária, onde em todos os intervalos já só queria jogar á bola. E joguei sempre que pude. Depois da primária, joguei na Escola Montelongo, depois na Secundária de Fafe, e depois fui jogando em outros clubes conforme também fosse a minha disponibilidade, porque obviamente a vida vai mudando, e chega a uma altura em que temos de escolher se temos tempo para tudo o que gostamos. E por isso mesmo, que chegou a uma altura em que como trabalhava durante o dia, e á noite dava aulas de concertina, já me vi sem tempo para o futsal, e tive de parar de jogar durante alguns anos. No ano de 2019, e já com um pouco mais de tempo livre, decidi voltar a jogar, e inscrevi-me no ADCR Santa Cristina que me recebeu muito bem. O futsal para mim é onde posso aliviar o stress de um dia-a-dia de trabalho, onde posso conviver com várias pessoas, onde me posso divertir, e também onde posso dedicar este meu outro gosto, que além da música, é jogar á bola.



O GRUPO NUN ALVARES, CLUBE POR ONDE JÁ PASSASTE, ACTUALMENTE ESTA NA PRIMEIRA DIVISÃO NACIONAL COM A EQUIPE FEMININA DE FUTSAL, TEM ATLETAS QUE FORAM CAMPEÃS OLIMPICAS E QUE REGULARMENTE SÃO SELECIONADAS PARA A SELEÇÃO NACIONAL. COMO OLHAS PARA OS EXITOS DESTE CLUBE, QUE JÁ REPRESENTASTE ?  
O Grupo Nun Alvares, para mim sempre foi 5 Estrelas. Sempre senti um enorme profissionalismo dos treinadores, colaboradores, directores e das colegas também. É um clube que nos incentiva a dar tudo de nós e a sermos melhores. Tenho muito orgulho em ter feito parte do Grupo Nun Álvares. Deixo aqui os meus Parabéns a toda a equipa e restante estrutura técnica e directiva pelos feitos que têm conseguido, a nível local, nacional e internacional.
CONCERTINA?
As concertinas que tenho actualmente são: Recanati á 5ª Voz em Fá, Pedrosini á 4ª Voz em Fá e Concertina Digital Roland FR-18.

O LUCAS É UM MUSICO, UM TÉCNICO FANTASTICO, UMA PESSOA EXTRAORDINARIA … E PARA TI?

Para além disso, para mim é uma pessoa super inteligente. Sempre em busca de novas ideias e de novas soluções. Tem curiosidades em vários assuntos. É criativo. E é muito especial, porque é o Amor da minha Vida.



FAFE É ?
Fafe é uma Terra linda, pacata e acolhedora.

SE FOSSES UMA “ACTRIZ” POLITICA EM FAFE, O QUE FARIAS EM PRIMEIRO LUGAR? 
Tentaria explorar mais a área da Música e talentos de Fafe, incentivando os mais jovens a incluírem nas suas vidas desde novos um instrumento musical ou a serem vocalistas. A música na nossa vida é sempre uma mais valia.
E EM SEGUNDO LUGAR ?

Criaria mais apoios aos Grupos e Artistas.

AOS TEUS AMIGOS DIZES, VISITA FAFE PORQUE?

Visita Fafe porque vais te sentir em casa.

MUITO OBRIGADO PELO TEMPO E CARINHO QUE DEDICASTE AOS NOSSOS LEITORES, UMA MENSAGEM PARA ELES ?  

Obrigado a todos que dispensaram um tempinho para ler esta entrevista, e foi um gosto partilhar um pouco de mim a todos os Fafenses.


VIDEO: 

Como tocar - A Concertina é Porreira - Concertina em Fá





Vera Oliveira Concertina - Um Vira muito bonito
Vera Oliveira Concertina






Paulo Matos
Fotos de: 
Vera Oliveira | Aronis Show | Grupo os Tinas | Município de Fafe  - Manuel Meira 
Jornal de Fafe | 24/09/2020

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Nota de imprensa: II Convecção Nacional do Partido Chega em Évora

Nos passados dias 19 e 20 de Setembro, decorreu a II Convecção Nacional do Partido Chega em Évora.

Estiveram presentes os dois delegados eleitos por Fafe, nas últimas eleições internas do Partido Chega, Luis Filipe Castro e Ricardo Costa.
Um congresso , onde Fafe reafirmou o apoio inequívoco ao Presidente do Partido, André Ventura.
Para o Chega Fafe, o momento que o concelho atravessa, não muito diferente do que se passa a nível nacional é de extrema complexidade e preocupação. Muitos sectores como a restauração, a indústria, vendas ambulantes, diversão nocturna, o comércio e a cultura, estão a viver momentos de asfixia económica.
Não podemos ficar indiferentes perante estes factos. 
Defendendo sempre a preservação da saúde pública, não se pode continuar a hipotecar e a levar à falência  centenas de empresas, arrastando milhares de Portugueses , nomeadamente fafenses, para uma realidade socio- económica preocupante, com medidas de residual impacto na redução da propagação do covid- 19. Consideramos estas completamente desajustadas e punidoras para estes sectores económicos.
Tudo isto fruto de uma incapacidade e falta de coerência que a DGS e Ministério da Saúde têm demonstrado para lidar com a situação. 
Para o Chega Fafe, além desta crise económica e social que o país atravessa, no caso particular Fafe é  inconcebível que os cuidados de saúde primários, não consigam dar uma resposta eficaz aos seus utentes. Um problema que tem sido denunciado ao longo de dos anos pelos profissionais de saúde, agravando-se, como esperado, com a pandemia do covid-19. Embora o governo através da sua " máquina de propaganda falciosa", tente passar o contrário para a opinião pública.
É impensável que perante uma situação pandemica, o SNS, não esteja à altura de responder a outros problemas de saúde graves e emergentes. Basta consultar a elevadíssima taxa de mortalidade no mesmo período homólogo, (Marco a Setembro), do ano passado, não tendo em conta as mortes devidas ao covid-19.
Desta forma o núcleo do Chega Fafe através dos delegados eleitos e presentes nesta convenção , decidiram, entregar uma carta aberta ao Presidente do Partido, deputado na Assembleia da República e candidato à Presidência da República, Dr. André Ventura, onde expomos todas estas preocupações.
Relembramos que vamos continuar a ouvir todos os fafenses relativamente a estes temas acima citados, estando já agendadas várias reuniões.

É merda, Senhores! É merda…

 


Não consigo deixar de dizer alguma coisinha sobre este caso da poluição lá para os lados da Barragem de Queimadela. A situação foi alarmante demais para deixar em claro. Não é pelo resultado dos esgotos. É mesmo pela atitude dos responsáveis autárquicos que teimam em fazer o que outros já faziam…

Ora vejamos, Gil Soares, nas suas caminhadas domingueiras, resolve alertar as entidades responsáveis pelo que se ia passando no leito do rio. Como se isso não bastasse, mil e uma desculpas foram encontradas, até chamar folhas em decomposição aos detritos, em vez de assumir logo que era preciso uma intervenção para acabar com o problema. Depois apareceu o vídeo e já todos parecem chocados. Pudera, já não dá para esconder, não é?

Como tapa olhos lá fizeram uma queixa ao Ministério Público e parece que chegou para fazer bater as palmas à oposição e aos mais preocupados.

Mas isto não chega para mim, ok?

Neste processo há dois grandes problemas: em primeiro, os governantes autárquicos continuam a querer desvalorizar os alertas daqueles que não os apoiaram – apelidando as suas atitudes de populares, mesmo que depois as tenham de assumir; em segundo, a comunicação da autarquia está mesmo fraquinha, porque se assumissem logo o problema, mesmo vindo de opositores, não deixavam transparecer o ‘tapar o sol com a peneira’.

Eu revejo-me em muito nas lutas de Gil Soares. Já fiz, em tempos, o mesmo em relação à minha terra – Regadas. Também senti o desrespeito e até o desprezo que muitos, que até se diziam meus amigos, me tentaram fazer só porque lutava para o bem da minha aldeia, o bem coletivo. Logo, percebo muito bem a defesa em prol de uma natureza saudável que vai passar em terras de Travassós… do Gil Soares!

Mas também não posso deixar de dizer que gostava que Raúl Cunha se desse bem. Já o disse. Já o escrevi. E continuo a afirmar. Em primeiro, porque o seu sucesso enquanto Presidente de Fafe será o nosso sucesso enquanto munícipes; Em segundo, porque a sua forma de fazer política inicial vem contrastar com a perseguição que existia a tipos como eu e como o Gil, só porque defendemos genuinamente as nossas terras.

É preciso diferenciar a campanha eleitoral das campanhas pelo bem comum. É preciso perceber que todos nós estamos de passagem, mas as nossas terras vão continuar… mesmo sem nós.

“Deixemos um mundo um pouco melhor.”