São muitas as cidades vilas e freguesias de Portugal que conservam Padrões da Independência, marcos comemorativos erigidos em 1940, ano das grandes comemorações dos cententenários: 800 anos da Independência de Portugal (1140) e dos 300 anos da sua Restauração (1640). Um duplo centenário que o Estado Novo de Oliveira Salazar enalteceu com as mais diversas manifestações, um pouco por todo o país.
Ao mesmo tempo que foram levantados os padrões alusivos à
independência, em 1940, Portugal assistiu a inúmeras manifestações culturais de
índole regional e ao arranque de um número considerável de obras de fomento, de
assistência, de instrução e outras, que materializaram os festejos maiores da
nação portuguesa naquele período.
Em Fafe, as comemorações dos centenários da independência
nacional extravasou a festa: foi apresentada a primeira bandeira com as armas
da vila, e inaugurados edifícios públicos; dos Correios, do abastecimento de
água e da Escola da Feira Velha, para além da apresentação pública do Padrão da
Independência.
A 880 anos da independência de Portugal e 380 anos da sua restauração, lembramos o Padrão fafense dos centenários, erigido no Parque 1º de Dezembro de 1640, ali em frente da antiga Estação de Caminhos de Ferro.
A primeira pedra do Padrão da Independência ocorreu em
sexta-feira, 17 de Maio de 1940, por iniciativa da Comissão de Festas a Nossa
Senhora de Antime (Festas da Vila). Ao acto, assistiram “centenas”de populares,
autoridades e o Corpo de Bombeiros Voluntários de Fafe. A banda de Revelhe
abrilhantou, “subindo ao ar uma girândola,
na ocasião da colocação da pedra. Discursaram alusivamente o Pe. Manuel Basto (Santa
Cruz), Dr. António Martins de Freitas, presidente da Câmara Municipal e Dr.
José de Barros.”
No âmbito das Festas da vila em honra da Senhora de Antime,
há 80 anos, em segunda-feira, dia 15 de Julho de 1940 as autoridades da época
procederam à inauguração do “Padrão Comemorativo dos Centenários”, (1140 e
1640) erigido no jardim fronteiro à antiga Estação de Caminho de Ferro (Parque
1º de Dezembro).
Fonte: Almanaque Ilustrado de Fafe, 1941, p. 95
Fafe tem sabido conservar este padrão, testemunho histórico
da confirmação da nossa independência nacional em 1 de Dezembro de 1640.
Um memorial que passa ao lado de muitos fafenses, talvez pelo
desconhecimento do seu significado.
Agora que o espaço envolvente foi requalificado, está bonito,
porque não colocar ali uma placa interpretativa deste importante memorial?
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