Um
povo sem história é um povo sem memória.
Fafe
teve, em Miguel Monteiro, um defensor do património arquitetónico fafense como raiz
histórica de um legado deixado, em grande parte, por fafenses emigrantes no
Brasil que retornaram à sua terra e a valorizaram com edificações que são o
suporte patrimonial da malha urbana.
Não
conheci Miguel Monteiro, mas reconheço no seu trabalho a importância que Fafe
ainda não foi capaz de o reconhecer publicamente. Digo isto perante uma terra
que se designa de "justa" e ainda não teve a destreza de reconhecer o
"mestre" numa das suas artérias, praças ou junto ao Cine Teatro.
Miguel Monteiro deu montra a uma série de edificações de valor patrimonial e a sua relação com o fenómeno da emigração dos "brasileiros de torna viagem" que, financeiramente abastados, investiram na sua cidade com uma arquitetura tipicamente europeia recheada de revivalismos. Na sua maioria, não sendo caracterizadas com um estilo arquitetónico, representam a arquitetura de uma época sob a influência, em grande parte, de elementos decorativos inspirados no estilo neoclássico que proliferou nos meados do séc. XVIII até ao séc. XIX.
Não esqueçam Miguel Monteiro! Façam-lhe a justa homenagem!
.
.
.
.
.
.
.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário