segunda-feira, 31 de agosto de 2020

MONUMENTO AOS MORTOS DA GRANDE GUERRA


A ideia da construção de um Monumento aos Mortos da Grande Guerra (1914-1918) em Fafe, foi lançada pela então designada Junta Patriótica do Norte no ano de 1919. Foi naquela altura que a Câmara Municipal de Fafe delegou numa comissão de fafenses ilustres o encargo de levarem por diante aquele empreendimento. Nomes como Parcídio de Matos, José Summavielle Soares, Florêncio Monteiro Vieira de Castro entre outros, encarregaram-se de fazer uma subscrição por todo o Concelho, que, em abono da verdade, não teve grande sucesso, acabando por ser a própria autarquia a suportar a quase totalidade dos custos.

O obelisco, com cerca de sete metros de altura, foi desenhado pelo arquitecto Manuel Maria Marques dos Reis em colaboração com o artista bracarense Zeferino Couto que executou o baixo-relevo escultórico e o arquitecto portuense Rogério dos Santos Azevedo. O obelisco, que custou 23.500 escudos, foi construído em Guimarães, na oficina de Joaquim Fernandes Álvares & C.ª.

“Diversos emblemas manuelinos ressaltam da pirâmide finalizando por um conjunto de granadas, depois sobressai o Padrão da Independência, que é formado por uma coluna granítica, monolítica e oitavada, inscrevendo-se no topo das faces uma data significativa, representativa de um século da nossa história, servindo-lhe de capitel um bloco guarnecido com o escudo das quinas, ornado superiormente por castelos”.

O acto inaugural deste monumento ocorreu em 12 de Julho de 1931 por ocasião das Festas do Concelho a Nossa Senhora de Antime. Estiveram presentes os Ministros do Interior e da Guerra, autoridades distritais e locais. Uma força de Caçadores 9 fez a guarda de honra e a Banda de Infantaria 8 animou o acto com outras cinco bandas civis. Calcula-se que à então Praça da Republica, hoje Praça 25 de Abril, acorreram mais de "vinte mil pessoas", oriundas do concelho de Fafe e de outras terras. Para o efeito foram disponibilizados comboios especiais para transportar os muitos forasteiros que naquele ano tiveram um interesse redobrado em visitar a Vila de Fafe.    

Fontes: “Almanaque Ilustrado de Fafe” “Fafe e o Seu Concelho” por A. Lopes de Oliveira

 

Jesus Martinho




Trecho da actual Praça 25 de Abril nos anos 60 (séc. XX)
Foto da autoria de Victor Guimarães (Foto Victor)









 

domingo, 30 de agosto de 2020

Comunicado - Câmara sem respostas nem plano de contingência. PSD exige mais.

 O PSD-Fafe endereçou um conjunto de questões, sérias e importantes para a saúde dos fafenses, ao Sr. Presidente da Câmara Municipal. Uma vez que, e após um levantamento de factos do Vereador do PSD-Fafe no local certo, ou seja, na reunião de câmara ocorrida na passada quinta-feira, não existiu um esclarecimento claro e coeso da parte do Sr. Presidente da Câmara Municipal.

Aliás, verificou-se uma tentativa de diminuir a importância do assunto com laços sentimentais/efetivos. Pelo que, o PSD-Fafe concluiu que seria fulcral obter uma resposta direta a um conjunto de questões, e que nos parecem que seria do interesse de todos os fafenses que fossem esclarecidas cabalmente:

- O Sr. Presidente teve conhecimento da promoção, declaração de apoio e apelo à participação pelos meios oficiais da Câmara Municipal ao concerto em causa?

- O Sr. Presidente teve conhecimento da instalação dos equipamento de som e luz durante TODO o dia de sábado por parte da produção?

- O Sr. Presidente tem o parecer favorável da DGS ou da delegação de saúde para a realização do concerto, e já agora dos anteriores? (Pedimos cópia)

OBRIGADO FAFE!!



A Junta de Freguesia de Fafe celebrou no Domingo, dia 23, os 34 anos de elevação de Fafe a cidade, com uma homenagem a fafenses recenseados nesta freguesia com percurso reconhecido lá fora.

Com orgulho, honra e responsabilidade recebi este reconhecimento e agradeci a toda equipa da Junta de Freguesia....

...com orgulho, devido ao percurso realizado, nos últimos 22 anos, na área do Desenvolvimento Económico Regional em prol da Competitividades dos Territórios, entre outros, Fafe;

…com honra, dado que este prémio foi entregue por um amigo em representação de uma instituição com enorme prestígio local, mas também regional;

...com responsabilidade, dado que, para além dos 11 homenageados, sinto que há muito mais fafenses com mérito e dedicação à nossa freguesia, e com esta homenagem, não tenho desculpe para dar continuidade ao trabalho desenvolvido até agora: “Sentir Fafe” integrado numa estratégia regional e global. 

A nivel concelhio, seria de bom grado, em virtude da atualidade prestar homenagem pública a pessoas singulares ou coletivas, nacionais ou estrangeiras, que prestigiaram e promoveram o concelho de Fafe, contribuindo para o seu desenvolvimento e/ou bem-estar da população, bem como aquelas que se destacaram dos demais pelo seu reconhecido mérito, prestígio, cargo, ação, serviços ou contributos em prol da comunidade. 

Finalmente, nessa noite, dediquei este reconhecimento, principalmente, à minha família que sempre esteve presente ao meu lado como uma âncora importante, neste percurso diário empreendedor ("sair de manhã da nossa terra e regressar a noite após ter percorrido centenas de km com a sensação do dever cumprido"), à Diáspora Fafense espalhada por este mundo global que é o principal ativo que Fafe tem fora do seu território tornando-se imprescindível a sua dinâmica e não só em época estival; e finalmente, aos empresários fafenses e respetivos colaboradores que são um dos principais ativos existentes no interior do seu território, símbolo da resistência em altura de pandemia.

Fotos: Noticias de Fafe

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

E agora?

 

Quase a terminar o verão deste ano tão diferente e começam a surgir sinais inquietantes.

O regresso ao activo da maioria das empresas vai ser rodeada de muitas incertezas.

O regresso de alunos, funcionários e professores às escolas vai ser um exercício de equilíbrios muito delicado .

A maioria dos funcionários públicos também não sabe como vai poder desempenhar as suas funções.

É nesta altura de incertezas que precisamos de lideranças fortes. Gente que diga "Presente" perante as dificuldades e que sirva de "farol".

No que respeita ao Município de Fafe suspeito que ainda não vai ser desta que a liderança se vai mostrar. No tempo da pandemia a voz do Presidente foi uma voz de conforto, de confiança, de empatia. 

Nesta nova fase não é apenas isso que necessitamos. 

Precisamos de um líder que aponte o caminho.

Que vá em frente. 

Que não olhe para trás.

Espero estar enganado mas não me parece que essa liderança vá surgir.

Infelizmente!


Ricardo Gonçalves

PARABÉNS !!! PEDRO CLASH … “O palco é poder, é liberdade total”

Faz hoje  54 anos uma das maiores referencias da musica rock em Fafe, Miguel Pedro Dantas Teixeira, foi vocalista dos “Lex in Justa” e dos “Ecos da Cave" nasceu em Fafe, em  27 de Agosto de  1966, vive em  Bournemouth. Pedro assume-se como uma uma pessoa bem simples que gosta de gostar do que é gostoso.  Pedro Clash é um homem com um discurso simples, fácil de entender, "brincalhão" mas muito assertivo e pensador. Diz, que erra muito e acerta outro tanto e que viveu a música como nenhuma outra coisa. “Usei drogas e, apesar dos momentos extraordinários que passei, é das poucas coisas que me arrependo de ter feito. Passei tormentos e felicidades inimagináveis.”
Pedro Clash, percorreu o mundo e essas experiências e memórias ninguém lhe pode tirar.

PEDRO EM PRIMEIRO LUGAR, QUERO AGRADECER A TUA DISPONIBILIDADE E AMABILIDADE ACEDENDO PARTICIPAR NESTA ENTREVISTA. CONHEÇO-TE DESDE OS MEUS 9/10 ANOS, LEMBRO-ME DE SERES UM DOS FUNCIONÁRIO DO HOSPITAL DE FAFE, E EM “PARALELO” ERAS O VOCALISTA DA MINHA BANDA DE REFERÊNCIA NA ÉPOCA, OS LEX IN JUSTA, VERDADE?
Sim, verdade. Na realidade foi exactamente nesse tempo em que deixei os LEX e fui para os ECOS. Deixei não, fui demitido. Sou tipo Steve Jobs... eheheh. 
ÉS DE FAFE, MAS UM CIDADÃO DO MUNDO … PORTUGAL, REINO UNIDO, BRASIL, AUSTRÁLIA, ESPANHA, FRANÇA. COM QUAL PAÍS DOS QUE ESTIVESTE MAIS TE IDENTIFICAS? PORQUÊ?

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Agora, o importante é que ninguém fique contaminado, já que a comunicação desde a Câmara à oposição foi um desastre! E as pessoas aos molhos também não se portaram nada bem!

 Fiquei estupefacto! Ou, como diria a malta cá do burgo, estúpido dos olhos.

 Aviso já que não quero demissões ou investigações, como já ouvi por aí, até porque errar é humano, mas devemos saber reconhecer os erros. Sejam os nossos ou dos serviços da nossa responsabilidade!

 No meio desta confusão toda, não me interessa qualquer investigação de responsabilidades, porque todos foram irresponsáveis: A Câmara, que sabia e permitiu a realização do evento sem garantir as regras; Oposição, que devia ter tido uma ação mais interventiva e alertar as entidades competentes as vezes necessárias desde o início do evento (GNR, DGS…); GNR, porque não interveio e aplicou as mesmas regras como faz com os bares e discotecas; O PÚBLICO, porque ao ver tanta gente junta só tinha de dispersar. O cantor, enfim, se o chamam para cantar… o Homem só vem desempenhar o seu papel e quando o mandam parar, ouve-se no vídeo, ele para de imediato!

Há muito a aprender nas empresas e entidades quanto a uma ´boa COMUNICAÇÃO'!

Pedro Sousa 

(escreve às quartas, porque é dia de feira.)

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Nota de Imprensa: PSD-FAFE EXIGE ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

A Secção de Fafe do Partido Social Democrata (PSD-Fafe) considera lamentáveis os

acontecimentos do passado sábado, ocorridos no centro da cidade, no decorrer de um

concerto de música que juntou cerca de 1.000 pessoas.

“Que fique claro, que nada temos contra a ocorrência de espetáculos, licenciados e

fiscalizados dentro das normas estabelecidas. No entanto, o concerto deste fim de

semana não obedeceu a nenhuma destas diretrizes”, afirma Rui Novais da Silva,

Presidente da Comissão Política do PSD-Fafe, continuando, “a forma como foi

organizado, num momento de contenção social, em nada nos prestigia. Fafe é neste

momento notícia nacional não apenas pela falta de consciência e de responsabilidade

de algumas pessoas que não cumpriram o distanciamento social e o uso de máscara,

mas sobretudo pela falta de responsabilidade das autoridades locais”.

Não aceitamos, nem compreendemos, a posição oficial da Câmara Municipal de Fafe

que, sobre a desculpa de apenas ter cedido o palco para o evento, tenha promovido um

espetáculo nos seus meios, sem exigir o licenciamento do mesmo. Não conseguimos

perceber como é que o Dr. Raul Cunha, médico de profissão, tenha demonstrado uma

falha tão grave na defesa da saúde pública local, numa altura em que os últimos

números têm vindo a demonstrar o crescimento de casos de COVID-19 no nosso

concelho.

Resta-nos concluir que o Dr. Raul Cunha procurou desresponsabilizar-se das suas

competências, colocando o ónus da questão em cima dos promotores do espetáculo,

uma classe já de si bastante fustigada pelas consequências económicas da pandemia.

É pr’ abrir os és, minha génte!!

Na semana em que se celebram os 34 anos de elevação de Fafe a cidade e os 39 anos da estátua da Justiça de Fafe fica aqui a minha homenagem a uma das nossas mais genuínas caraterísticas: os “és” abertos! Esse sotaque tão marcado e tão caraterístico que se vai escondendo aqui e ali e se perde aos poucos, sem que ninguém o ouse valorizar. Certa vez disseram-me que trazíamos um sabor tropical no timbre, talvez numa tentativa de nos parecermos com os emigrantes das terras de Vera Cruz. Com jeito abrasileirado ou não, a verdade é que parecemos sempre tão puros de linguagem com esse pequeno toque de sonoridade, que é uma pena que isto não possa ser potenciado, ensinado e honrado. O que se vê é a tentativa de corrigir os “entes” como se fossem um erro gramatical dos nossos petizes e um anacronismo que tem de ficar encarcerado nos nossos avós. Não... que nunca nos falte a voz para puxá-los orgulhosamente ao discurso para que alguém nos diga: “é de Fafe não é?” “Sou sim, claraménte!” Por isso insisto... é pr’abrir os és, minha génte! Como se fosse um selo identitário que se cola na cordas vocais e nos une por gerações, esta vogal é um bilhete postal do agora, que devemos enviar todos os dias... para que possa chegar ao depois.

Clara Paredes Castro

    Foto: morgadodefafe.blogspot.com

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

MONUMENTO À JUSTIÇA DE FAFE a propósito do seu 39º aniversário


Fafe é conhecido pela sua “Justiça”. “Com Fafe ninguém fanfe…” um chavão que tem corrido mundo e atesta uma tradição que parece ter a sua génese no século XIX. Em 1866, José Augusto Vieira, autor da obra “O Minho Pitoresco”, escreveu: “Olhe meu caro, esta boa terra de Fafe é assim: pão, pão, queijo, queijo, portuguesa de lei, hospitaleira, franca até à rudeza e capaz também de pôr um bom cacete de cerquinho, a sua justiça d’eles, onde el-rei não haja posto a sua própria. E é que a espada vai na burra, e nada por isso de contrariar a altaneira Fafe.

Mas é de simpatizar, não é verdade?”.

 

Queira-se ou não. A “Justiça de Fafe”, visada em algumas lendas, é o símbolo maior desta terra. Por isso mesmo, em finais dos anos setenta, um grupo de fafenses liderou um movimento em prol da edificação de um monumento evocativo à “Justiça de Fafe”. Mário Valente, João da Costa, Carlos Soares, Abílio de Freitas e António Magalhães, constituíram uma comissão, apoiada pela Câmara Municipal, visando angariar fundos para o efeito.

Cerca de 800 contos, foi quanto custou o monumento erigido na parte traseira do Tribunal. A sua inauguração teve lugar na manhã do dia 23 de Agosto de 1981, numa cerimónia integrada na Festa do Emigrante, presidida pelo então Governador Civil de Braga, Fernando Alberto e Parcídio Summavielle, presidente da Edilidade local. 

O monumento, da autoria do artista portuense Eduardo Tavares é composto por duas figuras em bronze fundido, com 2,20 metros de altura e cerca de duas toneladas de peso.

Goste-se ou não, este é o monumento mais representativo da terra, uma terra de Justiça igual a tantas outras que, um pouco ao contrário desta, mantêm vivas as suas tradições e os seus símbolos identificadores, sem "tabus ou medos” infundados que, afinal, são uma ameaça à nossa identidade cultural.

Jesus Martinho

 

domingo, 23 de agosto de 2020

Um outro olhar sobre o mundo empresarial fafense

 


Quando o Blog “Jornal de Fafe” me convidou para ser colaborador na área do desenvolvimento económico e projetos, integrando um leque de colaboradores de excelência em outras áreas e que o leme que nos une a todos, é “Sentir Fafe” em prol de um território único onde é bom viver, visitar, conhecer, empreender e investir entre outros…, foi com agrado e responsabilidade que aceitei este novo desafio.

A minha experiência como entrevistado na rubrica #passaapalavra foi positiva, (pode ler aqui a entrevista) abordando as minhas raízes e uma visão sobre o presente e futuro de Fafe na área do desenvolvimento económico...

Neste sentido, existe um projeto que defendo há muito para Fafe e que tem vindo a desenvolver-se à nossa volta, que passa por dinamizar um roteiro económico quinzenal ou mensal pelas nossas empresas e empresários, que permitiria uma nítida aproximação entre os agentes públicos e o ecossistema empresarial fafense composto por empresas, empresários, empreendedores e colaboradores de excelência mas também contribuiria para um conhecimento mais aprofundado do nosso tecido empresarial.

Graças à excelência das empresas do Concelho, Fafe é hoje, um território que se têm, afirmado em mercados exigentes e competitivos, pela qualidade e pelo valor acrescentado e neste sentido é importante conhecer a riqueza do seu tecido empresarial local.

Aproveitando esta oportunidade que me é facultada pelo Jornal de Fafe, aos domingos, irei partilhar este roteiro digital junto do nosso ecossistema empresarial fafense de vários setores de atividade e tipologia, nomeadamente Indústria, Comércio, Desenvolvimento Rural e Serviços,  através de uma entrevista, com “outro olhar”, permitindo valorizar e promover positivamente o nosso tecido empresarial com os seus produtos, serviços diferenciadoras, mas também despertar aos nossos jovens e cidadãos possíveis vocações entre outras.

As experiências pessoais e profissionais de um líder empresarial ou empreendedor de sucesso são frequentemente ricas em experiências de todos os tipos. E para tal, as suas impressões numa entrevista personalizadas permite-lhes contar sua história, relatando as etapas importantes de sua vida, as anedotas que os tornaram únicos e os valores que esses homens e mulheres afirmam.

A meu ver, precisamos de olhar a forma como inspirar os nossos jovens e empresários a serem criativos e depois apoiá-los para se tornarem empresários inovadores e isso, devemos, em parceria com os agentes económicos regionais e locais, tornar-se uma obrigatoriedade.

Deixo vos o convite a partir de Setembro, aos Domingos, ter um “outro olhar” sobre um empresário, comerciante, artesão, agricultor, e empreendedor fafense que cruzamos na rua diariamente. 

sábado, 22 de agosto de 2020

17 concertos, 306 intervenientes directos no evento! Terminou a primeira edição do “Há Música na Arcada”.


Terminou, no passado sábado dia 15 de Agosto, a primeira edição do “Há Música na Arcada”, um projecto promovido pelo Município de Fafe que procurou animar as noites de verão e trazer de volta a expressão dos artistas locais e respectivas equipas técnicas de som, luz e audiovisual. 17 concertos, 306 intervenientes directos (funcionários do município, músicos, produtores, equipes técnicas, responsáveis de refeições, catering equipes de montagem e desmontagem), num registo sem erros e que fica para a história. “Há Música na Arcada” revelou-se quanto a mim, um estimulo para o sector da cultura em Fafe, um dos mais afectados com a pandemia, dado o cancelamento de espectáculos no decurso do estado de emergência e de calamidade, não só no concelho mas por todo o país. Durante dois meses, foram dezassete os espectáculos de artistas locais, que animaram o centro da cidade, num espaço ao ar livre, devidamente delimitado, no estrito cumprimento de todas as medidas de segurança definidas pela Direcção Geral de Saúde para este tipo de iniciativas. Parabéns ao Município de Fafe !!! Escrevo este “comentário” como colaborador do jornal de Fafe, na qualidade de responsável pela produção do evento e como Fafense orgulhoso, que estou: reforço os parabéns ao Município de Fafe, pela coragem e pela forma como organizou este evento de 17 concertos ao vivoO Município de Fafe foi sem duvidas, um grande exemplo a nível nacional.

registo de alguns intervenientes:


Nuno Marinho | Guitarra & Contrabanda

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

MOREIRA DO REI – FAFE: Atentado ao Património Histórico Edificado

 

Ao ver a página do Facebook “ Memória e história de Fafe e dos fafenses”, com data de 2 de Dezembro de 2015, fiquei indignado com a situação deste monumento histórico! Como refere na página: “O único pelourinho que existe no concelho de Fafe é o de Moreira do Rei, que data da altura em que a freguesia era couto, com o privilégio das tábuas vermelhas, o que aconteceu até às primeiras décadas do século XIX. O pelourinho era uma coluna granítica levantada em sítio público, onde outrora se expunham e castigavam os criminosos.”

Como é possível isto acontecer? Como se faz um atentado destes! Uma vergonha para a freguesia e para o concelho!

Fico sem palavras…

Gil Soares

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

À boleia da pandemia



Que esta pandemia servirá para desculpar muita coisa já ninguém terá dúvidas.

Ao Município de Fafe, por exemplo, cai como “sopa no mel”.

Calma!!!! Eu explico.

Não resta qualquer dúvida que os nossos autarcas têm boas respostas ao nível social e isso vinca bem a sua costela social democrata. Neste tempo, em minha opinião, isso é o fundamental porque todos temos que comer todos os dias. Foi aí que se focaram as energias e, em meu entender, muito bem. Se podia ter sido feito mais? Acredito que sim. No fundamental, no entanto, a autarquia respondeu às necessidades.

Quanto ao resto....nada!!!!

Enquanto a 5 de Outubro funcionar como centro de empregos, as empresas escusam de procurar na câmara um parceiro. Serão sempre os primeiros a criar dificuldades, a levantar barreiras, a “sabotar” a iniciativa privada.

Os empresários, seja de que sector de actividade for, existem apesar do Município o que não é compreensível a quem seja minimamente sensato. Ao que me segredaram, esta semana nem sequer é possível dar entrada de um processo novo por falta de pessoal!!!!

No último ano de mandato é capaz de ser tarde mas daqui lanço o meu apelo ao Município de Fafe para que seja um verdadeiro parceiro dos empresários e que juntos façam o melhor pela nossa Terra.

Antecipadamente grato!

Ricardo Gonçalves


Quinta do Bill | Carlos Moisés, líder e um dos fundadores da banda: “com Fafe ninguém fanfe” ...

Quinta do Bill: Os Filhos da Nação  

Quinta do Bill: Os filhos da Nação

Corria o mês de Setembro do ano de 1987. Na quinta do Sr. Guilherme, ao qual carinhosamente tratavam por Bill, nasce um projecto musical que cedo revela ter pernas para andar. Carlos Moisés, Paulo Bizarro e Rui Dias formam assim os “Quinta do Bill”, e ainda no mesmo ano participam na 1ª Mostra de Música Moderna da Rádio Universidade de Coimbra.  Seguem-se variadas e bem-sucedidas participações em concursos e em 1992 é editado o primeiro álbum de originais, “Sem Rumo”. Mas desengane-se se pensava que este título seria de alguma forma um espelho do futuro da banda. Entre 1994 e 2020 lançaram mais 12 álbuns, entre eles 8 de originais, com muitas participações especiais e temas intemporais como “Filhos da Nação”, “Se te Amo” e “Voa (voa)”. Com 32 anos de carreira, os “Quinta do Bill” continuam a ser um marco e uma referência da música portuguesa: uma festa em palco que une gerações.

Falamos com Carlos Moisés, líder da banda e um dos fundadores. Nasceu em Moçambique, na zona de Chimoio, chegou a  Tomar aos 12 anos. Das “memórias africanas” destaca a infância “cheia de contacto com a terra, muito orgânica, e contacto com as gentes” com quem partilhava as fogueiras ao som dos “batuques”. O vocalista dos Quinta do Bill confessa-se “um apaixonado por tudo o que seja música tradicional”, recentemente com os Quinta do Bill criou uma canção para os Caretos de Podence que serviu de de hino para candidatura a Património da Humanidade da UNESCO.


CARLOS MOISÉS QUEREMOS EM PRIMEIRO LUGAR AGRADECER A TUA DISPONIBILIDADE E AMABILIDADE ACEDENDO PARTICIPAR NESTA ENTREVISTA. QUASE 33 ANOS DE QUINTA DO BILL, COMO É QUE INICIOU PARA TI ESTE PROJECTO?
Este projecto teve inicio em 1987 quando fiz o convite ao Rui Dias, guitarrista, e ao Paulo Bizarro, baixista, para trabalharmos uma série de canções que tinha composto na altura. Nasceu assim a primeira formação da Quinta do Bill, completada mais tarde com a entrada de outros elementos.
COMO É QUE COMEÇOU A TUA RELAÇÃO COM A MÚSICA?
A minha paixão pela música começou muito cedo, ainda em criança. Mais tarde iniciei os meus estudos no conservatório e acabou por ser a profissão de uma vida.
QUAL O SEGREDO DA LONGEVIDADE?
Acredito que seja muita paixão,dedicação e trabalho. A importância das canções tem sido vital em todo este processo.
OS QUINTA DO BILL JÁ TÊM MAIS DE 30 ANOS DE CARREIRA E DESDE CEDO CONQUISTARAM O PÚBLICO PORTUGUÊS. O QUE É QUE MUDOU NA VOSSA FORMA DE ESTAR EM PALCO?
Desde cedo percebemos que era importante criar empatia com o público, comunicar, realizar concertos que ficassem na memória das pessoas. Hoje continuamos a trabalhar nesse sentido, para que cada concerto seja sempre único e uma verdadeira festa.


COMO TENS PASSADO ESTES MESES EM CONFINAMENTO?
Tenho estado ativo a compor e ensaiar. É importante manter a rotina e procurar sempre novos caminhos, novas fórmulas e estímulos criativos. E estamos a trabalhar no novo disco da Quinta.
A POSSIBILIDADE DE SER INFETADO ASSUSTA-TE?
Sim, claro, é importante ter todos os cuidados. Protegermos-nos a nós é uma forma de proteger os outros.

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Chuva nossa, que caís do céu… livrai-nos das contas da INDAQUA e do Município. Amen!

Chuva nossa,

Que caís do céu,

Abençoado seja o vosso nome,

Venha a nós a vossa água,

Seja feita a vossa rega,

Assim na terra como na conta.

 

A água nossa de cada dia nos poupai hoje,

Perdoai os nossos desperdícios,

Assim como nós temos perdoado

À INDAQUA e ao Município,

E não nos deixes em desespero,

Mas livrais-nos daquelas contas,

Amen!


Pedro Sousa

(Escreve às quartas, porque é dia de feira)

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Palacete abandonado é único na arquitectura portuguesa dos “torna-viagem”

 

  O Palacete de Fafe “surge, assim como uma obra que não tem paralelo na arquitetura portuguesa, nem mesmo procurando entre os mais vistosos chalets da burguesia ou em exemplos mais ou menos torreados de casas de “torna-viagem”

 Domingos Tavares *

 

O palacete, de estilo “chalet”, de dois pisos com planta em L, integra um torreão com terraços e um jardim.

A sua distribuição interna apresenta cave com espaços de serviço; primeiro piso, com zona nobre, composta por sala de jantar, e salas de estar, e num dos corpos cozinha.

Segundo piso com quartos, salas, sanitários e banho, e pisos superiores do torreão com quartos. Dependências interiores sem comunicação entre si, servidas por vestíbulos e corredores.

Decoração exuberantemente pintada, conjugando alguns elementos neobarrocos com arte nova, nas madeiras dos lambris, frisos florais pintados nas paredes, integrando padrões decorativos assimétricos, bandeiras pintadas com paisagens e tectos em estuque pintados. Cozinha e casas de banho com azulejos simples, com frisos arte nova, e motivos florais estilizados.

 


Há muitos anos sem ser utilizado. O palacete anexo ao Centro de Emprego de Fafe, na rua José Cardoso Vieira de Castro, encontra-se votado ao abandono e os elementos naturais de erosão, vão desgastando o imóvel.

Este belo exemplar de Arte Nova com inspiração francesa foi mandado construir em 1912 por Manuel Rodrigues Alves, natural do Porto e que viria a casar com a poetisa fafense, Soledade Summavielle Soares, neta paterna do ilustre “brasileiro” de torna-viagem, José Florêncio Soares e de Maria Teresa da Costa, primeiros proprietários de outro extraordinário imóvel de influência brasileira, também devoluto, localizado mesmo em frente ao Teatro-Cinema local.

Nos anos 60, José Summavielle Soares recebeu a casa por herança, vendendo-a mais tarde a Alberto Leite Dantas.

Em 1984 o executivo camarário promoveu a classificação do palacete como “Imóvel de Interesse Concelhio”, pelo seu “interesse e valor ao nível artístico, histórico e cultural”.

A Câmara Municipal chegou a fazer um projecto visando a recuperação do imóvel, orçado em 130.000.000 escudos. Outra hipótese era uma intervenção parcial que custaria 70.000.000 escudos. Nenhuma das intenções foi viabilizada e a “nobre casa” acabou por ser adquirida, em 1986, pelo Ministério do Trabalho para instalação do Centro de Emprego e Formação Profissional de Fafe, construindo-se um edifício de raiz na zona das antigas cavalariças da casa, ficando o imóvel principal, praticante sem utilidade.


Reprodução do "Almanaque Ilustrado de Fafe", 1914

Na época em que este palacete foi construído (1912), alguma imprensa local referiu-o como “a mais luxuosa moradia da vila, com todas as condições para se viver regaladamente”.

 Um dos mais emblemáticos e valiosos imóveis históricos da cidade, em pleno centro urbano, encontra-se votado ao abandono, aguardando uma recuperação que dignifique o seu indiscutível valor histórico e patrimonial.

Um exemplar único no país, com 108 anos de idade, já merecia uma boa reforma!


Governo iludiu e descartou

Respondendo a um alerta do PCP de Braga, o governo afirmou que "a reabilitação no palacete anexo ao Centro de Emprego de Fafe está prevista para o final do primeiro semestre deste mesmo ano" (2016).

Depois das garantias dadas pelo Ministro do Trabalho, Solidariedade, e Segurança Social, que dava como certa a requalificação do Palacete do Centro de Emprego de Fafe, eis que surge a notícia que, afinal, o referido Ministério não vai fazer obras no imóvel, propondo a sua venda à Câmara Municipal de Fafe.

 Notícia avançada pelo “Notícias de Fafe” (Fevereiro de 2018), referiu, que responsáveis do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), após uma visita de avaliação do palacete, sondou a disponibilidade da Câmara Municipal para aquisição do edifício pelo valor de 805 mil euros.

Lembre-se que a casa histórica em questão, datada de 1912, exemplo único na região e no país, foi classificada como Imóvel de Interesse Municipal em 1983, para, logo a seguir, em 1986 a Câmara “alienar” o Imóvel vendendo-o ao Ministério do Trabalho, para instalação do Centro de Emprego de Fafe, que acabou por ocupar as antigas cavalariças nas traseiras do edifício, deixando a casa nobre sem qualquer utilização durante cerca de três décadas.

Quando parecia haver luz ao fundo do túnel, e, os mais crentes pensaram que era desta que aquela pérola do património fafense ia ser restaurada, tudo se complicou, com a posição do IEFP.

O presidente do Município de Fafe disse ao “Notícias de Fafe” não estar interessado na aquisição do imóvel pelo valor proposto, considerando: “é bonito, temos por ele carinho e estima, mas não é muito funcional, é difícil encontrar um destino, está degradado e até poderá pôr em causa a segurança das pessoas que por ali passam”.

Raul Cunha disse ainda ao mesmo periódico que “se a Câmara não o adquirir, será colocado em hasta pública”.

Por seu lado, Antero Barbosa, aconselha o diálogo e a renegociação referindo que “a autarquia também tem interesse em instalar bem o Centro de Emprego, num local melhor”, evocando uma permuta “justa”.

O vereador, Victor Moreira, de forma mais incisiva disse ao “Notícias de Fafe” que “Por mim não pagava nada. Eles ainda tinham de nos pagar para recuperar o edifício porque a obrigação deles era ter aquilo conservado”, lembrando que a verba em causa dava para resolver outras situações, nomeadamente, a aquisição da casa em frente ao Teatro-Cinema, a requalificação do antigo Mercado Municipal e ainda as necessárias obras de recuperação no edifício da Casa de Cultura local.

O vereador José Batista, considerou que, “É uma oportunidade de ouro para fazermos um pacote mais integrador”. Defendendo a compra do imóvel degradado em frente ao Teatro-Cinema e do Palacete do Centro de Emprego, para instalar a Loja do Cidadão e centralizar os serviços da Segurança Social.

 


Prevê-se o relançamento da discussão relativa aos vários imóveis históricos degradados da cidade, um assunto sensível, dispendioso, que requer astúcia e engenho do executivo autárquico.

Certo é que não se pode continuar a tapar o Sol com a peneira. É a altura  para encarar, de forma séria, a questão, suspensa há vários anos, da preservação e requalificação do Património Histórico na “terra mais brasileira de Portugal”.

O Governo, primeiro responsável pela conservação da nossa memória cultural, relativamente ao imóvel do Centro de Emprego, teve uma atitude censurável: comprou, desleixou, iludiu e descartou.

Jesus Martinho

 

 

* Ex-professor da Faculdade de Arquitectura do Porto e investigador

Fontes:

<http://www.monumentos.gov.pt/site/app_pagesuser/SIPA.aspx?id=23130>.

TAVARES, Domingos. Casas de Brasileiro – Erudito e Popular na Arquitetura dos Torna-Viagem. Porto, Dafne Editora, 2015

Semanário “Notícias de Fafe”


O interior nos anos 80 do século XX






sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Rio Vizela: um esgoto a céu aberto

Gil Soares

Ao longo deste ano tenho trazido a público questões relacionadas com a poluição do

Rio Vizela, mais concretamente a jusante do paredão da Barragem de Queimadela.

Com isto nunca denegri a imagem de Fafe, como na última reunião de Câmara alguém

o afirmou, porque não sou eu a causa poluidora! E, já agora, as dezenas de fotos que

publiquei são todas “verdadeiras” pois o problema não está resolvido definitivamente!

Para mais, não sou só eu que visiono e cheiro o fedor que tresanda por essa zona! Não

são as folhas em decomposição que causam mau cheiro ou poluem! Se não sabem,

informem-se! E, não bastava a poluição que se sente, constantemente, as Águas do

Norte estão a tentar licenciar descargas no rio, junto da APA: Agência Portuguesa do

Ambiente, porque despejar as fossas “sai muito caro”. Será que as populações de

Travassós, Revelhe, Vinhós, Paços, Golães terão de levar com a porcaria que é

descarregada naquela zona? Neste caso o paredão também separa uma zona turística,

de eleição, de outra, com uma natureza bucólica fantástica, que parece ser relegada a

esgoto! O problema é que os percursos pedonais começaram a ser muito concorridos,

graças ao trabalho do Travassós Running Fafe, e os pedestrantes sentem-se indignados

com os focos de poluição e o cheiro nauseabundo! Pois, não sou só eu que fotografo e

relato estes casos! O que nós queremos é o problema resolvido! Nos últimos dias a

situação melhorou! O caudal (ecológico), como defendeu Leonel Castro, ganhou força

e o rio vida! Esperamos que seja para durar, senão cá estaremos para denunciar!

Agradeço ao Engº Batista, do PSD, por sempre defender esta causa! Aos politiqueiros

lhes direi na cara o que me vai na alma! Sempre que necessário, defenderei a nossa

terra! Porque não basta ser, é preciso sentir!


quinta-feira, 13 de agosto de 2020

25 ANOS DE RILHADAS

 



O meu texto de estreia neste espaço é de auto-promoção.

Pelo facto peço desculpa mas estou certo que compreenderão que os 25 anos que o Complexo de Rilhadas celebra hoje são um facto incontornável do meu dia.

É um percurso feito de trabalho, de dedicação, de “sangue, suor e lágrimas” mas que, olhando para trás, me enche de orgulho.

 

Desde 1995, com a abertura do Kartódromo de Fafe e da Taberna de Rilhadas, não parámos de todos os dias de tentar meter algo mais de nós para servir os anseios de quem nos escolhe.
Que orgulho neste nosso percurso!

Evidentemente que nada disto seria possível sem um número infindável de pessoas.
À cabeça o nosso mentor, meu pai, Francisco Gonçalves. Sem ele nada do que Rilhadas é hoje seria possível.
Sem os nossos clientes, amigos dizemos nós, nem a melhor ideia era sustentável. A eles o nosso agradecimento e a promessa de todos os dias tentarmos ser melhores.
Aos nossos colaboradores pelo seu empenho, dedicação e profissionalismo o nosso muito obrigado.
Aos nossos fornecedores por acreditarem em nós e no nosso trabalho agradecemos reconhecidamente.
Muito gratos a todos pela força que nos dão, diariamente.

Mas quem nos conhece sabe que não nos detemos muito tempo a contemplar o passado. Todos sabem que o nosso olhar está no futuro e que a nossa imaginação teima em colocar-nos novos desafios. A isso não sabemos dizer não.

O futuro começa hoje.

Obrigado!

  

Luís Leite & José Teixeira | Musica Contemporânea Portuguesa para Guitarra

 Luís Leite & José Teixeira

Musica Contemporânea Portuguesa para Guitarra                    


Com este projeto procuram  valorizar a música contemporânea portuguesa para guitarra clássica, bem como procurar novas técnicas instrumentais, com vista à inovação, decorrentes do diálogo entre compositor e intérprete, bem como a sua efectiva comunicação com o público. Proporcionar interpretações de referência da música contemporânea portuguesa, permitindo a consolidação artística de intérpretes que dedicam grande parte do seu saber e entusiasmo à divulgação da música portuguesa e à partilha do processo criativo de novas obras, incentivando e acompanhando a sua génese com o compositor (vivo). Formar públicos para a audição e interpretação de música contemporânea, incentivando o diálogo multidisciplinar, despertando novos interesses e fomentando uma compreensão sem preconceitos da arte contemporânea. Valorizar o património português de criação contemporânea do Século XXI, através da divulgação de obras pouco conhecidas do grande público.




Apostaram na edição de obras do repertório contemporâneo português para guitarra através do seu registo em CD com suporte físico e digital. Gravado pelos guitarristas José Teixeira e Luís Leite e colocado em circulação através das lojas da especialidade e da disponibilização digital mas também através de futuros recitais de Apresentação/Divulgação do CD. A captação áudio e mistura ficou ao encargo do Hugo Vasco Reis compositor e músico reconhecido no panorama musical português e enquanto que a masterização foi  entregue ao António Manuel Pinheiro da Silva considerado unanimemente como um dos melhores engenheiros de som em Portugal. A divulgação radiofónica será realizada através da parceria com a Antena 2 através de spots publicitários e entrevistas. Mariana Santiago ficará encarregue de toda a vertente multimédia e audiovisual do projeto.


Este projeto mostra-se original e necessário na medida em que potencializa o trabalho de compositores reconhecidos no panorama cultural português como é o caso de Tiago Cutileiro, António Pinho Vargas, Sérgio Azevedo, Vitor Rua, Fernando Lapa, Paulo Ferreira-Lopes, Victor Castro, José Mesquita Lopes, Hugo Vasco Reis, Carlos Gutkin e Ricardo Barceló. A difusão de repertório português contemporâneo para guitarra é pertinente visto que este raramente é interpretado e editado. O projecto tem como antecedente concertos em várias cidades do país, continente e ilhas. É de salientar que durante o ano de 2019 e 2020 foram feitas estreias de obras dos compositores editados no CD, como: “Micro Images” for Guitar de Hugo Vasco Reis, Micro-Estudo nº 1 e Estudo nº 5 de Ricardo Barceló e a mais recente estreia da obra dedicada aos dois intérpretes Post Hoc Ergo Propter Hoc (para suporte digital, vídeo, duas guitarras eléctricas e performance) de Vítor Rua. Este caminho levado a cabo por estes embaixadores da música escrita para guitarra em Portugal tem sido aplaudido e valorizado pelos próprios compositores, público  e organizações ligadas à promoção da música contemporânea portuguesa. Estes músicos tem um papel preponderante na interpretação descentralizada deste tipo de repertório,  normalmente apenas  interpretado nos grandes centros culturais como Porto e Lisboa.


Natural de Fafe, José Teixeira iniciou os seus estudos musicais na Academia de Música José Atalaya. Em 2015 conclui com média de 19 valores nas disciplinas da área musical o Curso Secundário de Instrumento (variante guitarra). No mesmo ano ingressa no Curso de Música da Universidade do Minho e  termina a licenciatura em 2018, obtendo a classificação máxima na vertente de guitarra. Apresenta-se regularmente a solo, orquestra e em diversos grupos de música de câmara. Premiado nos concursos “Concurso Paços Premium” (nível superior) e a Menção Honrosa no “Concurso Internacional de Guitarra de Leiria” (nível superior) em 2018, a menção honrosa no “Concurso Internacional Cidade de Almada” em 2014, a solo e também a Menção Honrosa no “Concurso Gilberto Paiva” (nível superior) em 2014 na vertente de música de câmara. Em 2012 foi convidado a ingressar na Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins (OPGB), trabalhando com variadíssimos maestros e com solistas como Rui Gama e Hauxing Liang. Com a OPGB  participou na gravação do CD Pleiades. Em 2018 em conjunto com o guitarrista Luís Leite iniciou um ciclo de recitais intitulado “Música Contemporânea Portuguesa para Guitarra” com o objetivo de promover a música nacional produzida atualmente para a guitarra, atuando um pouco por todo o país. Desempenha desde 2018 funções de docência na Academia de Música de Basto.


Luís Miguel Leite é um guitarrista e docente licenciado pela Universidade do Minho e Mestre em Ensino de Música pelo Instituto de Educação da Universidade do Minho. Nascido a 30 de agosto de 1993, natural do concelho e cidade de Fafe, começou os seus estudos musicais na Academia de Música José Atalaya, onde finalizou o oitavo grau com nota máxima a instrumento. Em 2013 prosseguiu para a Universidade do Minho (ILCH - Departamento de Música) na classe do Doutor Ricardo Barceló, onde se destacou pelas suas avaliações de mérito a guitarra e a música de câmara. No ano de 2019 completou o Mestrado em Ensino de Música no Instituto de Educação da Universidade do Minho.  Foi laureado e distinguido em dezenas de concursos de guitarra clássica nacionais e internacionais, de entre os quais se destacam o concurso do Festival Internacional de Guitarra Clássica Luigi Mozzani (Vibo Valentia - Itália) em 2011, o Concurso de Guitarra Juan Crisóstomo Arriaga (Bilbao - Espanha) em 2014, o Concurso Luso-Espanhol (Fafe - Portugal) nos anos 2007, 2008, 2009 e 2013.  No que respeita à discografia, em 2019 lançou o seu primeiro trabalho a solo intitulado “Guitarra Clássica”, em 2015 gravou juntamente com a OPGB (Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins) o álbum intitulado “Pleiades”, em 2020 interpretou e gravou o trabalho do compositor Yuri Umemoto (Japão) “Dawning” (obra a que lhe foi dedicada) para o álbum “Dream Sandwich”. A sua música já marcou presença em rádios portuguesas como a Antena 2 entre outras.  Faz parte do conjunto de intérpretes do Centro de Investigação & Informação da Música Portuguesa e dedica-se prontamente à interpretação de obras de compositores portugueses e a estreias absolutas de trabalhos de compositores nacionais. Desempenha funções de docência na Academia de Música da Sociedade Filarmónica Vizelense.

VIDEO:

Música Contemporânea Portuguesa para Guitarra - Apresentação


 Paulo Matos

Jornal de Fafe | 13/08/2020


quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Fafe Jovem 2025 ou vamos continuar a dar porrada à juventude?

CLUB ALFA - Parque Aventura (Projeto em construção)
No dia em que se celebra mais um ‘Dia Internacional da Juventude’ – 12 de Agosto, importa refletir no papel dos jovens na sociedade e a sua prestação para um futuro próspero.

Os jovens são vistos como uns baldas, uns irresponsáveis, não querem fazer nada, mas o certo é que os mais velhos continuam a não permitir com que os mais novos tenham a oportunidade de mostrar o que realmente valem.

Na política, continuam a querer os jovens para berrar pelos respetivos partidos nas campanhas e abanar bandeirinhas. Até podem dizer que não é verdade, porque já fazem reuniões ou convenções só para ouvir a juventude, mas não sabem eles que os jovens querem muito mais do que ser ouvidos, os jovens querem ação, atitude e querem emprego para poderem ter as suas coisinhas também.

Nas empresas, querem que tenham 2 anos de experiência, mesmo que estejam a sair das suas formações. Ou seja, impossível.

Nas famílias, quando é possível, querem que sejam doutores logo no infantário…

Na rua, até já querem que não se juntem… claro que aqui há um sentido de responsabilidade necessário, mas para isso importa que tenham locais responsáveis para estarem juntos em segurança.

Mas afinal, o que falta aos jovens?

Falta traçar uma política de juventude séria e responsável. Falta criar respostas concretas para o problema do emprego, incentivando à criação das suas empresas ou dando regalias apelativas às empresas que contratem a malta jovem. Sendo que para isto é necessário uma maior facilidade às reformas antecipadas, porque quem trabalhou 40 anos já contribuiu imenso para o país.

Falta também mostrar aos jovens que podem dedicar-se à sua vida pessoal, profissional e, ainda, dar um contributo no voluntariado. É claro que não vão ganhar nada monetariamente, mas vão tornar-se mais humanos, mais capacitados para a vida em sociedade e, com isto, serão certamente melhores cidadãos.

As ideias dos jovens têm de passar a contar. Não é contar mais. É mesmo contar de verdade. Os jovens têm mais facilidade em deslocar-se, seja dentro ou fora do país. Os jovens fazem férias juntos, vão a festivais… e tudo o que a sua mente capta, só tem de ser aproveitado para melhorar as suas cidades.

Ouvir os jovens não passa pelas convenções partidárias. Ouvir os jovens passa por criar um Gabinete de Projetos nas Autarquias, passar as suas ideias para o papel e em seguida, depois de devidamente analisadas e trabalhadas, concretizá-las!

Educação, Saúde, Cultura, Arte, Comunicação, Turismo, Urbanismo, Património, Desporto, Emprego, Ação Social…

Aproveitar as ideias dos Jovens,

Conhecer os programas de apoio,

Um mandato é suficiente para transformar todo um concelho!

Pedro Sousa