quarta-feira, 31 de março de 2021

Apoios sociais: “Governo deixou muitas pessoas para trás”

 


Clara Marques Mendes acusa o Governo de ter deixado muitas pessoas para trás e de não ter acautelado devidamente os apoios sociais que são tão necessários nesta fase de dificuldades. Em declarações à TSF, a Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PSD recordou que foi para suprimir essa falta de atuação por parte do Governo que o Parlamento aprovou um conjunto de propostas para ampliar, aumentar e até criar apoios sociais que não estavam contemplados pelo Governo.

Com os portugueses a passarem por uma fase complicada, fruto das consequências da pandemia, a deputada afirma que “estamos a viver uma excecionalidade” e que é uma “urgência” fazer com que as medidas de apoio cheguem de forma rápida às pessoas para “acudir às necessidades que estão a sentir”.

O Parlamento, perante a inação do Governo, não pode deixar de atuar. Foram inúmeras as vezes que os partidos alertaram que as medidas eram insuficientes, quer era preciso acautelar mais, mas o Governo não o fez”, lamentou a deputada, acrescentando que ninguém compreenderia que o Parlamento ficasse sem nada fazer.

Para Clara Marques Mendes, ao promulgar os diplomas, o Presidente da República veio dar razão aos partidos e reconhecer que estamos a viver “uma situação excecional”. Agora, com o Governo a falar em mandar estes diplomas para o Tribunal Constitucional, a deputada afirma que “o Governo vai ter de decidir se quer ou não estar ao lado das pessoas. Espero que o Governo fique ao lado das pessoas”, afirmou a parlamentar.

terça-feira, 30 de março de 2021

A PÁSCOA DAS PORTAS FECHADAS

A páscoa das paredes lavadas a lixívia, das cortinas a estender ao sol e das pratas areadas já lá vai… A páscoa de flores brancas pela casa, das colchas estendidas à janela e pétalas espalhadas na porta. Essa páscoa que cheira a cabrito assado e pão de ló pela manhã, que cheira a gente pela casa adentro, a toque de sineta e a melodia de aleluia. A páscoa que anuncia a primavera, a renovação, o perdão, o amor incondicional… a páscoa que areja a casa como se anunciasse novos tempos, que limpa as humidades da vida e que sacode o pó da alma. Essa páscoa é a que nos falta. A páscoa que trazemos no corpo, gravada em memórias de infância, da roupa colorida a estrear, das cortinas amaciadas ao sol e da forma solene com que estendíamos a toalha branca para almoçar. A do beijo no cruz a quem nos curvamos em ato de oração, a páscoa da gratidão! É isso que nos falta… e a ela voltaremos. Como sempre fazemos quando precisamos de conforto. Voltamos ao que nos faz falta, ao que nos preenche e nos acolhe, ao que nos aceita e nos perdoa, ao que nos faz ter uma fé movedora de impossibilidades… é a isso que sempre voltamos. Aconteça o que acontecer. Demore o tempo que demorar. Que nunca nos esqueçamos que há sempre uma páscoa onde voltar… limpar, abrir as portas, agradecer e engalanar. Que possamos ter sempre uma páscoa que nos receba e nos deixe beijar em jeito de gratidão. Que se abra a porta novamente, e mesmo que não seja para ficar, que seja porque não mais nos apetece sair.  

Clara Paredes Castro 

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NOTA: este espaço de opinião às terças-feiras vai ficar temporariamente suspenso devido à minha candidatura à Junta de Freguesia de Fafe. O Jornal de Fafe é um projeto plural, livre e apartidário e assim deve continuar, assim como continuarei como leitora assídua e defensora da sua liberdade de expressão.

 A liberdade é o direito de fazer o próprio dever.” Auguste Comte







 

segunda-feira, 29 de março de 2021

CAFÉ AVENIDA COMPLETOU 112 ANOS

 





O interior do Café Avenida poucos anos depois da inauguração
Reprodução do Almanach Ilustrado de Fafe



O Café Avenida, a funcionar na actualidade, o de maior longevidade em Fafe, abriu no dia 1 de Março 1909, pouco tempo depois da abertura da "Avenida da Estação", há  112 anos.

Fundado pelo malogrado António Dias Saldanha Peixoto, em sociedade com Manuel de Freitas Fernandes, o "Avenida" foi o primeiro Café requintado da vila de antanho; na época, existia apenas um outro café mais antigo, designado por "O Figurão".

Em 1909, em termos de restauração, Fafe tinha cinco hotéis, uma hospedaria e dois restaurantes; um total de doze Casas de Pasto completava o conjunto de negócios onde se podia comer e refrescar as gargantas.

O "Avenida" foi pioneiro, em Fafe, no conceito de Café luxuoso, uma casa de convívio e diversão, inspirado noutros estabelecimentos existentes apenas em grandes cidades.


A notícia da abertura do Café Avenida no semanário "O Desforço", em 1909





Reprodução do "Almanach Illustrado de Fafe"

António Dias Saldanha Peixoto foi o principal fundador e impulsionador do Café Avenida durante cerca de uma década.



A Primeira publicidade


Reprodução do "Almanach Illustrado de Fafe", 1909




Um testemunho dos anos 50 (séc. XX)

«Era uma sala rectangular com grandes espelhos que reflectiam as lindas mesas com tampos de mármore branco, à volta das quais estavam belas cadeiras construídas em madeira nobre. Ao fundo, do lado esquerdo, para quem entrava no café, havia um belo balcão, atrás do qual estava uma estante de várias utilizações. O bilhar de quatro tabelas antecedia a grande porta que dava para o caramanchão, lindo e ameno recanto onde nas tardes de Verão se bebia um bom verde  acompanhado de petiscos, conversas sobre História, Filosofia e Política. Por isso o Avenida se chamava o café dos intelectuais.
A burguesia culta frequentava-o diariamente e ali convivia com pequenos comerciantes, industriais e gente de todo o estrato social. Dizia-se, aí pelos anos cinquenta, que no Avenida se aprendia a Democracia, a Liberdade, o respeito pelo diferente».

In: “António Saldanha – Lembrar um Homem, de António Teixeira da Silva e Castro, Braga 1998.



Reprodução do "Almanaque Ilustrado de Fafe"

António Augusto da Silva Saldanha foi o mais carismático e distinto proprietário do Café Avenida. O seu humanismo e forte convicção politica antifascista, motivou a inclusão do seu nome na toponímia da cidade de Fafe em 1978.








domingo, 28 de março de 2021

FAFE UP - Programa APOIAR reabre candidaturas até 16 de abril, alarga sectores abrangidos e têm diferentes limites máximos....

 



O programa APOIAR, de subsídios a fundo perdido, está reaberto para novas candidaturas. A receção de candidaturas estará disponível até 16 de abril, ou quando a dotação prevista, for esgotada.

O Programa APOIAR consiste num apoio de tesouraria, sob a forma de subsídio a fundo perdido, para apoio a empresas dos setores particularmente afetados pelas medidas excecionais aprovadas no contexto da pandemia da doença COVID-19.

Nesta nova fase, "são reforçados os apoios às empresas com quebras de faturação superiores a 50% e aumentados os atuais limites máximos de apoio". É também alargado "o âmbito setorial a atividades económicas diretamente afetadas pela suspensão e encerramento de instalações e estabelecimentos que integram as cadeiras de valor do setor turístico, dos eventos e da restauração, que estavam excluídas dos apoios até agora.

Neste âmbito, foi também aberto um novo aviso para o programa Apoiar Rendas, igualmente até 16 de abril, que passa a incluir "qualquer contrato de exploração ou cedência de imóvel". Tem uma dotação de 150 milhões de euros, que acrescem aos 150 milhões do primeiro aviso.

Também o programa Apoiar +Simples foi reaberto, com uma dotação de 50 milhões de euros, para passar a incluir "empresários em nome individual sem contabilidade organizada, independentemente de terem ou não trabalhadores por conta de outrem"


Em síntese, as principais alterações são:

- Reabertura das candidaturas à medida APOIAR.PT que se encontravam suspensas;

- Reforço dos apoios às empresas com quebras de faturação superiores a 50%, para as medidas APOIAR.PT e APOIAR + SIMPLES (este reforço aplica-se retroativamente às candidaturas já submetidas e o ajustamento dos valores a receber será feito de forma automática);

- Alargamento das medidas APOIAR + SIMPLES e APOIAR RENDAS aos Empresários em Nome Individual sem contabilidade organizada, independentemente de terem ou não trabalhadores por conta de outrem;

- Alargamento da medida APOIAR RENDAS a outras formas contratuais que tenham por fim a utilização de imóveis, para além dos contratos de arrendamento, nomeadamente, qualquer contrato de exploração ou cedência de imóvel para fins comerciais;

- Alargamento às atividades económicas da panificação, pastelaria, fabricação de artigos de pirotecnia e atividades de prática médica de clínica especializada em ambulatório - Estomatologia.


Nota: As empresas que já tiverem candidaturas aprovadas não precisam de apresentar um novo pedido para ter acesso à majoração do apoio. Devem apenas apresentar o pedido de pagamento final no qual conste a declaração subscrita por contabilista certificado, responsável pela contabilidade da empresa, que confirme o apuramento da diminuição registada na faturação registada no 4º trimestre de 2020, dispensando-se nestes casos, por serem projetos já aprovados, nova consulta à AT.


Para mais informações, convido a ver a página do IAPMEI sobre as principais alterações clicando AQUI


sexta-feira, 26 de março de 2021

Post Hoc Ergo Propter Hoc | plataforma YouTube | sábado, 27 de março | 22 horas

 Luís Miguel Leite e José Teixeira
APRESENTAM:

Motivados pelo atual contexto pandémico e consequente adiamento de toda a atividade artística presencial, os guitarristas Luís Miguel Leite e José Teixeira decidiram desenvolver este projeto que visa a divulgação de uma obra contemporânea para guitarra composta em Portugal, valorizando e fomentando a rede nacional e internacional de obras de música contemporânea portuguesa, em tempos onde a cultura tende a permanecer suspensa.

O projeto consiste na interpretação e transmissão da obra Post Hoc Ergo Propter Hoc através da plataforma YouTube no dia 27 de março pelas 22 horas (ficando disponível 24 horas para visualização na plataforma), mediante aquisição de ingressos.

Será gravado ao vivo pelos guitarristas nas instalações da antiga e emblemática Companhia de Fiação e Tecidos de Fafe (Fábrica do Ferro),focando-se na descentralização e estimulação deste tipo de iniciativas. A produção do evento será levada a cabo por Paulo Matos (Alien - Produtora de Espetáculos) e contará com a colaboração da empresa audiovisual Voicemaster e da profissional de videografia freelancer Mariana Santiago.

A Junta de Freguesia de Fafe é uma das entidades que apoia o evento a par com a Antena 2, responsável pela divulgação radiofónica. 2. MIC.pt (Centro de Investigação & Informação da Música Portuguesa) associou-se também ao evento sendo parceiro fundamental na divulgação. 

Esta iniciativa mostra-se original e necessária na medida em que potencializa o trabalho de compositores reconhecidos no panorama cultural português como é o caso do Vítor Rua, assim como o trabalho dos intérpretes e profissionais da cultura. A difusão de repertório português contemporâneo para guitarra é pertinente visto que este raramente é interpretado e editado.


Os bilhetes têm o custo de 5€ e podem ser solicitados através da página Facebook.com/mcpguitarra ou contactando qualquer um dos intérpretes através das redes sociais.

O pagamento pode ser feito pelos meios digitais (Transferências PayPal, MBway ou Multibanco) sendo depois disponibilizado um link único para ter acesso através do Youtube ao concerto.




Clara a Presidente



Antes de mais nada, tenho que dizer que sou amigo e admirador da Clara Paredes Castro há muitos anos!

Depois desta declaração de "interesse" tenho que dizer que considero que a sua chegada constitui uma grande adição de qualidade à vida pública. Independentemente do cargo a que concorre, sei que o vai fazer com a graça, a garra, a inteligência, a competência que quem a conhece lhe reconhece.

Também acho que ela está a gerir mal o seu caminho na vida pública. Agora e há 4 anos atrás. Ambas as candidaturas são coisa pouca para as suas qualidades. Não desconsiderando, de forma nenhuma, o papel de um Presidente de Junta. 

Mas são as escolhas dela que aceito e, como amigo, apoio. Também sei que o faz numa lógica desinteressada e com espírito de missão. Mais fácil seria ficar fora destas "batalhas". Porque, convenhamos, a sua tarefa não será fácil. Pelo contexto político e pandémico.

Embora ainda não seja oficial a sua candidatura, o Presidente Paulo Soares (outro amigo de há longos anos) será quase imbatível seja qual for a sua base partidária de apoio. Também o contexto sanitário favorece mais o poder instalado (e foi reconhecida a intervenção abnegada dos actuais dirigentes da Junta) do que quem tenta lá chegar. Até pela maior dificuldade de fazer circular a mensagem política.

Seja como for, espero uma boa caminhada. Como já lhe disse, não sendo freguês de Fafe não posso votar nela e, não sendo religioso, também não posso rezar por ela. Posso desejar-lhe a maior sorte do Mundo mas isso já nem é novo.

Força, Clara!

Ricardo Gonçalves




 

quinta-feira, 25 de março de 2021

CLARA PAREDES CASTRO É O NOME DO PSD À JUNTA DE FREGUESIA DE FAFE


A Comissão Política do PSD Fafe validou o nome de Clara Paredes Castro para liderar a lista de candidatura à Junta de Freguesia de Fafe. Sob proposta de Rui Novais da Silva, o mesmo considera que a Freguesia de Fafe “tem a oportunidade de ter uma Presidenta com uma verdadeira visão para a Freguesia. É uma mulher do povo, inspiradora, com muita experiência profissional e com a capacidade certa para colocar Fafe no patamar que merece.”


A candidata dos sociais democratas, Clara Paredes Castro,  referiu que aceitou o convite do PSD por considerar que é possível apresentar uma alternativa em Fafe que consiga um projeto arrojado, futurista, sustentável e inovador. “Considero que Fafe tem uma oportunidade de evoluir para um outro patamar com novos horizontes e é isso que quero apresentar aos fafenses. A minha vida pessoal e profissional e o orgulho que tenho na minha terra, motivaram-me a juntar um grupo de pessoas dispostas a trazer uma nova visão sobre a cidade e esses contributos vão permitir apresentar um projeto para liderar a Junta de Freguesia que vai posicionar o nosso território no lugar que lhe é merecido.”

terça-feira, 23 de março de 2021

ESTENDAIS VIRTUAIS

Cada vez há menos estendais, destes, corridos a corda de lado a lado e estendidos ao sol para toda a gente ver. Cada vez há menos... já ninguém quer as intimidades expostas a comentários alheios e críticas minuciosas ao borboto do pijama ou ao avental desbotado. Restam poucos. Destes estendais que se pavoneiam em frente de quem passa e não têm medo do que mostram, porque foi gasto pela vida honesta e purificado a sabão clarim. Gente de coragem esta, dos estendais espetados a ferro no caminho, corridos a corda de lado-a-lado e estendidos ao sol para toda a gente ver. A forma como esticam os lençóis, como prendem as molas, como dobram os lenços ou alinham as cores das camisolas. Gente honesta esta… dos estendais!

Cada vez há mais máquinas, lavandarias e varandins que nos tiraram do caminho e nos fecharam em paredes de cimento. Agora, já não torcemos a roupa de forma coordenada, uma mão para a direita e outra para a esquerda para libertar a água, como se nos apetecesse torcer algo ou alguém… Já não sacudimos os tecidos, duas e três vezes, da frente e do avesso, para libertar a pressão… Já não “solhamos” a roupa branca para desencardir a tristeza que trazemos na alma ou nos pesa o coração. Agora enfiamos tudo para um quadrado, aberto por um círculo e aguardamos que as voltas intermitentes varram a sujidade e nos tragam de novo o que lá metemos. No fim das voltas, abrimos a porta para um amontoado de peças soltas e engelhadas que não distinguimos, nem queremos sequer ordenar. Não esticamos, prendemos, dobramos ou alinhamos como aquela gente… a dos estendais!

Cada vez há mais estendais virtuais. Desses… corridos dedo acima para toda a gente comentar, estendidos à vista para toda a gente ver. Estendais de roupa usada, onde nada se sente da pureza da lavagem à mão ou da frescura do aroma a sabão. Toda a gente quer os comentários alheios e as críticas minuciosas ao pijama acetinado ou ao avental lustroso. E são muitos. Destes estendais que já não usam molas, nem escolhem o sol, nem sentem o vento. Aqui já não trocemos, sacudimos ou alinhamos como aquela gente, a corajosa e honesta... os poucos... dos estendais! 

Clara Paredes Castro






segunda-feira, 22 de março de 2021

Conferências ON.LINE [Participação e Cidadania], terça, 23 de março, 21h15 - Direto no Facebook




Na próxima terça-feira, 23 março, pelas 21h15, arranca a primeira conferência

do ON.LINE. Este projeto insere-se num conjunto de ações que a JSD Fafe irá

desenvolver no contexto autárquico em parceria com o PSD Fafe. As conferências serão

transmitidas em direto nas páginas do Facebook de ambas as estruturas e os

participantes terão a oportunidade de colocar questões aos nossos convidados em

tempo real, através dos comentários.


Os convidados da conferência são:

Pedro Sousa - Natural de Fafe, Professor e Diretor de Curso de Artes do Espetáculo. Um

fafense com um vasto currículo académico e associativo, fundador e membro de várias

organizações de âmbito local, distrital e nacional.


Hugo Carvalho – Deputado à Assembleia da República, eleito pelo círculo eleitoral do

Porto (PSD) e antigo Presidente do CNJ.


Cristiano Pinheiro – Presidente da JSD Distrital de Braga e ex-dirigente associativo.


Esta será a primeira das várias conferências que a Juventude e o Partido Social

Democrata de Fafe irão promover em conjunto ao longo dos próximos meses em

formato digital. Relembramos que o ON.LINE está inserido no ON – A campanha da

juventude laranja para as autárquicas deste ano.

O desaparecido Snack-Bar Dom Fafe


Numa época de franco progresso, com a vila a mostrar-se mais movimentada, mesmo fora das “quartas” de Feira, com muita gente a circular pelo centro da urbe, José Maria Moura Dias Azevedo, José Leite da Silva e Carlos Moura Dias Azevedo, em Sociedade, lançaram o Snack-Bar “Dom Fafe”, localizado “num dos pontos mais centrais da vila, na Praça Oliveira Salazar (actual Praça 25 de Abril).

«Com Café, Sala de Chá e Restaurante, apresenta uma decoração original e música permanente.

As pinturas das paredes, electricidade e decorações, estiveram a cargo de Professores da Escola Técnica de Fafe. O mobiliário é da Casa Alexandre Leite da Silva & C., Lda. da cidade do Porto.

Tem serviço permanente de almoços, jantares e lanches.»

O novo estabelecimento foi inaugurado na tarde do dia 15 de Outubro de 1966, com a presença de Alberto de Meireles Campos e Dr. Artur Antunes Aguiar, respectivamente, Presidente e Vice-presidente da Câmara Municipal, Padre Joaquim Leite Araújo; Eng. Mário Valente; Augusto Francisco Soares de Carvalho e António José Rodrigues de Carvalho, decoradores do Snack-Bar; Eng. João da Conceição Azevedo, responsável pela parte elétrica; outros convidados e imprensa.

Após um “copo d’água”, o pároco Leite Araújo e o Presidente da Câmara Municipal fizeram o elogio à nova casa e aos seus empreendedores.

Com uma longevidade de 47 anos, o “Dom fafe” foi um dos mais emblemáticos “Cafés” da antiga vila e da cidade. Fechou as suas portas em finais de 2013, dando lugar a uma pastelaria.

Lembra-se?


 

domingo, 21 de março de 2021

“UM OUTRO OLHAR” – PEDRO E MARLENE, UM CASAL QUE DINAMIZA UM TALHO COM SABOR E TRADIÇÃO


Bom dia pedro e MARLENE, desde já, agradeço – vos pela disponibilidade em participar nesta entrevista.
.
confesso que o vosso perfil de casAL QUE Trabalha junto há cerca de 15 anos na dinamização do vosso comércio “super talho alvorada”, sensibilizou-me a serem os próximos a convidar para a nossa entrevista.

Gostava que cada um DOS DOIS partilhasse comigo as vossas origens, o vosso percurso escolar e formativo. Gostavam de estudar ou eram mais virados para o trabalho? Têm alguém na vossa família ou amigos como modelo empreendedor?

Pedro: Bom dia caro Filipe, antes demais quero agradecer pelo convite, o qual aceitamos com todo o gosto. Sou de Golães, cresci mesmo ao lado do rio Vizela, sou filho de um casal que tem um negócio na área na qual trabalho, o que me influenciou bastante para o meu futuro. Andei na escola primária de Golães, fiz o segundo ciclo no “ciclo velho”, onde hoje são as instalações da GNR e, depois, segui para a Escola Secundária.

Confesso que, desde pequeno sempre preferi o trabalho ao estudo. O “bichinho” de cortar carne estava em mim desde pequeno. Sempre que tinha folga da escola, ia com o meu pai para o talho na rua D. Manuel I, conhecida por “Cisterna”, que ainda hoje está a trabalhar. Obviamente, os meus pais foram os principais responsáveis por eu estar a trabalhar nesta área.
 
Marlene: Sou nascida e criada em Pardelhas, frequentei a escola primária de Pardelhas, segui para a Escola Carlos Teixeira e depois a Secundária. Durante esse período escolar já ajudava os meus pais no comércio.

Terminado o 9º ano, comecei a trabalhar e fiz o 12º no ensino recorrente. Gostava bastante de estudar, mas também gostava de ajudar os meus pais no café, que tinham em Pardelhas. Servir os outros é uma arte que aprendi a gostar desde muito cedo.
 

Como surgiu este negócio?

Pedro: Este negócio foi uma oportunidade impulsionada pelo meu pai que logo cedo, aos meus vinte e um anos, me desafiou a estabelecer, oportunidade essa que eu agarrei com “unhas e dentes” como se costuma dizer, claro que não foi nada fácil, mas com a coragem aliada ao gosto  pela arte de cortar carnes e toda a envolvência que esta profissão exige, proporcionou um crescimento ao longo dos anos que nos consolidaram no mercado, sem nunca esquecer que é preciso continuar com a oportunidade bem agarrada para que seja possível alcançar o máximo de objetivos que traçamos.

Marlene: Quando conheci o Pedro, estava no meu primeiro emprego na área de pastelaria, neste caso ao lado do talho, entretanto o Pedro assumiu a gerência do talho e, como ia tomar o café à pastelaria onde eu trabalhava , como devem estar a imaginar, fomo-nos conhecendo e começámos a namorar. 
Nas horas vagas, comecei a ajudar o Pedro até que, quando o negócio começou a prosperar, houve necessidade de contratar alguém e o Pedro propôs trabalhar-mos junto, proposta que eu analisei com cautela pois ainda éramos namorados e não me estava a imaginar a trabalhar com ele. Mas no entanto aceitei e até hoje o resultado é engrandecedor.



 
o comércio a retalho de carne que dirigem os dois atualmente é sinónimo, em fafe, do que tenho conheciimento, de qualidade e sabor único. contem-me mais sobre a trajetória ascendente da vossa empresa até à data de hoje, partilhando as suas atividades, os seus produtos e o seu mercado de clientes nacionais e internacionais.

O nosso comércio de carne a retalho obedece a regras bem determinadas, no que toca á seleção dos nossos produtos, desde as carnes frescas, aos produtos transformados e fumeiro. É determinante um comércio de proximidade acima de tudo com os nossos produtores locais, que nos garantem um produto autêntico, como por exemplo a famosa vitela de Fafe. 
Digamos que a nossa primazia é o comércio de proximidade. Temos um vasto conhecimento dos produtores locais, e procuramos sempre aqueles que têm a qualidade a que fomos habituando os nossos clientes. No nosso talho, a qualidade dos produtos que oferecemos reflete-se na resposta que damos ao que os clientes nos vão solicitando. Tem sido um desafio bastante engrandecedor e o resultado tem sido bastante positivo. 

Como deve imaginar, o nível de exigência dos nossos clientes foi aumentando e nós fomos correspondendo de forma a satisfazer os seus pedidos. Obviamente, isto exige da nossa parte um espírito inovador para dar a resposta desejada aos nossos clientes. 
Não somos um talho tradicional, mas um talho inovador na tradição. Somos conhecidos pela carne de qualidade, mas também temos por referência o fumeiro e os derivados de carne. A nível internacional existem condições muito favoráveis  para explorar hoje em dia, derivado á facilidade de divulgação e expedição dos nossos produtos, principalmente onde existe um aglomerado de emigrantes portugueses, que são os primeiros a abrir as portas aos nosso produtos. Deixo um grande bem haja para todos eles.
 


 
Quais são as dificuldades que encontram na gestão do dia-a-dia do vosso comércio?

Hoje em dia, a maior dificuldade que encontramos será alguma concorrência desleal que, servindo-me de uma expressão bastante popular, vendem “gato por lebre”. É urgente certificar os produtos. Procurar carne do nível de qualidade a que os nossos clientes estão habituados exige um grande esforço e investimento da nossa parte. Este factor, reduz a nossa margem de lucro, mas aumenta a satisfação do nosso cliente. 
O nicho dos nossos clientes tem parâmetros de qualidade que exigem de nós uma constante procura junto dos produtores que cumprem aqueles parâmetros de criação que para nós são determinantes.

 
Quais são as maiores satisfações e desilusões que tiveram, até agora, com a vossa empresa?

A maior satisfação que podemos ter o reconhecimento dos nossos produtos e a fidelização dos nossos clientes. O barómetro da nossa satisfação é a satisfação dos nossos clientes. Como nada é perfeito, às vezes, o objectivo a que nos propomos não é totalmente atingido, ou aquele produto que idealizamos e não corresponde ao que nos tínhamos proposto, daí aproveitar para melhorar sempre para minimizar os riscos de desilusão.




Quais são os próximos desafios para a vossa empresa?

Todos os dias nos aparecem desafios diferentes, no entanto as nossas ideias é que nos criam desafios, uma vez que temos o progresso sempre em mente. O crescimento é sempre um desafio constante, mas no entanto é necessário criar condições para implementar novas ideias, por forma a ser um processo sustentável. É algo em que estamos a trabalhar...
 

Conseguem conciliar cada um, como casal, no vosso dia-a-dia, a vida profissional no talho e a pessoal?

Pedro: Já antes de sermos um casal, já éramos uma boa equipa e tínhamos capacidade para gerir o nosso dia-a-dia. A partir do momento que nos tornámos um casal, foi mais fácil gerir as nossas ideias. Dentro e fora de casa. Dentro e fora do talho.
 
Marlene: O que nos ajuda muito é que nos apoiamos bastante um ao outro. Temos objetivos comuns, trocamos ideias, discutimos pormenores da nossa vida, quer seja pessoal ou profissional, temos conseguido superar os obstáculos que nos aparecem. Somos uma boa equipa. A nível pessoal, como qualquer família, focamo-nos no futuro das nossas filhas, das nossas vidas e aproveitamos todos os momentos para melhorar. 
 
 


Se tivessem um conselho a dar a um jovem empreendedor perante o estado atual da Economia, qual seria?

Delinear uma boa estratégia para o seu negócio, tendo sempre presente a inovação, e, acima de tudo, calcular bem os riscos, definir os seus objetivos e focar-se no seu projeto. 

 
Finalmente, transitando a nossa entrevista para uma parte mais pessoal, pretendia saber qual é vossa opinião, o estado atual do setor agropecuário fafense, as suas fragilidades e suas potencialidades?

Derivado às políticas implementadas nos últimos anos, o nosso concelho teve um declínio muito acentuado. Sendo um setor predominantemente de subsistência por parte de muitos produtores, as exigências tornaram-se quase insuportáveis, levando a que muitos abandonassem o sector agropecuário. 

Este factor abriu portas a um sector de mercado que não é aquele a que habituámos os nossos clientes. Apesar do comércio de venda de carne não ter diminuído, a qualidade, essa, é indiscutível. Fafe tem de dinamizar medidas ambiciosas que possam atrair os nossos jovens para promover a produção agropecuária e aproveitar os recursos do nosso concelho.
 

Finalmente, tenho as seguintes perguntas e peço, a ambos, uma palavra ou frase de resposta para cada uma delas:

Adora?
 
Pedro: Conviver
 
Marlene: Estar com a família
 
Detesta?

Pedro: Malfeitorias
 
Marlene: Falsidade
 
Descreva o seu dia perfeito quando não está a trabalhar

Pedro: Relaxar, um bom passeio pela natureza vem mesmo a calhar
 
Marlene: Passear
 
Hobbies?

Pedro: Jogar futsal entre amigos
 
Marlene: Caminhar
 
um destino de férias?

Pedro: Açores
 
Marlene: Repetir uma fugidinha á Disney Paris
 
Qual é sua música preferida?

Pedro: Um bom Fado…
 
Marlene: Jerusalema



qual foi o filme que marcou?

Pedro: A série “Presion Break”
 
Marlene: Coyote Bar
 
um livro?

Pedro: Não sou muito dado a leituras
 
Marlene: Cinco dias em Paris (Daniel Steel)
 
um restaurante preferido?

Pedro: Vários, principalmente nos nossos clientes.
 
Marlene: Oxalá  Ovar
 
Prato preferido?

Pedro: Sem dúvida um bom cozido
 
Marlene: Feijão preto com bifinho made in Talho Alvorada.
 
sobremesa preferida?

Pedro: Pudim da sogra delicioso
 
Marlene: Tudo que for doce
 
Desporto preferido?

Pedro: Futebol
 
Marlene: Caminhadas
 
Qual é o seu clube?

Pedro: Benfica
 
Marlene: Sporting
 
PODE ME PARTILHAR 3 coisas que estão na sua lista de desejos?

Pedro: Prosperidade, saúde  e longevidade
 
Marlene: Que acabe o covid, proporcionar um bom futuro para as minhas filhas e saúde
 
O que representa Fafe para si?

Pedro: Fafe representa o meu berço, uma terra de tradições e oportunidades.
 
Marlene: Fafe á minha Terra Natal, é o meu lar, e representa uma grande parte da minha vida, tanto pessoal como profissional.
 
Se amanhã, fosse um eleito político concelhio, que medidas no setor económico ou noutro implementaria em fafe?

Pedro: Não me revejo de todo na política, mas no entanto acho muito importante apoiar novos projetos quer a nível social ou empresarial que atraiam investimentos ao nosso concelho. 
Considero muito importante a proximidade das políticas de forma a perceber o que realmente a nossa sociedade necessita. 
Combater ao máximo as desigualdades sociais e apoiar fortemente qualquer setor dinamizador, nomeadamente agricultura, indústria, turismo que são na minha opinião bases para qualquer sociedade se desenvolver e consolidar.
 
Marlene: Não aprecio política.
 
Qual é a sua regra de Ouro?

Pedro: Honrar os compromissos
 
Marlene: Ser genuína

Há algo mais que gostarias de dizer, que não foi abordado?

Queremos realçar que estamos de espírito cheio, pois esta entrevista veio não só abordar a nossa situação  atual, como alertar para para pensar no futuro e acima de tudo, permitiu reviver o passado e a forma quanto ele foi enriquecedor para aquilo que fazemos hoje. 

De louvar esta grande iniciativa caro Filipe.



sexta-feira, 19 de março de 2021

Dia do pai


Hoje celebramos a família!

Como filho e como pai, este é um dia que não festejo mas registo.

Para me lembrar que, todos os dias, me devo esforçar por ser melhor num papel e no outro.

Estas datas deverão servir para isso. Para lembrar.

Feliz dia do pai a todos!

Ricardo Gonçalves 

quarta-feira, 17 de março de 2021

A estratégia do PSD tem pernas para andar?

 


Rui Novais é o próximo candidato pelo PSD à Câmara de Fafe. Será esta uma boa estratégia para combater o PS Fafe?

A estratégia de Rui Novais não é de todo descabida. É uma estratégia delineada, ao que parece bem programada e pretende abranger cerca de três mandatos. O PSD de Fafe não tem trabalho de terreno, a não ser na altura das eleições, e não pode simplesmente pensar em querer usar a máxima romana ‘veni, vidi, vici’.

Há um trabalho enorme a fazer. Era preciso arrumar a casa. Era preciso inverter a ordem natural e virar o jogo. O PSD apostava sempre nos senhores fulaninhos. Até podiam andar os militantes lá todo o ano a dar o corpo às balas, mas para a construção das equipas já não serviam. Claro que há outros fatores a ter em conta. Quem não estivesse de acordo com alguns pensamentos era encostado e até enxovalhado publicamente.

O que faziam muito militantes? Afastavam-se. Não é que não conseguissem enfrentar os tubarões, mas porque os peixinhos miúdos se calavam e faziam tudo o que os tubarões queriam.

Depois era a aposta dos mesmos de sempre. Mas isto é transversal a todos os partidos.

Rui Novais ganhou as eleições e espera-se sempre algo inovador. Sinceramente, não sei se já aconteceu. O PSD ainda não se nota muito nas ruas. Os cartazes podem marcar presença, mas nunca substituirão o contacto direto com a população. É preciso colocar a estrutura a funcionar. É preciso sair da sede.

Mas a estratégia é bem pensada. Ganhar o partido, reorganizá-lo, aproximar o partido da população e até lá preparar-se para assumir uma candidatura à Câmara. Se este ano tiver mais votos do que nas últimas já é uma vitória, se começar a aumentar os vereadores, ainda mais vitória será.

Mas seria esta a melhor estratégia para uma luta mais eficaz?

A conjuntura mudou. Se esta estratégia de Rui Novais me parece inteligente, aquando da sua candidatura à liderança do partido, com a união do PS, IPF e FS era preciso algo mais arrojado. Algo diferente, mas com a mesma força e dinâmica. A candidatura de uma Mulher de Garra poderia ser uma verdadeira dor de cabeça às uniões de facto dos homens de fato!

Independente de tudo, já há algo de novo: Não são os mesmos de sempre!

Pelo menos até conhecer a lista…

terça-feira, 16 de março de 2021

EQUILIBRAR


Será este o grande segredo da vida? 
O equilíbrio…?!
Sonhar ou ter os pés na terra,
Procurar a paz, mas sentir a adrenalina nas veias
Ser cauteloso ou apostar no risco
Ser luz, mas sentir-se sombra
Conviver ou confinar
Planear e ainda assim escolher o improviso
Ser louco e quase na mesma medida, sensato
Saber quando insistir e quando largar
Quando nunca e quando sempre
Quando procurar e quando se isolar
Quando cair e quando levantar
Decidir arriscar ou permanecer
Oscilar entre encerrar ciclos ou continuar.

Será este o grande segredo?
Saber qual é a bússola, 
O prumo.
O pêndulo.
O rumo.
A balança…
Será isto equilíbrio ou esperança?

Nos dias em que a vida nos mostra que não é simples, precisamos de lhe responder que é por isso que cabemos nela e se assim for, que seja na medida certa. Essa, a do equilíbrio! Onde não lhe exigimos quase nada, mas temos a esperança de conseguir tudo. 

Clara Paredes Castro




“A vida é como andar de bicicleta. Para se manter o equilíbrio é preciso continuar em movimento.” [Einstein]




segunda-feira, 15 de março de 2021

História ferroviária fafense começou há 150 anos

 



CAMINHO DE FERRO “AMERICANO” PODIA TER CHEGADO A FAFE NO SÉCULO XIX


A origem do troço ferroviário Trofa a Fafe prende-se a uma concessão feita ao italiano Simão Gattai. Em 11 de Julho de 1871, visando a construção de um caminho-de-ferro “americano”, sobre estrada, ligando o Porto a Braga, com passagem por Santo Tirso e Guimarães.

Em 28 de Dezembro de 1872, o governo alterou as condições da concessão, obrigando ligar o caminho férreo proposto à linha do Minho, por Vizela e Fafe.

«Tendo o governo concedido licença a Simão Gattai, por decreto de 11 de Julho de 1871, para estabelecer um caminho de ferro americano (rail road) entre o Porto e Braga, por Santo Thyrso e Guimarães, sobre as estradas reais nºs 32 e 27;

Pedindo o mesmo Simão Gattai auctorização para empregar locomotivas na exploração do dito caminho; e não podendo esta autorização ser concedida sem que o emprezario se obrigasse a construir o caminho em leito próprio, alterado o traçado e modificadas as clausulas e condições da primitiva licença;

Vista a acceitação de Simão Gattai: Hei por bem modificar e alterar as disposições do decreto de 11 de Julho de 1871, nos termos dos artigos seguintes:

I O concessionario Simão Gattai efectuará á sua custa:

1º Os estudos e a construção de um caminho de ferro de via reduzida com todas as suas dependencias entre um ponto do caminho de ferro do Minho, proximo ao rio Ave e as Taipas, com um ramal de Fafe por Vizella, a entroncar na linha principal entre Santo Thyrso e Guimarães. » (…)

O ministro e secretário d’estado dos negocios das obras publicas commercio e industria assim o tenha entendido e faça executar.

Paço, em 28 de Dezembro de 1872. = Rei. = António Cardoso Avelino.

Diário do Governo nº 4, de 7 de Janeiro de 1873

In: http://legislacaoregia.parlamento.pt/Info/about.aspx



"Americano" na cidade do Porto, cerca de 1880

 

Em 1874, por falência de Simão Gattai, a concessão foi trespassada à companhia inglesa “Minho District Railway Company, Limited” e, por despacho de 18 de Fevereiro do referido ano, foi dispensada a construção do ramal de Fafe.

Desta forma, foi gorada a intenção de fazer chegar, à vila de Fafe, um caminho-de-ferro, por tracção animal, transporte este que viria a ficar obsoleto em inícios do século XX.

A “Sala de Visitas do Minho” ficou mais de três décadas à espera do seu caminho-de-ferro; do tão ambicionado melhoramento, que só chegaria em 1907.

Manteve-se o transporte a cavalo e os “trens” de tracção animal, fora de trilhos de ferro, por caminhos tortuosos de pouca “realeza”…

O “americano”, afinal, não chegou a Fafe…



"Americano" na Póvoa de Varzim, Cerca de 1880