Bom dia ricardo e carlos, desde já, agradeço – vos por terem disponibilidade em participar nesta entrevista.
tenho vindo a
acompanhar o vosso percurso profissional, desde a vossa última empresa onde
eram colaboradores da NORCHAPA até a vossa empresa atuaL.
confesso que o vosso perfil e formação complementam-se, associado a um percurso profissional que vos juntou há cerca de 4 anos, com outro colaborador da antiga empresa que É de vzela, para criar uma empresa de fabricação de estruturas de construções metálicas, sensibilizaram-me a serem os próximos a convidar para a nossa entrevista.
Gostava que cada um me partilhasse as suas origens, o seu percurso escolar e formativo. Gostavam de estudar? ou eram mais trabalhos práticos? Tem alguém na vossa família ou amigos como modelo empreendedor?
Ricardo: Antes
de mais, em nome de toda a equipa da Peixoto, Neves & Freitas agradecer-te o
convite para esta entrevista.
Filho de uma família humilde, nasci e cresci em Cepães. O meu pai era funcionário da
CP e a minha mãe costureira, cedo tive que me lançar no mundo do trabalho e
continuar os estudos á noite, pois eram outros tempos.
Comecei a trabalhar aos
14 anos no armazém de uma empresa têxtil, tendo depois ingressado na Marinha,
onde ainda pensei em fazer carreira, mas voltei para Fafe, e comecei a
trabalhar na antiga Coopser. E foi nessa experiência que o gosto e curiosidade
pela metalomecânica me despertou o interesse desta área. A Coopser entretanto
dirigida por um familiar tornou-se na Norchapa. Trabalhei cerca de 20 anos na
Norchapa, onde fiz amigos para a vida.
Carlos: Nasci
em Fafe, fui criado em Antime onde andei na escola primária de Adonela - Antime,
frequentei o ensino preparatório no ciclo em Fafe. Ajudava os meus pais nos
campos que eles cultivavam, aos 14 anos comecei a trabalhar na construção civil
como aprendiz de serralheiro.
Aos 16 anos ingressei na Coopser (cooperativa de
serralheiros de Cepães) como serralheiro, cheguei inclusive a ter cotas da
cooperativa. Foi nestas primeiras
experiências em serralharia que soube que era nesta área que queria continuar a
trabalhar. Com o passar dos anos fui tirando algumas formações, que permitiram
ter um conhecimento mais aprofundado na área da metalomecânica.
Como surgiu a ideia inicial de ser empreendedor?
Ricardo: A
ideia surge naturalmente. Foi uma decisão muito ponderada e pensada, mas estava
na hora de dar oportunidade a outras pessoas de me substituírem onde eu
trabalhava. Percebi que com o Carlos e o Pedro teríamos a equipa certa para
iniciarmos um projeto nosso, e foi isso que aconteceu.
contem-me mais sobre a trajetória da vossa empresa até à data de hoje, que tem
crescido de forma sustentável, partilhando as suas atividades, os seus produtos,
serviços e sua dimensão em termos de mercado.
No final de
2017 criámos e sediamos a empresa em Vizela por uma questão estratégica de
localização. Certos que foi numa altura em que o mercado da construção se encontrava
numa fase de crescimento e foi de uma forma muito natural que começamos o nosso
percurso.
A maior dificuldade é também o maior gozo. Começamos do zero, cada um trouxe as ferramentas que tinha em casa de fazer as suas bricolagens e fomos à luta.
A maior dificuldade é também o maior gozo. Começamos do zero, cada um trouxe as ferramentas que tinha em casa de fazer as suas bricolagens e fomos à luta.
O primeiro trabalho adjudicado à PNF remontou-nos a tempos passados. Uns suportes de candeeiros exteriores para uma quinta. Pedimos uma forja emprestada a um amigo e forjamos o ferro à moda antiga.
De uma forma muito natural, fomos executando novos trabalhos, e passamos do ferro forjado à mão à construção e reconstrução de unidades industriais. Terminamos o ano de 2018 com cerca de 20% da faturação para mercados externos.
A nossa área de atuação está focada na construção industrial, no entanto o sector da metalomecânica complementa a construção em várias áreas, e como tal, neste percurso de 3 anos a PNF já colaborou em projetos nas mais diversas áreas: têxtil, alimentar, calçado, hotelaria, controlo de acessos às praias, cutelarias, obras públicas, habitação, tratamento de resíduos…
Neste
momento o maior desafio traduz-se na instabilidade das matérias-primas, quer na
sua escassez quer na variação diária dos custos das mesmas.
Quais são as maiores
satisfações e desilusões que tiveram, até agora, com a vossa empresa?
A maior
satisfação de toda a equipa da PNF é o feedback dos nossos clientes, e saber
que os nossos clientes nos recomendam a outros possíveis clientes. As
desilusões vão sendo ultrapassadas no dia-a-dia.
Ricardo: Crescimento
de forma sustentável. (Com os pés bem assentes na terra).
Carlos:
Presença outros mercados, para isso iniciamos este ano o processo de
certificação EN 1090 e EN 9001.
Quais são as
características pessoais mais importantes para a vossa empresa? Isto é, que
importância dão às relações externas na vossa empresa?
E para vocês como
empresários, quais são os contactos mais importantes? Fornecedores, clientes,
pessoas influentes?
Ricardo: Comprimento
das nossas responsabilidades e honestidade, todas as pessoas são importantes e
tratadas como tal. A relação de confiança e segurança estabelecida com os
nossos clientes e fornecedores projetam nos para futuros negócios.
Carlos: Boa
relação e cooperação com todos os colaboradores. O nosso desejo é que todos os
nossos clientes estejam satisfeitos com os serviços contratualizados a PNF,
isso é a nossa melhor referencia para outros clientes.
Como se vê cada um como
pessoa? Como lidam com o fracasso e o sucesso?
Ricardo: Determinado e objetivo. O fracasso é sempre uma oportunidade de melhorar e o sucesso transmite-me confiança para continuar o caminho traçado.
Conseguem conciliar
cada um, no vosso dia-a-dia, a vida profissional e pessoal?
Ricardo:
Sempre que possível, todos nós gostaríamos de poder dar mais tempo à família,
mas nem sempre é possível pois o trabalho ocupa-me grande parte das 24h, mas sinto
total apoio da minha família, o que é fundamental para realizar qualquer sonho.
Carlos:
Sim, tenho conseguido conciliar a atividade profissional com a pessoal. O dia
começa bem cedo, levar colaboradores que moram no nosso conselho de Fafe para a
nossa fábrica em Tagilde - Vizela, e no fim do dia o retorno para Fafe, onde
ainda tenho de ajudar a minha esposa a cuidar dos cavalos e dos cães entre
outras atividades da propriedade.
No nosso dia-a-dia
é normal surgirem situações caricatas. Lembro-me há uns meses atrás o
administrador de uma empresa nossa concorrente abordar uma equipa de trabalho
da PNF numa obra, fazendo-se passar por fiscal camarário.
Momento
positivo, olhando para a primeira encomenda feita à PNF no final de 2017, uns
suportes em ferro forjado a dezenas de milhares de m2 edificados em Abril de
2021.
Se tivessem um conselho
a dar a um jovem empreendedor perante o estado atual da Economia, qual seria?
Ricardo:
Nunca desistam dos seus sonhos, toda a estrada têm buracos, pedras e
obstáculos, por vezes difíceis de ultrapassar, mas não impossíveis.
A crise atual associada
à Pandemia COVID-19, afetou-vos na vossa forma de trabalhar? na competitividade
da empresa, nas relações com os clientes? De forma negativa ou positiva?
Ricardo: No início, um pouco apreensivo, com a situação, mas não pelo contrário ainda reforçamos mais as encomendas.
Carlos: No início da pandemia pensamos que o mercado iria abrandar, mas felizmente no nosso setor, isso não aconteceu, tivemos até de ter reforçar a nossa equipa que hoje é composta por 18 pessoas.
O sector da construção continua numa fase de crescimento, contudo sabemos que o impacto económico da pandemia irá fazer com que este ritmo da construção abrande de forma significativa nos próximos tempos. Da mesma forma que as empresas, especialmente da região do Ave se adaptaram e reorganizaram com os efeitos adversos da pandemia, conseguirão encontrar soluções e oportunidades numa fase onde a crise económica se poderá fazer sentir com mais força.
A adaptação de edifícios a novos modelos de negócio será uma realidade cada vez mais presente na nossa região. Uma parte significativa do nosso volume de negócios já demonstra claramente esta adaptação a uma nova realidade.
Hobbies?
Ricardo: Teatro. Um bichinho que nasceu comigo, e se estende a toda a minha família, esposa e filhos. Obrigado ao Enfim teatro da Sociedade de Recreio Cepanense, onde abraçamos esse projeto fabuloso.
Ricardo: Portugal, um país lindíssimo com muitos recantos para descobrir.
Carlos: Portugal Interior
Ricardo: Viajar, conhecer novas culturas.
Carlos: Gosto muito de ter amigos e família em casa.
Ricardo: Hipocrisia, mentiras.
Carlos: Hipocrisia, pessoas cínicas.
Ricardo: Estar com a Família e Amigos, viajar.
Carlos: Levantar ao som do canto dos pássaros, tomar um bom pequeno-almoço com a minha esposa, dar uma caminhada pelo meio do pomar e vinha, um mergulho na piscina ou nas lagoas do Rio Ferro, uma sesta e ao fim do dia um Passeio a cavalo.
Ricardo: : Um Bom Fado.
Ricardo: Flôr do deserto. Um filme fantástico com uma história verídica.
Ricardo: Não poderia deixar de ser uma boa Vitela à moda de Fafe.
Carlos: Não diria apenas um, mas um bom churrasco de boi.
Ricardo: Tarte de amêndoa. (Feita por mim).
Carlos: Tarte de whisky.
Ricardo: Crescer mais como Homem, empresário, e concretizar pelo menos mais alguns dos meus sonhos.
Carlos: Uma viagem prometida a minha esposa aos Açores, aprender a conduzir bem uma charrete e um piquenique com os amigos.
Ricardo: Futebol
Carlos: Desportos Equestres
Qual é o teu clube?
Ricardo: F.C.Porto
Carlos: Simpatizante do F.C. Porto e da Associação Desportiva de Fafe
Ricardo: Comercial, Relações Públicas, tudo o que tenha a ver com o contacto com pessoas.
Ricardo: Seguir o percurso onde me encontro hoje á mais tempo.
Ricardo: O meu porto de Abrigo.
Ricardo: Maior apoio aos empresários para o desenvolvimento dos seus projectos, disponibilização de meios menos burocráticos para agilização de processos.
Se não o fizerem correm o risco dos empreendedores procurarem apoios nas cidades
vizinhas que estão com grande abertura nesse sentido.
Carlos: Sou neutro
Ricardo: Transparência e honestidade.
Carlos: Honestidade ONDE UM APERTO DE MÃO FIRMA UM CONTRATO
Há algo mais que gostarias
de dizer, que não foi abordado?
Ricardo: Agradecer o convite para a tua entrevista, e agradecer a todas as pessoas que nos acompanham no nosso dia-a-dia como clientes, Parceiros de negócios, família e amigos, e um agradecimento impar á nossa equipe de colaboradores que são fantásticos, a todos o meu obrigado.
VISITE O SITE PNF CLICANDO NA IMAGEM ABAIXO:
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