A
ponte de Bouças, também conhecida por ponte de Sangidos, sobre o Rio Vizela, é
um dos escassos exemplares do património medieval do concelho de Fafe, que faz a ligação entre
as freguesias de Fafe e Golães.
Documentos
de 1258 referem a existência de uma via que ligava “Vimarares” (Guimarães) e
“Sancta Ovaya” (Fafe). Durante mais de seis séculos esta foi a principal
ligação entre as urbes. Por aqui passava a importante Estrada Real nº 32.
A
ponte de Sangidos-Bouças, referenciada em documentos de 1292, apesar de algumas reformas, é um belo exemplar da arquitetura medieval, localizada em um lugar de grande simbolismo, carregado e História.
Lembre-se a existência, no local, de uma leprosaria que funcionou nos séculos
XII a XIV.
Construída
em alvenaria de granito de grão fino, as pedras das aduelas apresentam-se bem
aparelhadas, enquanto o paramento do pegão apresenta fiadas irregulares. O seu
tabuleiro horizontal, assenta em dois arcos: Um maior de volta perfeita e outro
menor de forma ogival, ostentando doze siglas lapidares no seu intradorso.
O
pegão central é de secção retangular reforçado com um talha-mar em prisma triangular
a montante.
Em
2012, o Município de Fafe iniciou trabalhos de restauro no local, com o
objetivo de conservar a velha capela de Santo André e a ponte do séc. XIII.
Esta
última, uma infeliz intervenção muito contestada por moradores e amantes do
património local, que não favoreceu o velho e emblemático monumento,
nomeadamente no que se refere às suas guardas, de altura muito reduzida, longe
do desenho original, utilizando pedra inadequada e outras imperfeições que
interferem negativamente na estética da ponte.
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