quarta-feira, 23 de setembro de 2020

É merda, Senhores! É merda…

 


Não consigo deixar de dizer alguma coisinha sobre este caso da poluição lá para os lados da Barragem de Queimadela. A situação foi alarmante demais para deixar em claro. Não é pelo resultado dos esgotos. É mesmo pela atitude dos responsáveis autárquicos que teimam em fazer o que outros já faziam…

Ora vejamos, Gil Soares, nas suas caminhadas domingueiras, resolve alertar as entidades responsáveis pelo que se ia passando no leito do rio. Como se isso não bastasse, mil e uma desculpas foram encontradas, até chamar folhas em decomposição aos detritos, em vez de assumir logo que era preciso uma intervenção para acabar com o problema. Depois apareceu o vídeo e já todos parecem chocados. Pudera, já não dá para esconder, não é?

Como tapa olhos lá fizeram uma queixa ao Ministério Público e parece que chegou para fazer bater as palmas à oposição e aos mais preocupados.

Mas isto não chega para mim, ok?

Neste processo há dois grandes problemas: em primeiro, os governantes autárquicos continuam a querer desvalorizar os alertas daqueles que não os apoiaram – apelidando as suas atitudes de populares, mesmo que depois as tenham de assumir; em segundo, a comunicação da autarquia está mesmo fraquinha, porque se assumissem logo o problema, mesmo vindo de opositores, não deixavam transparecer o ‘tapar o sol com a peneira’.

Eu revejo-me em muito nas lutas de Gil Soares. Já fiz, em tempos, o mesmo em relação à minha terra – Regadas. Também senti o desrespeito e até o desprezo que muitos, que até se diziam meus amigos, me tentaram fazer só porque lutava para o bem da minha aldeia, o bem coletivo. Logo, percebo muito bem a defesa em prol de uma natureza saudável que vai passar em terras de Travassós… do Gil Soares!

Mas também não posso deixar de dizer que gostava que Raúl Cunha se desse bem. Já o disse. Já o escrevi. E continuo a afirmar. Em primeiro, porque o seu sucesso enquanto Presidente de Fafe será o nosso sucesso enquanto munícipes; Em segundo, porque a sua forma de fazer política inicial vem contrastar com a perseguição que existia a tipos como eu e como o Gil, só porque defendemos genuinamente as nossas terras.

É preciso diferenciar a campanha eleitoral das campanhas pelo bem comum. É preciso perceber que todos nós estamos de passagem, mas as nossas terras vão continuar… mesmo sem nós.

“Deixemos um mundo um pouco melhor.”

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