Lisboa, 13 de fevereiro de 2025 – O Imovirtual, portal imobiliário de referência, apresenta a sua análise sobre as principais tendências do mercado imobiliário em 2024, destacando mudanças significativas na procura por arrendamento e compra, a evolução das preferências dos consumidores e os perfis mais ativos na procura de habitação. O ano de 2024 registou um crescimento expressivo na procura por arrendamento, consolidando-se como uma tendência estrutural no mercado. A procura por imóveis para arrendar aumentou ao longo do ano, passando de 28% em junho para 39% em novembro, o mês com maior procura nesta categoria. Este aumento pode ser justificado por uma maior dificuldade no acesso ao crédito à habitação, devido às taxas de juro elevadas, mas também uma mudança no comportamento dos consumidores, que valorizam a flexibilidade. Ainda assim, a procura por compra de casa manteve-se superior à do arrendamento, representando 61% do total de pesquisas No que diz respeito ao tipo de imóveis mais procurados, os apartamentos registaram um aumento progressivo na procura, atingindo um pico de 53% em novembro. Já as moradias, que chegaram a representar 42% da procura nos meses de verão, perderam alguma relevância no final do ano, estabilizando nos 30% em dezembro. Este comportamento pode estar relacionado com a sazonalidade do mercado, onde os meses de verão tendem a impulsionar a procura por imóveis maiores e em zonas periféricas. A crescente procura por terrenos, que atingiu o pico em agosto com 10%, sugere também um interesse crescente na construção própria como alternativa ao mercado tradicional. A análise das tipologias mais procuradas indica que os imóveis de dimensões médias continuam a ser os mais desejados. Os T2 e T3 lideraram as pesquisas ao longo do ano, representando 36% e 35% da procura, respetivamente. No entanto, nota-se um ligeiro aumento na procura por tipologias mais pequenas, nomeadamente os T0 e T1. O T1, por exemplo, aumentou de 12% da procura em outubro para 16% em dezembro, um reflexo da crescente procura por soluções mais acessíveis e do impacto das novas medidas de apoio ao arrendamento jovem.
Do ponto de vista geográfico, Lisboa e Porto continuam a concentrar a maior fatia da procura imobiliária, mas outras regiões ganharam destaque em 2024. Lisboa representou 27,5% da procura em novembro, seguida pelo Porto, com 23,1%, e Setúbal, que registou um pico de 12,8% em outubro. A descentralização da procura é visível, com distritos como Braga e Aveiro a manterem percentagens significativas de interesse, demonstrando uma crescente valorização de outros mercados A evolução do mercado imobiliário em 2024 confirma um reposicionamento das preferências dos consumidores, com um aumento expressivo do interesse pelo arrendamento, uma maior valorização dos apartamentos e tipologias mais pequenas, e uma distribuição mais equilibrada da procura por diferentes regiões. Estas tendências refletem não só as condições económicas e financeiras, mas também uma mudança cultural no modo como os portugueses encaram a habitação. |
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