Tal como há muito se cochichava, a grande família socialista apresentar-se-á unida nas eleições autárquicas do próximo ano.
Conhecendo o PS Fafe como conheço ainda guardo algumas reservas mas, se nada se alterar, com a elaboração das listas, por exemplo, podemos ter um resultado histórico em termos de distribuição de mandatos pelas forças concorrentes à eleição. Também nas juntas de freguesia terá de ser feito o mesmo trabalho de reconciliação (se é que não está já feito) algo que acredito que seja um pouco mais difícil porque aqui as coisas são mais fulanizadas e os interesses são menos poderosos.
Perante este cenário acredito que vá haver uma abstenção histórica não apenas porque já se saber quem vai ganhar mas muito também porque uma parte do eleitorado se sentirá órfã. Neste último caso estou a pensar nos mais indefectíveis dos IPF's e nalguns mais ressentidos do Fafe Sempre que não verão com bons olhos esta marcha-atrás deixando pelo caminho aqueles que foram expulsos do partido na sequência dos acontecimentos de 2017.
Duas figuras históricas do PS Fafe terão, ainda, um papel a desempenhar, uma palavra a dizer. Laurentino Dias e José Ribeiro. O primeiro já publicou um artigo de opinião onde desanca a nova ordem do partido em Fafe. O segundo mantém-se em silêncio mas, não tenho dúvidas, a solução não lhe agrada e não ficará parado.
Desengane-se quem julgue que este é um assunto arrumado. Aguardemos novos capítulos desta novela fafense.
Ricardo Gonçalves
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