quinta-feira, 1 de outubro de 2020

MANELITO, LIDER DOS ALCOOLÉMIA … A música é a minha opção de vida ...



Nasceu na década de 60 em Corroios, criado no Fogueteiro, atualmente a morar nas Paivas. “Sou guitarrista autodidata”, escorpião de signo, é uma pessoa simples, sossegado, observador e amigo do amigo. Musico em 3 bandas, os Alcoolémia desde 1992, os Re-Censurados (tributo a Censurados) desde 2009, e ainda outra banda de originais os Horas Vagas desde 2013. Manelito, foi animador de radio na Super FM e tem duas filhas a Raquel Sofia de 16 anos e a Rita Sofia de 9 anos.

MANELITO QUEREMOS EM PRIMEIRO LUGAR AGRADECER A TUA DISPONIBILIDADE E AMABILIDADE ACEDENDO PARTICIPAR NESTA ENTREVISTA. RE-CENSURADOS, HORAS VAGAS E 28 ANOS DE ALCOOLÉMIA. E VAMOS INICIAR POR AI … CONHEÇO-TE DESDE 1996 E SABES QUE SOU UM GRANDE ADMIRADOR TEU, UM GRANDE FÃ DOS ALCOOLÉMIA, QUASE DESDE O INICIO DA BANDA. TRABALHAMOS JUNTOS MUITAS VEZES, PORTANTO ACHO QUE TE CONHEÇO BEM E DAI REFORÇAR A GRANDE ADMIRAÇÃO QUE TENHO POR TI, NUNCA TE FIZ ESTA PERGUNTA, MAS VOU APROVEITAR O MOMENTO, ÉS UM “DINOSSAURO” DO ROCK NACIONAL?
Eu dinossauro só se for pela quantidade de cabelos brancos ou pela idade ...  agora a sério, nunca me vi assim como um dinossauro do rock nacional, aliás quando leio ou oiço falar de dinossauros vem-me logo á cabeça os Xutos & Pontapés, os UHF, o Rui Veloso ...
COMO É QUE COMEÇOU A TUA RELAÇÃO COM A MÚSICA? 
A música é a minha opção de vida, inicialmente como ouvinte, eu era em puto daqueles que adormecia com o radio a pilhas debaixo da almofada, que devorava o conteúdo das k7´s que existiam lá por casa perdidas, os vinis, já em adolescente tive a minha primeira paixão musical com os AC/DC, devorava o "Back in Black" de trás para a frente, e depois procurei os álbuns anteriores para ficar a conhecer mais da banda, até que um belo dia ouvi Metálica que vieram a destronar os AC/DC na minha casa. Por volta de 1988 tive uma experiência relacionada com música, uma espécie de Dj aos sábados á tarde no Pub Oficina no Fogueteiro, por essa altura também, conjuntamente com uns amigos organizei uns concertos num ringue de futebol salão com um palco por detrás de uma das balizas que existia no Fogueteiro, onde atuaram, Censurados, Ramp, The Coven, Braindead, Procyon, Thormentor, entre outras bandas. Por essa altura já existiam uns amigos a comprar instrumentos e um deles emprestou-me uma guitarra Ibanez e um radio a onde ele ligava a guitarra a passar por um pedal de distorção, aquilo dava um som de meter medo a qualquer pessoa, mas eu não me importava, e assim comecei a dar os primeiros toques a tocar Censurados, pois tinha visto o Samuel Palitos (baterista dos Censurados que tinha sido meu vizinho de cima) a tocar alguns dos temas que viriam fazer parte do 1º álbum. Entretanto com o passar do tempo já com alguma prática passei para algo mais difícil que era tocar os ritmos dos temas do "Kill´Em All" dos Metallica, eram assim passados os meus tempo livres no meu quarto. Fiz parte da equipa do programa Força Total a Música Nacional na radio Super Fm na altura no Barreiro em 1995, em 1997 ainda colaborei com a discoteca Alcunhas Bar no Montijo no agendamento de bandas ao vivo, ainda fiz parte da agência de venda de espetáculos Estrada & Vários em 2001 sediada nas Olaias, fiz parte ainda da direcção de uma Associação de Músicos aqui no concelho do Seixal entre 2005/2006 chamada "Barulho" e acho que já citei o mais relevante.
28 ANOS DE ALCOOLÉMIA, A CAMINHO DOS 29 … COMO É QUE INICIOU PARA TI ESTE PROJECTO?
Em início de 90 começou com alguns dos meus melhores amigos na altura do Fogueteiro, o João Miranda, o Jorge Miranda, o Guito, e o Artur Lemos. Inicialmente éramos os Zé Pó Vinho nesta formação tínhamos o Guito na guitarra e o João Miranda no baixo eu na guitarra ritmo e o Jorge Miranda na voz com outro amigo na bateria o Artur Lemos, depois Xapada Bastante, e passado pouco tempo nasciam os Alcoolémia com o Guito que passou para a bateria e o João Miranda que passou para a guitarra solo eu na guitarra ritmo e com o Pedro Guerreiro que entrou para o baixo e Jorge Miranda na voz, e aí sim os Alcoolémia já soavam a algo de jeito...


QUAL O SEGREDO DA LONGEVIDADE DA BANDA? 
Eu acho que não existe segredo, aliás não é fácil ser músico como profissão em Portugal, é fácil tocares um instrumento e divertires-te com uns amigos sem grandes responsabilidades, sem grandes perspetivas, nós tivemos a sorte da química, harmonia, cumplicidade que tínhamos enquanto grupo que resultou particularmente num álbum chamado "Não sei se mereço", que despertou interesse em pessoas do meio musical que nos transportaram para outro patamar, e a partir daí as coisas começaram em crescendo, com uma maquina por detrás apostar em ti, mas nem todas as bandas tem essa sorte. É verdade que também trabalhámos muito, era ensaiar durante a semana e ao fim de semana, então aos domingos de manhã até doía na alma, mas evoluímos muito num curto espaço de tempo à conta desse esforço, de certa maneira fomos recompensados e valeu muito a pena, a longevidade em si é possível mas tens que inevitavelmente estar acompanhado pelas pessoas certas que acreditam na banda e não tem medo de apostar, pois vivemos tempos em que os músicos tem que investir tudo ou quase tudo do seu próprio bolso e isso faz toda a diferença.
DESDE CEDO CONQUISTARAM O PÚBLICO PORTUGUÊS. O QUE É QUE MUDOU NA VOSSA FORMA DE ESTAR EM PALCO?
O facto de termos conquistado algum público, deu-nos confiança para subirmos a fasquia e melhorar o nosso espetáculo com uma maior interação dos presentes, hoje somos uma banda mais profissional que no início, com melhor som, fruto de um investimento de cada um, uma banda com os elementos com a cabeça no lugar, não existe lugar para exageros, não existe álcool sequer no camarim...tudo isto faz diferença no palco.

     

CORONA VIRUS É ?
Nem me fales nisso, á conta dele apenas fiz 3 espetáculos este ano, logo no início do ano, e posso dizer que nunca tive tantos meses sem tocar na minha vida...em estado de ressaca mesmo...que sufoco, acredita.
COMO TENS PASSADO ESTES MESES EM CONFINAMENTO?
Em casa com a minha família, aturar as minhas duas filhas, como não podia deixar de ser, o que me serve de consolo é que os Alcoolémia estão quase a terminar as gravações do 8 álbum, e queremos voltar rapidamente à luta, existem ainda muitos quilómetros de estrada para percorrer ...
A POSSIBILIDADE DE SER INFETADO ASSUSTA-TE?
Tenho respeito, tomo as minhas precauções, não sou daqueles que pensam que só acontece aos outros, não tenho nenhuma capa de super homem, tenho saído de casa, fui de férias com a família, vou ás compras...isto no fundo é uma sorte não ter no meu grupo de amigos próximos ninguém infetado tipo algum assintomático, que não tem sintomas e ainda ai a espalhar virus sem saber ...
ESTES TEMPOS SÃO SEVEROS PARA OS ARTISTAS. ESTÃO QUASE PARADOS !!! NA TUA OPINIÃO, COMO PODEM AS AUTORIDADES NACIONAIS ALTERAR ESTE RUMO?
Estão haver alguns eventos, com precauções, distanciamento, algumas casas de música ao vivo já começam a fazer espetáculos com lotação reduzida, estamos num retomar devagarinho, outras já encerraram portas, para mal dos nossos pecados, está ai muita malta artista, técnicos a passarem mal, penso que teria que passar pelas autarquias e juntas de freguesia a fazer acontecer espetáculos com artistas locais e não só para de certa forma ajudar a nossa classe, não vejo outra saída de momento.
COMO CARACTERIZAS O ATUAL MOMENTO QUE SE VIVE NA MÚSICA PORTUGUESA?
Pessoalmente acho que estamos com muita oferta de projetos, bandas, artistas a solo, é os concursos de tv a fabricar artistas, é o youtube a fazer artistas todos os dias, é as plataformas digitais a lançar artistas, e mesmo assim é difícil dar nas vistas, ainda por cima hoje em dia é mais fácil e mais económico meter uns quantos dj´s em detrimento de bandas, safa-se a sério apenas um grupo restrito de grandes nomes, o mercado está saturado, cresceu paralelamente ao mercado de originais o mercado das bandas de versões e tributos, o público nos dias de hoje é mais seletivo, já não vai assim à descoberta à toa, a nível técnico acho que existe cada vez mais bons músicos, com pouco trabalho devido ao mercado estar saturado de oferta.
QUAIS AS TUAS PRINCIPAIS REFERÊNCIAS MUSICAIS? 
As minhas referências musicais são os AC/DC, Metallica, Pink Floyd, Nirvana, Ramones, Police, Xutos & Pontapés, Censurados, Táxi, UHF...
O QUE COSTUMAS OUVIR? 
Oiço muito Metallica, Pantera, Helloween, Def Leppard, Motley Crue e Nirvana...e claro Alcoolémia...
A FELICIDADE EM PALCO É ?
Partilhar o palco com os meus colegas de bandas, voltar a tocar em sítios onde já fui muito feliz com boas memórias ...
FORA DO PALCO, O QUE MAIS GOSTAS DE FAZER?
Jantaradas com amigos, campismo.. e ter o prazer de estar muito presente na vida das minhas filhas, sou um privilegiado, elas são a minha riqueza.. 


RE-CENSURADOS?
Em 2009 resolvi fazer este Tributo aos Censurados, era uma forma de eu homenagear uma banda que me influenciou muito e é com muita alegria e orgulho que tenho no line-up actualmente dos Re-Censurados um dos quatro mágicos dos Censurados, Orlando Cohen, e com este tributo partilhei bons momentos no palco com o João Ribas e ainda toquei com o Samuel Palitos, são momentos que guardo com muito carinho ... inesquecíveis.
HORAS VAGAS?
É aquela banda que não existe limites, nem redomas, um escape á maldita rotina de vida, ali aponta-se o dedo ao que achamos que está mal, e siga um, dois, três, quatro...punk rock cantado em Português, com uns cheirinhos de metal ali pelo meio ...
JORGE MIRANDA?
Tenho pena que se tenha perdido para a música, hoje em dia trabalha no ferro, tirou um curso de soldador, perdeu a chama da música.
JOÃO MIRANDA?
Um dos meus maiores amigos, e o meu técnico de frente dos Alcoolémia.
PEDRO MADEIRA?
O meu irmão de banda, um dos responsáveis pela longevidade dos Alcoolémia, guitarrista solo, compositor, produtor.
JOÃO BEATO?
O vocalista dos Alcoolémia desde finais de 2008.
PARA QUÊ SONHAR?
O meu tema preferido dos Alcoolémia e um dos últimos a serem compostos para o primeiro álbum, o produtor João Martins ainda deu uma ajuda na letra ao Jorge Miranda já com o tema musicalmente gravado, e ele no dia de gravação de voz estava sem onda, sem feeling, tivemos que ir a um café em Almada próximo do estúdio para o Jorge beber uns dois whiskys para ficar no ponto para gravar...e foi assim que ele conseguiu.
VIZINHA LINGUARUDA?
Letra minha e música, mas que por cortesia incluí os outros músicos na altura como autores e dei a letra ao Jorge Miranda.
ALCOOLÉMIA?
A minha aposta de vida, o meu sacrifício, a minha dor de cabeça...as maiores alegrias na minha vida, sem dúvidas.
AMORA?
A freguesia onde vivo, onde tive o privilégio de nas suas festas de verão que calham em Agosto fazer as maiores comemorações de aniversários dos Alcoolémia, os 10, 20 e os 25 anos e onde partilhámos juntos o palco num espectáculo de solidariedade pelo Amora Futebol Clube, Alcoolémia e S´K e entre outras bandas.

     

    

TENS FÉ EM DEUS?
Sou ateu, mas tenho respeito, e até me chamo Jesus...
APAIXONADO VAIS ATÉ ONDE?
Ao fim do mundo ...
GOSTAS DE FUTEBOL? 
Sim claro, adoro e cheguei a jogar futebol federado no Seixal Futebol Clube, depois disso cheguei a jogar futebol salão, sempre com a velha máxima, canela até ao pescoço, ainda joguei em equipas que ganharam uns quantos torneios.
QUAL O TEU CLUBE?
Benfica.
ACTUASTE EM FAFE MUITAS VEZES, ONDE COMO SABES OS ALCOOLÉMIA TÊM MUITOS FÃS, SE TE FALAR EM FAFE, O QUE TE VEM Á CABEÇA?
Com Fafe ninguém Fanfe, um dos poucos sítios em Portugal onde fui recebido como se fosse da casa ... onde criei amigos e isso não tem preço, para alêm da maior audiência de público que os Alcoolémia já tiveram na sua existência em 1999, espetáculo organizado por ti, em que participou o Nuno Flores e o Jorge Miranda vestiu uma camisola do Fafe, naquele parque de estacionamento em frente ao edifício da Camara Municipal.
ÉS EMBAIXADOR COM MEDALHA DE MERITO CONCELHIO DA CAMARA MUNICIPAL DO SEIXAL, O QUE REPRESENTA ESSE TITULO PARA TI?
Foi um reconhecimento pelo sucesso que os Alcoolémia estavam a ter, pessoalmente um orgulho enorme, pois calhou-me a mim ir receber a medalha de mérito ao palco do Auditório Municipal do Seixal entregue pelas mãos da vereadora da Cultura.
MUITO OBRIGADO PELO TEMPO DEDICADO AOS NOSSOS LEITORES … UMA MENSAGEM PARA ELES?
Os Alcoolémia estão com saudades de Fafe, espero em breve fazer-vos uma visita e dar-vos aquele abraço, pronto em último caso aquele cumprimento com o cotovelo por causa aí do virus. Muito obrigado pelo carinho com que sempre nos receberam na vossa linda cidade.








VIDEO: 

Alcoolémia - O teu calor



VIDEO: 

Alcoolémia - Não sei se mereço - ao vivo 



Biografia “Alcoolémia”

Os Alcoolémia são uma banda da Amora, criados no ano de 1992, com a formação de Jorge Miranda (voz), Manelito (guitarra) Pedro Guerreiro (baixo), João Miranda (guitarra solo) e Hugo Fernandes (bateria), com uma linhagem de composição que tinha por base o rock, variando a textura sonora ora com punk rock, hard rock, com o pop, na busca de uma sonoridade própria.

Gravaram a 1 demo-tape com 3 temas originais "Quero-te ver nua", "Curtir a vida" e ainda "Alcoolémia" um instrumental.

O primeiro destaque dos Alcoolémia começou com a participação na meia final do Seixal Rock 92, onde vieram a ser umas das bandas revelação do concelho.

O ano de 1993 foi decisivo para a banda, com a saída de João Miranda como guitarrista, passando a exercer as funções de técnico de som e com a entrada para guitarrista solo de Carlos Botelho.

Em Abril gravaram a 2ª demo-tape com os temas "Não sei se mereço", "Vizinha linguaruda" , "509" , "0,5" (ambas instrumentais), e ainda "Quero-te ver nua" e "Curtir a vida" com novos arranjos.

Em Junho foram convidados para o palco principal das Festa Populares do Seixal.

Ainda esse ano ganham o 1º Prémio no Concurso de Musica Moderna de Setúbal, e o 1º Concurso de Musica Moderna de Castelo de Paiva.

Uma das rádios mais prestigiadas da margem sul do Tejo, a Super FM, mostrou interesse pela banda, onde se sucederam entrevistas, chegando a um notável destaque em air-play.

O tema "Não sei se mereço" catapultou a banda para a notoriedade, resultando uma maior procura da banda para espetáculos.

A também a prestigiada rádio de Lisboa - "Energia - N.R.J." deu destaque aos Alcoolémia através do seu programa "Santos da Casa".

Em 1994 ganharam o Seixal Rock 94, e foram convidados para banda suporte da tour em Portugal da banda Heavy Metal da Argentina, os conceituados "Rata Blanca".

Os Alcoolémia durante o ano de 1994 fizeram cerca de 100 espetáculos.

Em Setembro de 1994 "pela mão" do produtor João Martins conhecido pelo seu trabalho com os Braindead e os Da Weasel, deram inicio à gravação de 11 temas no estudio Heaven Sound em Almada, que resultou no 1º álbum chamado "Não sei se mereço", com participação do ex-Rock & Varios o Mario Gramaço no saxofone.

Em Janeiro de 1995 saiu da banda Pedro Guerreiro entrando para o seu lugar Carlos Cardoso.

A banda deu um passo importantíssimo para a sua carreira ao assinar com a agência Mário Dimas Management de Almada "pela mão" do próprio Mário Dimas, conhecido já pelo seu trabalho com bandas tão distintas como os UHF e Xutos e Pontapés.

Ainda neste ano a editora Movieplay assinou contrato com os Alcoolémia.

Em Maio de 1995, a revista Super Jovem lançou num dos seus números o single "Para Quê Sonhar" que se tornou num dos grandes êxitos do grupo, culminando na eleição dos Alcoolémia para a 3ª melhor banda nacional em votação dos seus leitores.

A banda em Junho desse anos gravou o videoclip do tema "Não Sei Se Mereço".

O álbum "Não sei se mereço" foi lançado em Junho, e conseguiu um enorme sucesso, entrando directamente para o 14º lugar na tabela do Made in Portugal, chegando a 7º lugar umas semanas depois.

A festa de lançamento do álbum "Não sei se mereço" foi realizado na Gartejo em Lisboa a 4 Julho.

O canal Francês MCM, fez uma reportagem da banda em Lisboa e posteriormente foi exibida em França, simultaneamente com o videoclip do tema "Não sei se mereço" que viria a ser o maior dos êxitos do grupo.

Em 1996 resultante da excelente recetividade que o disco alcançou junto do público nomeadamente, por vendas superiores a 10.000 unidades, foi-lhes atribuído em Março desse mesmo ano o galardão de disco de Prata, entregue pelas mãos de Herman José no seu programa Parabéns na RTP1.

A música do grupo é suportada  por uma forte presença em palco, e conseguem nos seus espectáculos intercalar algumas baladas, com o som mais rock e a simplicidade do pop com a energia do punk. Argumentos que tornaram os Alcoolémia numa das bandas que mais concertos realizou entre 1995 e 1996 (ascendendo a mais de 100 espectáculos).

Em 1996 o tema "Não Sei Se Mereço" é incluído na colectânea "A idade do pecado" editada pela BMG.

Em Fevereiro de 1997 os Alcoolémia gravaram no estúdio "Tcha Tcha Tcha" em Miraflores, o 2º álbum de título "Não há Tretas" com produção a cargo de João Martins conhecido pelo seu trabalho com Rio Grande, Rui Veloso, Sérgio Godinho, Clã entre outros, e Rui Dias (ex-guitarrista de Quinta do Bill e UHF) como técnico assistente.

Este disco conta ainda com a participação de Alexandre Dinis nos teclados, bem como de Fernanda Lopes e Laura Pereira nos coros.

Finalizada a gravação do álbum, a banda passou a contar com mais um elemento, Filipe Rodrigues nos teclados.

Em Junho de 1997 foi realizada uma pequena apresentação em exclusivo para a imprensa, na Casa do Vinho do Porto no Bairro Alto, contando com a presença de António Chainho na Guitarra Portuguesa que acompanhou os Alcoolémia no fado "Nem as Paredes Confesso".

Como acto de promoção aquando da comemoração do dia de Portugal e das Comunidades (10 de Junho), foram oferecidos 5.000 singles do tema "Portugal o Nosso País".

A festa de apresentação ao público do álbum, ocorreu a 9 Julho no Rock City em Lisboa.

Em Julho é lançado no mercado o álbum "Não Há Tretas", com 10 temas originais e uma versão rock do popular fado "Nem às Paredes Confesso", destacando-se ainda os temas "Portugal o Nosso País", "Quero Protestar" e ainda o "Morrer Devagar".

Seguiu-se um ano de estrada, onde a banda mostrou um amadurecimento notável.

O álbum "Não há Tretas" a nível de vendas fica perto de atingir o galardão de disco de prata.

Nesse mesmo ano, o ponto alto para a banda da margem sul foi o facto de serem galardoados pela Câmara Municipal do Seixal, com a "Medalha de Prata" de Mérito Cultural ..."pelo modo como tinham contribuído para o desenvolvimento das Artes e Cultura nas suas variadas expressões no concelho do Seixal".

Em 1997 o tema "Não Sei Se Mereço" é incluído na colectânea "Heróis do Rock" pela editora Vidisco.

Ainda em 1997 o tema "Não Sei Se Mereço" é incluído na colectânea "Exactamation" pela editora BMG.

Em 1997 o tema "Portugal o Nosso País" é incluído na colectânea "Portugal Pop" pela editora BMG.

Em destaque a participação no 5º Aniversário da SIC em Outubro.

Para além dos inúmeros concertos realizados por todo o país, os Alcoolémia iniciaram o processo de pré-produção do 3º álbum com o engenheiro de som Jonathan Miller na margem sul, na Aroeira.

Em 1998 o tema "Não Sei Se Mereço" é incluído na colectânea "Pop Rock" pela editora BMG.

Ainda em 1998 o tema "Portugal o Nosso País " é incluído na colectânea "Heróis do Rock - Sou Metade Sem Ti" pela Vidisco.

Os Alcoolémia passaram a ser agenciados pela Alien Produções sediada em Fafe.

O 3º álbum (acústico) "Até Onde" foi gravado nos estúdios Namouche e 1 Só Céu e conta com várias versões de temas dos anteriores registos e ainda de dois temas inéditos: "Até Onde Posso Ir" e "Quem És Tu".

Este álbum conta com várias colaborações nomeadamente, Diego Gil (ex-Flood) que canta em castelhano em dueto com Jorge Miranda no tema "Quero Protestar"; Nuno Flores no violino; Custódio Castelo na guitarra portuguesa; Jorge Gonçalves no violino; Pedro Gonçalves no violoncelo; Joaquim Santos na flauta; Castora (ex-Delfins) na percussão e ainda de Catarina Pereira nos coros.

A banda gravou o videoclip do tema "Quero Protestar".

A rápida aceitação do recente álbum, levou a Antena 1 a convidar a banda para a apresentação do mesmo no seu auditório num programa emitido em directo.

O videoclip do single "Quero Protestar" foi apresentado no Programa Made In Portugal e esteve várias semanas em airplay no Canal Sol Música, incluíndo uma reportagem especial em Outubro de 1998. O álbum "Até Onde" foi oficialmente apresentado na margem sul do Tejo a 13 Novembro no Freiras Bar na Moita, com Diego Gil e Nuno Flores como convidados especiais.

Em 1999 os Alcoolémia participaram na festa do 2º Aniversario do Jornal Inside na Gartejo em Lisboa.

Participam na festa de entrega dos prémios Jornal Raio-X no Fórum Lisboa, cerimónia transmitida posteriormente no Canal Sol Música.

Participam também na ExpoMusica na Exponor no Porto.

Em destaque o espectáculo em acústico no Centro Cultural de Belém - Lisboa.

Os Alcoolémia gravaram o videoclip do single "Até Onde Posso Ir", um dos temas mais bem conseguidos deste álbum (uma bela balada), com uma textura acústica valorizada pela voz rouca de Jorge Miranda com participação de Nuno Flores no violino.

Em destaque a participação no Espectaculo de Solidariedade por Timor Lorosae na Praça Sony em Lisboa.

Em Finais de 1999 sai Carlos Botelho e entra para o seu lugar Pedro Madeira que traz novo fôlego à banda com a sua criatividade.

No inicio do ano de 2000 a banda voltou aos espectáculos um pouco por todo o país.

Em destaque a participação no Espectaculo Amor por Moçambique no Pavilhão Atlântico em Lisboa.

Em 2001 os Alcoolémia passaram a ser agenciados pela Estrada & Vários sediada nas Olaias.

A tour do álbum "Até onde" estendeu-se até final de 2002, tendo a banda realizado mais de 200 espectáculos percorrendo o país de Norte a Sul e Ilhas.

Os Alcoolémia iniciaram o processo de composição do 4º álbum, em simultâneo com actuações ao vivo um pouco por todo o país.

Em Agosto de 2002 foi celebrado o 10º aniversário com um espectáculo enquadrado nas Festas da Cidade de Amora que serviu como arranque à tour "10 anos", com vários espectáculos um pouco por todo o país.

Em 2003 os Alcoolémia passaram a ser agenciados pela Terra da Música sediada em Lisboa.

O tema "Quero Protestar" é incluído na colectânea "Rua do Carmo" pela editora Movieplay em 2004. Ainda em 2004 o tema "Portugal o Nosso País " é incluído na colectânea "Homem do Leme" pela editora Movieplay. Em Abril de 2004 participaram no "4 Cidades 100 artistas 40 horas de música "no 100% Musica Portuguesa" com Paulo Gonzo, João Pedro Pais, Radio Macau, Jorge Palma, Toranja, Despe & Siga entre outros... A banda volta aos espectáculos um pouco por todo o país.

Em Outubro de 2004 foi criado o Blog Oficial da banda em:

Em 2004 o tema "Não Sei Se Mereço" é incluído na colectânea "Não Sei Se Mereço" pela editora Movieplay.

Em 2005 iniciou-se a pré-produção do 4º álbum com o técnico João Miranda no RockStudio no Feijó.

Em Março de 2005 foi criado o myspace oficial da banda:

Durante o ano de 2005 a banda rescindiu contrato com a sua editora de sempre a Movieplay.

Em inícios de 2006 os Alcoolémia voltaram aos espetáculos onde já incluíram alguns dos novos temas do futuro 4º álbum.

Nesse mesmo ano os Alcoolémia voltaram a ser agenciados pela Alien Produções sediada em Fafe.

Entre Janeiro e Maio de 2007 os Alcoolémia gravaram no RockStudio no Feijó o seu 4º álbum com produção de João Miranda, com mistura da dupla Pedro Madeira e Tó Pinheiro da Silva -engenheiro de som- (conhecido pelo seu trabalho com os Madredeus, Dulce Pontes, entre muitos outros) e masterizado nos E.U.A pelo conceituado Joe Gastwirt, conheçido pelo seu trabalho com Ramones, Talking Heads, YES, Jimi Hendrix, The Grateful Dead, Paul McCartney, Pearl Jam entre muitos outros.

O 4º álbum chama-se "Alcoolémia" e foi lançado no mercado em finais de 2007, com 9 temas originais e uma versão da "Chiclete" dos Táxi.

Destaca-se neste álbum por um lado o rock que caracteriza o grupo nos temas "Há quanto tempo ando aqui" e "Já é tempo...desta cidade acordar" por outro a balada rock eleita para 1º single "Fico à espera..(quero ver o fim) e finalmente a canção de amor "Areia de pedras salgadas".

Já com uma atmosfera totalmente diferente conjugando o hip-hop o funky e o rock nos temas "A musica nacional (vamos tirá-la da sombra)" e "Sempre os mesmos" que incluem uma novidade sonora na banda o scratch pelas mãos de Dj X-Acto.

Participam na gravação deste álbum Davide Zaccaria no violoncelo, Dj X-Acto no scratch, Carlos Sousa no saxofone tenor, Helder Lopes no trompete, Paulo Horta no saxofone alto, e Bruno Encarnação no trombone.

Em Setembro de 2007 os Alcoolémia participaram na Musicalia na FIL na Expo.

Em Outubro de 2007 os Alcoolémia assinaram um contrato de licenciamento para o seu 4º álbum com a editora Espacial.

A festa de apresentação do álbum foi feita no Hard Rock em Lisboa no dia 3 Dezembro.

Em 2008 os Alcoolémia passaram a ser agenciados pela Spot, ex-Reunião, sediada em Lisboa.

A 1ª edição do 4º álbum, esgotou.

A banda gravou o videoclip do single "Fico à espera...quero ver o fim" que foi disponibilizado no youtube e conta actualmente com mais de 45.000 visualizações.

Os temas "Há quanto tempo ando aqui" e "Areia de pedras salgadas" fizeram parte da telenovela juvenil "Rebelde Way" transmitida no canal nacional SIC.

Ainda em 2008 o álbum foi posto à venda on-line, na MusicaOnline, na Qmusica, Jo-Jo..s Music, entre outros sites.

Ainda nesse ano foi criado no Youtube, o canal de Alcoolémia, que conta com mais de 250.000 visualizações entre os diversos vídeos da banda.

O 4º álbum "Alcoolémia" esgota a 2ª edição.

O 2º single "Queria roubar-te um beijo" foi regravado com o novo vocalista João Beato, que entrou para os Alcoolémia em inicio de 2009.

Destaca-se durante o ano de 2009 os vários espectáculos realizados um pouco por todo o país, e as duas actuações no Campo Pequeno, em Junho na 1ª parte de Russ Ballard, e em Novembro na 1ª parte de D.A.D e GUN.

Em Agosto de 2010 os Alcoolémia abdicam de teclados, passando a ter 5 elementos.

Destaque para a participação da banda no Festival Músicas pelo Espichel.

Em 2011 entrada para a bateria de Ivo Martins.

Os Alcoolémia regravam o hino da Radio Super FM.

O tema "Até o mundo acabar" entra na banda sonora do Filme "Até onde" realizado pelo Carlos Barros.

Em destaque ainda para este ano da 1ª parte no Pavilhão do Restelo dos FM e D.A.D

Em 2012 a banda dá inicio na Amora em Agosto à Touro de comemoração dos XX anos, e que se segue com uma dezena de espectáculos em 2013, com participação do saxofonista Carlos Sousa que é o mais recente elemento da banda.

Destaque ainda para este ano com a participação da banda no Rock no Rio Sado em Setúbal, a partilhar o palco com Quinta do Bill e UHF.

2014 é o ano de lançamento do 5º álbum de originais, gravado no Rockstudio com produção de Pedro Madeira, e masterização a cargo de Tó Pinheiro da Silva, o álbum com o título "Palma da mão" tem 10 temas originais cantados em Português.

A banda com line-up renovado e, com o novo vocalista João Beato a dar voz à banda, apresenta nova sonoridade, desde o Pop ao Rock Alternativo ao Grunge.

Em Junho é lançado videoclipe oficial do 1º single Palma da mão,

Destaque para o Rock no Sado 2014 a partilhar o palco com os dinossauros do Rock Português, UHF e Xutos & Pontapés.

Em Dezembro é lançado o videoclipe oficial do 2º single Leva-me onde quiseres.

Em final de 2014 com a entrada de 2 elementos novos, Bruno Paiva (Baixo) e de Márcio Monteiro (Bateria).

Em Janeiro de 2015 dá-se apresentação do álbum Palma da mão na Cine Incrível em Almada.

Segue-se promoção em Fnac´s entrevistas várias em Rádios e participações em programas de tv.

Já em 2016 os Alcoolémia fazem alguns espetáculos de Norte a Sul do País e dão início ás gravações do seu 6º álbum no Rockstudio com produção a cargo de Pedro Madeira com convidados especiais.

Em Maio é lançado o 3º videoclipe oficial do 3º single "Derrotas de Paixão".

Em Maio de 2017 é lançado o videoclipe oficial do 1º single "Não sei se mereço" com participação especial de Carlos Tavares (Grupo de Baile) e de Nuno Norte.

Em Junho de 2017 é editado pela Display Music com o título de Alcoolémia XXV anos. Entre consagrados e novos valores, os Alcoolémia têm a honra de apresentar as seguintes participações,

António Manuel Ribeiro (UHF), Nelson e Sérgio Rosado (Anjos), Carlos Tavares (Grupo de Baile), Nuno Norte, Zeal (Dr. Estranho Amor), Maria João, Vasco Duarte (Ossos do Oficio), Alfredo Costa (SkillsandBunnyCrew) e Tiago Estrela (Rock em Stock). Paulo Borges (GNR) está a cargo das teclas.

Os Alcoolémia encontram-se de momento a realizar a Tour dos XXV anos, com datas de Norte a Sul.

Em Fevereiro de 2018 a banda grava no Auditório Municipal do Seixal o 7º álbum da carreira ao vivo com convidados especiais entre eles o António Manuel Ribeiro (UHF) & António Côrte-Real (UHF/União das Tribos), Carlos Tavares (Grupo de Baile), Nuno Norte, e ainda Orlando Cohen (Censurados/Porta Voz).

Os Alcoolémia passam a ser agenciados pela Artéria Futura.

Em Janeiro de 2019 os Alcoolémia apresentam-se no Cascais Rock Fest com os veteranos Gene Loves Jezebel e os D.A.D no salão Preto e Prata do Casino Estoril, com apresentação de um original "O teu calor".

O álbum ao vivo com 16 temas acaba por ser lançado através da Artéria Futura com apoio da M80, em Maio de 2019, com especial destaque do tema "Remar remar" dos Xutos e Pontapés dedicado ao falecido Zé Pedro.

O single escolhido para o videoclipe oficial foi o "Não sei se mereço" com as participações de Carlos Tavares e Nuno Norte.

Em Julho de 2020 é lançado através da Sony Music nas plataformas digitais os álbuns remasterizados por Pedro Madeira no Rockstudio "Não sei se mereço", "Não há tretas" e o acústico "Até onde".

Neste momento os Alcoolémia encontram-se a gravar o novo álbum de originais no Rockstudio no Feijó, com previsão de de lançamento para 2021.

Paulo Matos

Fotos de: 
Vitor Soares | Alcoolémia oficial 
Jornal de Fafe | 01/10/2020

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