Bom dia caro amigo
ricardo, agradeço-te por teres disponibilidade em participar nesta entrevista.
TENHO VINDO A
ACOMPANHAR O TEU PERCURSO PROFISSIONAL, COM ORGULHO e estima PARA TAL, ALÉM TEU
PERCURSO, O TEU PERFIL DE EMPREendedor DE SUCESSO que criou uma start up na
área da cibersegurança em felgueiras, juntamente com dois outros empreendedores
oriundos tal como tu da área financeira, SENSIBILIZARAM-ME A TE CONVIDAR PARA A
NOSSA ENTREVISTa.
Neste sentido, a minha
primeira pergunta é da praxe e é mais pessoal, Gostava que me partilhasses as
tuas origens e o teu percurso escolar e formativo.
Gostavas de estudar ou eras
mais virada para o trabalho prático? Tens alguém na tua família ou amigos como
modelo empreendedor?
Olá,
Filipe. Muito obrigado pelo teu convite e aproveito já para te parabenizar por
esta tua louvável iniciativa. Gosto particularmente desta tua forma de dar a
conhecer Fafe, de um modo bastante distinto, mas muito pertinente.
Acima de
tudo gosto bastante de ler os pontos de vista dos vários convidados (sigo o
blog desde o primeiro convidado), todos eles muito interessantes, importantes
para a nossa região, mas bastante distintos.
Focando
agora na tua questão. Não posso dizer que gostava de estudar, mas gostava e
gosto muito da “escola” nas suas mais variadas vertentes de ensino e formação
(não fosse eu, também, docente do ensino superior público).
Felizmente, nunca
precisei de estudar grande coisa – tenho uma daquelas características chamada
de “memória fotográfica” que torna difícil esquecer o que “vi” ou “li” (bem que
gostava, por vezes) – mas não devo servir de exemplo. Estudei em Fafe até
concluir o 12º ano, ingressei então na Universidade do Minho no curso que
queria desde os meus 12 anos (mais ou menos): Licenciatura em Engenharia em
Sistemas Informáticos que concluí em 2001. Mais tarde, 2005, tornei-me Mestre
em Redes e Serviços de Comunicação na Universidade do Porto e em 2009 Doutorado
em Inteligência Artificial novamente pela Universidade do Minho. Ou seja, gosto
bastante da “escola”.
Como surgiu a ideia
inicial de seres empreendedor?
Não me
parece que tenha sido algo que tenha surgido. Na realidade, foi sendo semeado e
crescendo ao longo de alguns anos. Comecei a minha atividade profissional em
1999 na Sociedade Interbancária de Serviços S.A. (SIBS) que a maioria das
pessoas conhece pela gestão da rede Multibanco. Na SIBS tive a oportunidade de
trabalhar em projetos muito interessante como o Porta Moedas Multibanco (que
alguns ainda se devem lembrar) e no MBNet, hoje mais conhecido como MBWay.
Em
2002 fui um dos colaboradores “fundadores” da MULTICERT onde trabalhei em
projetos como o atual Cartão do Cidadão, o Passaporte Eletrónico, a Marca Do
Dia Eletrónica (as pessoas mais ligadas à justiça vão saber o que é), o Diário
Da República Eletrónico, entre outros.
Em 2004/2005 rumei em direção ao Ensino
Superior, tornei-me docente do Politécnico do Porto na Escola Superior de
Tecnologia e Gestão onde, além de docente, tive vários outros cargos de âmbito
pedagógico (como Presidente do Conselho Pedagógico), científico (como Membro do
Conselho Técnico-Científico) e de gestão, tendo sido Vice-Presidente de 2007 a
2012.
Em paralelo sempre fui tendo outros negócios, mais ou menos
bem-sucedidos, em áreas pelas quais era apaixonado, ou seja, eram o meu hobby.
Em 2012 / 2013 comecei a sentir necessidade de fazer mais, de criar novamente
algo do zero, mas, desta feita, com ambição verdadeiramente global. E foi assim
que em 2015 criámos a LOQR.
neste sentido a empresa
LOQR, cujo nome remete para a palavra inglesa locker (cadeado), que diriges
atualmente com o pedro e o jorge, que são oriundos de gaia e póvoa de varzim, respetivamente,
foi criada em 2015, em felgueiras. conta-nos mais sobre a trajetória fantástica
da vossa empresa até à data de hoje, partilhando as suas atividades, os seus
produtos, os seus serviços e sua dimensão em termos de mercado.
Como qualquer
Startup tem sido uma verdadeira montanha-russa de emoções, muitas vezes todas
elas sentidas no mesmo dia. Há 5 anos eramos 3, hoje somos 50 e daqui a alguns
meses deveremos ser mais de 90. Somos uma empresa, desde o dia zero, muito
focada em algo muito concreto: permitir que os nossos clientes, que são na sua
grande maioria bancos, possam fornecer serviços que normalmente requerem uma
presença física dos seus clientes, de forma 100% digital via um qualquer
computador ou telemóvel.
São estes os serviços de abertura de conta,
contratação de crédito, manutenção de dados de conta e/ou recuperação de
acessos aos canais digitais. Para que estes serviços possam ser prestados em
total segurança, é necessário que o banco se certifique que está efetivamente a
interagir com a pessoa certa.
No mundo físico, tal é relativamente fácil de
fazer pois é só pedir “no balcão” o Cartão do Cidadão ou outro documento
similar ao cliente “que está ali mesmo à nossa frente”. No mundo digital tudo
isto se complica, mas é precisamente isso que a plataforma da LOQR faz, ou
seja, validamos em alguns minutos, muitas vezes de forma automatizada, que
estamos na “presença” à distância da pessoa certa e criamos em tempo real a sua
identidade digital.
Como empresa global que somos, não fazemos isso apenas para
bancos nacionais (onde praticamente todos são nossos clientes embora a LOQR
seja quase sempre invisível) mas também para bancos internacionais contando já
com clientes em Espanha, Noruega e, brevemente, noutros países na região que é
atualmente o nosso foco - EMEA (Europa, Médio Oriente e África). Para mais
tarde está prevista uma expansão para LATAM (América Latina) e US. Ou seja,
ainda estamos a começar ...
Quais são as
dificuldades que encontras na gestão do dia a dia da vossa empresa?
Muitas, mas
boas. O crescimento rápido, sendo por um lado algo tremendamente satisfatório, traz
sempre “dores” relacionadas com o mesmo. Toda a empresa está em constante
mutação pois aquelas atividades que eram fáceis de fazer com 7, fossem elas de
âmbito mais profissional como o pagamento de salários e/ou a fornecedores ou de
âmbito mais lúdico como o nosso almoço ad-hoc semanal, já não é assim tão fácil
de fazer com 30 e muito menos com 50 pessoas. Na maioria das empresas estes
problemas são progressivos e existe tempo para adaptar tudo e mais alguma coisa
... no nosso caso é diferente.
Repara que vamos duplicar em número de pessoas
em apenas alguns meses. Temos problemas também relacionados com timezones, pois
alguns dos nossos clientes estão “algumas horas no futuro” ou “algumas horas no
passado”. Problemas relacionados com línguas, pois nem todos escrevem da
esquerda para a direita. Problemas relacionados com espaço, embora a recente
mudança para um novo edifício com 1000 metros quadrados tenha resolvido “por
algum tempo”. Problemas relacionados com fornecedores pois nem todos conseguem
acompanhar o nosso crescimento.
Problemas relacionados com clientes que estão
habituados a formas de funcionar demasiado “old school” para a nossa realidade.
Entre muito outros. Mas, como digo acima, são bons problemas que temos que ir
resolvendo, sempre de forma muito acelerada.
Quais são as maiores
satisfações e desilusões que tiveste, até agora, com a vossa empresa?
Não vejo as
coisas dessa forma. Tudo foram e são passos. Numa empresa como a nossa as
emoções estão sempre muito à flor da pele pois “vivemos” muito a empresa. Faz
parte da nossa vida, faz parte do nosso dia-a-dia. Ganhar o primeiro cliente,
ganhar o primeiro grande cliente, ganhar o primeiro cliente internacional,
entrar em produção, ver processos a fluir na plataforma, aumentar o número de
pessoas, receber investimento, aumentar o nosso investimento nas pessoas,
aumentar o nosso investimento em inovação, mudar de instalações, ter um impacto
positivo (direta ou indiretamente) na vida de tantas pessoas, etc, etc ... tudo
são motivos de satisfação.
O contrário são motivo de desilusão como, perder um
cliente, perder um grande cliente, perder uma pessoa (porque, por algum motivo
optou por sair da empresa), ter constrangimentos no que pretendemos fazer e
naquilo que podemos dar de volta, etc, etc ... mas tudo faz parte da evolução
normal. Faz parte do dia-a-dia. Existe
algo, no entanto, que para mim é um grande motivo de satisfação: trabalhar todos
os dias com pessoas fantásticas, verdadeiros amigos, que têm um amor à camisola
fenomenal e que nos torna a todos um pouco familiares uns dos outros. A nossa
família LOQR.
Quais são os próximos
desafios para a vossa empresa?
Claramente
o crescimento internacional e todas as implicações que daí advêm. A nossa base
de cliente em Portugal é já muito boa (5 dos 6 maiores bancos são nossos
clientes) mas para nós isso é só o início. Obviamente que é muito positivo
podermos dizer que o maior banco português é nosso cliente, que o maior banco espanhol
é nosso cliente, que um dos 20 maiores bancos do mundo é nosso cliente, mas
queremos mais, muito mais.
Queremos mostrar que somos os melhores a fazer o que
fazemos e que ninguém o faz da mesma forma que nós. Para isso precisamos de
crescer internacionalmente, e isso vai ser, cada vez mais, um grande desafio.
Novas culturas, novas línguas, novas regulações, novas realidades, mais
pessoas. Vai ser uma grande viagem que ainda está só a começar.
Quais são as
características pessoais mais importantes para a vossa empresa? Isto é, que
importância dás às relações externas na vossa empresa? E para ti como
empresário, quais são os contactos mais importantes? Fornecedores, clientes,
pessoas influentes?
Sei que a loqr pretende nos próximos anos atingir o patamar
de unicórnio tecnológico (startup tecnológica avaliada em mais de mil milhões
de dólares).
Já faltou
mais, mas sim. O céu é o limite. Como costumo dizer: “apontamos sempre às
estrelas que assim, mesmo correndo menos bem, ficamo-nos pelo céu”. Somos uma
empresa de pessoas para pessoas. A nossa visão personifica isso muito bem:
“Empowering Digital Lives”. Queremos tocar, positivamente, no dia-a-dia das
pessoas por muito que elas possam não se aperceber. Somos invisíveis, mas se no
final do dia tivermos contribuído para que mais pessoas gastem tempo a fazer
aquilo que é verdadeiramente importante, como passar mais tempo em família, em
detrimentos de esperas em filas ou em tarefas fúteis, damos o nosso objetivo
como atingido para esse dia mas, amanhã, vamos querer mais.
A LOQR nasce
primeiro em Amarante e mais tarde muda-se para Felgueiras, e não para o Porto
ou para Lisboa, porque queríamos ser diferentes e queríamos fazer a diferença.
Criar algo do zero numa pequena cidade não só tem mais piada como permite que o
nosso crescimento tenha um impacto positivo nessa mesma cidade. Hoje somos
conhecidos embora a maioria das pessoas não saiba o que fazemos. Mas a cidade
conhece e reconhece o nosso crescimento e a nossa importância para a região. A
nível de exemplo, o “nosso” atual edifício estava abandonado há mais de 30
anos. Foi recuperado “para nós”. Tornámos uma zona “menos viva” da cidade numa
zona “bastante viva”. Estes são os “pequenos” impactos que contam e que têm
verdadeiro significado.
Como te vês como
pessoa? Como lidas com o fracasso e o sucesso?
Bem. Lido
bastante bem. Um fracasso, seja ele qual for, é apenas algo que nos coloca um
patamar mais perto do próximo sucesso. Um sucesso, seja ele qual for, é apenas mais
um passo rumo ao objetivo final. O objetivo final, seja qual for, está em
constante mutação e evolução em função de quão perto estamos de o atingir.
Logo, tudo faz parte do caminho que pretendemos percorrer.
Consegues conciliar, no
teu dia-a-dia, a vida profissional e pessoal?
Sim, bastante bem diria. Quem me conhece sabe
que sou bastante reservado e assim pretendo continuar. Gosto muito de passar
tempo em família, acompanhei e acompanho os meus filhos nas suas várias fases
da vida e espero continuar a fazer. Tenho uma esposa fantástica que me apoia
nas minhas “loucuras”, que na realidade se tornam nossas, “apenas porque vê o
quanto gosto de fazer o que faço”. Adoro aquilo que faço e quando fazes o que
gostas na realidade não trabalhas, divertes-te. Agora felizmente nem tanto, mas
por norma viajo muito. As viagens são o mais difícil de conciliar com a
família, mas, com algum esfoço, voos durante a noite, aproveitamento de fusos
horários e outras técnicas que vais aprendendo com o tempo tudo se consegue.
No teu percurso de
empresário, queres partilhar um momento único positivo ou negativo ou até
anedótico que te marcou?
Como deves saber, existem muito momentos
únicos que me marcaram, ora positivamente ora de forma menos positiva. Vou, no
entanto, falar de um caricato que eu chamo do episódio do café e que ajuda a
demonstrar alguns dos nossos desafios: quando começamos num pequeno espaço com
pouco mais de 10 m2 tínhamos, como qualquer empresa de tecnologia que se preze,
uma máquina de café e comprávamos cápsulas para a mesma avulso. À medida que
fomos crescendo e passando para espaços maiores a máquina original foi indo
connosco e foi-se “replicando”. De uma passaram a duas e de duas a três. A
logística da compra de cápsulas tornou-se demasiado complicada e então
decidimos que estava na altura de fazer um contrato com alguma empresa que nos
fornecesse café. Foram contatadas algumas empresas e marcamos reunião para
saber a oferta.
O vendedor de uma dessas empresas veio ter connosco às nossas
instalações (entretanto já íamos nas terceiras ou quartas, mas continuavam
pequenas) e perguntou qual o nosso consumo. Respondi mais ou menos 35€. Ele
respondeu que 35€ por mês em café já era bom e dava “x” caixas. Eu respondi que
não era por mês, era por dia. O vendedor olhou para mim e perguntou: por dia?
Mas todos os dias? Ao que respondi: não, ao sábado e ao domingo deve ser menos,
mas nos restantes dias é mais ou menos isso. Esta história algo caricata
repetiu-se em muitos outros dos nossos “consumíveis” como na água, na fruta, no
pão e em muitas outras coisas que para nós são os gastos normais do dia-a-dia.
No caso da fruta, que representa alguns bons Kg por semana, a primeira vez que
pedimos fatura fomos olhados com alguma natural “desconfiança” (do género,
devem ser inspetores das finanças). Mas agora já tudo é mais “normal”. Somos
uma empresa muito diferente para a realidade que nos “circunda”.
Se tivesses um conselho
a dar a um jovem empreendedor perante o estado atual da Economia, qual seria?
Ser empreendedor, seja de que forma for, é
sobretudo um exercício de perseverança. É muito difícil, muitas vezes a fazer
algo que mais ninguém compreende. Exige muito de nós, uma dedicação plena. Ser
empreendedor é não trabalhar, mas fazer-se o que se gosta e, o que se gosta,
faz-me 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano (nos anos
bissextos podemos “descansar” 1 dia). Não há férias no verdadeiro sentido da
palavra, apenas se faz o que se gosta a partir de um local diferente. Não se
vai de fim-de-semana, apenas se vai fazer o que se gosta em viagem, ao
telefone, no computador. Chega-se ao limite de, por vezes, nos sentirmos
culpados por, por algum motivo, a determinada altura não estarmos a fazer o que
se gosta.
As “ferramentas” andam sempre connosco, acompanham-nos para todo o
lado, são as primeiras coisas que colocamos nas malas. Tudo o resto pode ficar
em casa, mas ferramentas não (que no meu caso é o telefone, tablet, computador,
phones). É parar numa viagem de família numa estação de serviço porque se tem
de fazer uma videoconferência, porque se tem de fazer uma apresentação, porque
se tem de rever uma proposta, porque .... É respirar a fazer o que se gosta e
não conseguir respirar se não o estivermos a fazer. Mas é possível. É possível
criar um Unicórnio a partir de uma pequena cidade no Norte de Portugal. Por
isso, se não consegues respirar porque precisas de fazer alguma coisa, arrisca,
pois, o pior que pode acontecer é fracassar e aí estarás um passo mais perto do
sucesso.
A crise atual associada
à Pandemia COVID-19, afetou-vos na vossa forma de trabalhar? na competitividade
da empresa, nas relações com os clientes? De forma negativa ou positiva?
Trabalhando nós na digitalização de processos e serviços, a pandemia veio
acelerar essa necessidade juntos dos nossos clientes pelo que acabamos por ser
afetados positivamente e vimos a nossa quantidade de trabalho (e clientes)
aumentar. A nossa forma de trabalhar sofreu, no entanto, algumas mutações pois
no dia 9 de março de 2020 adotámos, por força da situação, uma política de
trabalho 100% remota. Estamos neste momento e de forma progressiva a tentar
retomar alguma da antiga normalidade, mas a forma de trabalhar alterou-se para
sempre trazendo novos desafios para empresas como a nossa.
Finalmente, transitando
a nossa entrevista para uma parte mais pessoal, pretendia saber qual é tua
visão sobre o mundo da cibersegurança, as suas fragilidades e suas
potencialidades?
A cibersegurança, como sabes, é
algo particularmente importante para mim. Praticamente todo o meu background
académico e profissional esteve sempre, de uma forma ou de outra, ligado a essa
grande “área”. Com a digitalização das nossas vidas, a cibersegurança de uma
forma genérica (pois de forma particular daria “pano para mangas”) ganha uma
enorme relevância. Hoje em dia tudo
existe no mundo digital, no entanto, ao contrário o do mundo físico, não
existem propriamente forças de segurança digitais. É certo que as forças de
segurança físicas têm departamentos mais focados no mundo digital, mas estes
são claramente insuficientes. No “antigamente” (ou seja, à pouco mais de uma
dúzia de anos) se a pessoa A queria cometer um crime sobre a empresa B, tinha
de ir fisicamente às instalações dessa empresa. Hoje a pessoa A pode estar em
qualquer parte do mundo a cometer um crime digital sobre a empresa B que está
numa outra parte qualquer do mundo.
Como tal existe todo um novo mundo de
problemas, incluindo legislativos (como é que uma força de segurança tem
direitos de jurisdição sobre alguém a 6000 km de distância?), mas
simultaneamente toda uma miríade de potencialidades e oportunidades sobre como
resolver, de forma disruptiva, estes e outros problemas. Muito mais poderia
dizer sobre este tema, mas aconselho a leitura de um livro muito interessante
sobre esta temática chamado de “Future Crimes - Everything Is Connected,
Everyone Is Vulnerable And What We Can Do About It” de Marc Goodman”. Seja como
for, a cibersegurança começa em nós próprios e na forma como salvaguardamos a
nossa privacidade e o nossos dados.
tenho as seguintes
perguntas e peço-te uma palavra ou frase de resposta para cada uma delas:
Hobbies?
Além do
“trabalho” que é um hobbie sempre presente, já tive muitos outros, mas,
normalmente, acabo sempre por me aborrecer ao fim de algum tempo. O mais
recente passa por conhecer o nosso belo país, por caminhos de terra, numa mota
trail/adventure.
Local de Férias
preferido?
Algarve,
especialmente na zona de Albufeira.
Adoras?
Viajar
Detestas?
Mentiras
Descreva o teu dia
perfeito quando não estás a trabalhar
É difícil
não estar a “trabalhar”, mas passa sempre por passar o dia em família seja a
viajar, na praia, no campo ou a fazer outra coisa qualquer.
Qual é tua música
preferida?
Vou
responder com duas: “She” – Elvis Costello, “Vivir mi vida” – Marc Anthony
qual foi o filme que te
marcou?
The Pursuit
of Happyness. Mas eu sou mais de ficção e fantasia. Não me pareceu bem falar
das “trilogias” Star Wars, entre outras.
um livro?
Dois: Maus
I e II. Mas eu sou mais de ficção, fantasia e comics.
Prato preferido?
Vitela
Assada à moda de Fafe
Restaurante preferido?
O Rei dos
Leitões na Mealhada. Não tanto pelo restaurante em si, embora seja muito bom,
mas porque por variados motivos acabou por ser uma zona de celebração de várias
fases da minha vida. Provavelmente porque ficava a meio caminho entre o local
onde moro e a cidade onde passava parte do meu tempo. A primeira vez que lá fui
devia ter uns 6 ou 7 anos e, desde então, não deve ter havido um ano que lá não
tenha ido.
PODES ME PARTILHAR 3
coisas que estão na tua lista de desejos?
Tenho a
sorte de aos poucos ter ido atingido os meus “desejos”, se é que assim se podem
chamar, mas existe um que ainda hei-de fazer um dia, na companhia da minha cara
metade, e que é, basicamente, uma volta ao mundo sem marcações prévias. Apenas
sair e ir sem prazo para voltar.
Desporto preferido?
Rally, ou
não fosse de Fafe.
Qual é o teu clube?
Deduzo que
te refiras a futebol, mas eu não partilho essa paixão. Sou fã da Associação
Desportiva de Fafe, secção da Natação, ou não fosse este o clube que o meu
filho mais velho representa.
Se não fosses empresário,
eras?
Professor.
Se tivesses a
oportunidade de mudar algo no teu percurso profissional, seria o quê?
Não mudava
nada. Não me arrependo de nada do que fiz nem de nenhuma decisão que tomei.
Todas elas foram as minhas melhores decisões com a informação que tinha na
altura. Depois, e com mais informação, tudo é diferente, mas é uma realidade
distorcida.
O que representa Fafe
para ti?
A minha
infância, a minha cidade.
Se amanhã, fosses um
eleito político local em Fafe, que medidas no setor económico ou noutro
implementarias?
Acho que
não daria um bom político pois sou demasiado pragmático e realista. Fafe é uma
cidade claramente parada no tempo, há já demasiado tempo. Fico sempre com a
sensação que se está constantemente a repetir as mesmas fórmulas do passado na
esperança de que algo de diferente aconteça. Sem me alongar demasiado sobre
este assunto, considero que são precisas medidas de atração e retenção de
pessoas. É crucial tornar a cidade numa cidade mais agradável, onde as pessoas
se sintam bem, onde gostem de estar, de viver, de criar os seus filhos.
Principalmente agora com o trabalho remoto (sobretudo nas áreas tecnológicas)
esse é o grande desafio. Numa cidade que tenha pessoas, surgirão certamente
negócios para “alimentar”, das mais diversas formas, as necessidades dessas
mesmas pessoas.
Qual é a tua regra de
Ouro?
Ser
verdadeiro e direto seja com quem for.
Há algo mais que
gostarias de dizer, que não foi abordado?
Acho que
não. Espero ter estado à altura dos restantes ilustres convidados. Mais uma vez
parabéns por esta tua iniciativa e, certamente, que nos vamos ver por aí.
A LOQR ON-LINE:
Site institucional: https://loqr.io/