A nossa restauração está a sofrer sobremaneira com esta crise!!!!
É, com certeza, um dos sectores mais atingidos pela pandemia que primeiro os obrigou a encerrar, pelas restrições que lhes reduziu a lotação, pelos novos horários que reduziu o tempo de trabalho. São milhares de empresas que conhecem esta realidade desde Março e que hoje estão prestes a baixar os braços. A desistir. A encerrar os seus negócios. A despedir os seus funcionários.
Foi com um ar carregado que o Primeiro Ministro António Costa anunciou as primeiras medidas do novo Estado de Emergência. Foi aí que reconheceu que elas seriam violentas para a restauração. Logo aí se percebeu que o Estado se preparava para criar um apoio específico para o sector. Muitos começaram a ver a luz ao fundo do túnel!
Eis senão quando se percebe que os apoios seriam em função das quebras de vendas. Aqui acenderam-se as campainhas de alarme. Todos sabemos que, justamente ou não, o sector é conhecido como uma fonte de fugas ao fisco por sonegação de facturação. Se estes apoios forem em função das quebras nas vendas não tenhamos ilusões: essa ocultação de vendas vai penalizar os infractores.
Terá o governo coragem para levar isto até ao fim? Nestes exactos termos. Não sei se será assim que as coisas se passarão mas todos sabemos que muitos dos apoios que foram concedidos em resposta à pandemia têm nas entrelinhas uma promessa de trazer mais gente para a máquina fiscal. Essa foi uma jogada brilhante do Ministério das Finanças. Saibam agora manter essa gente no sistema.
Sairemos desta pandemia como uma sociedade mais justa e equitativa?
Ricardo Gonçalves
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